A empresa Ecossis Soluções Ambientais, vencedora em 2021, da licitação da Metroplan - Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional, para avaliar o impacto ambiental de interferências na bacia do Rio dos Sinos, anuncia que começou os estudos no local.
A ação integra o Plano Metropolitano de Proteção Contra as Cheias da Bacia do Rio dos Sinos, que começou em 2012, quando a Metroplan recebeu R$ 10 milhões do Ministério das Cidades, por meio do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais. A primeira etapa foi concluída em 2018, com os estudos de alternativas e projetos para minimização dos efeitos das cheias, ao custo de R$ 3,6 milhões.
De acordo com o biólogo e diretor-executivo da Ecossis, Gustavo Leite, a empresa gaúcha, que tem 16 anos de atuação no Brasil, é responsável pelo estudo de impacto ambiental que as obras irão gerar no Rio dos Sinos. A licitação também prevê a identificação de diferentes alternativas para reduzir os problemas existentes no local, juntamente com outros indicadores de prós e contras para cada cenário.
O biólogo cita dados do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos) para destacar que uma das grandes alterações constatadas na bacia nas últimas décadas é a perda de 70% dos seus banhados. "Os impactos dessa redução de áreas úmidas são visíveis também nos municípios da região, especialmente nos períodos de estiagem e enchentes", detalha.
Leite informa que a Ecossis venceu também a licitação da Metroplan para os estudos na bacia do rio Gravataí. Segundo ele, esse trabalho pode viabilizar os futuros projetos de recuperação ambiental do sistema hídrico; bom como, dar segurança na oferta de água e na gestão de enchentes. A Bacia do Rio Gravataí, segundo ele, vem sofrendo alternâncias de estiagem e alagamentos, além de enfrentar erosão, drenagem de "águas planas", e degradação do ambiente natural.
O biólogo diz que, neste momento de transições de governos, falar em questões ambientais é algo fundamental para o futuro. Ele avalia que nos últimos anos houve uma estagnação das pautas ambientais junto ao governo federal e faltaram priorizações do setor no governo gaúcho. Ele ainda faz um alerta para a questão das estatizações em órgãos de planejamento. "É algo preocupante, pois pensar o meio ambiente não é só através de novas leis, é preciso ter planejamento".
A Ecossis realiza projetos de meio ambiente para setores de agronegócio, energia, óleo e gás, infraestrutura, saneamento, mineração, indústria e órgãos públicos, prestando serviços para empresas nacionais e internacionais. Também tem atuação em projetos ambientais em Angola, na África. A organização tem escritório em Porto Alegre, na rua Miguel Couto, 621; em Curitiba, no Paraná e em Luanda, capital de Angola.