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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 24 de Abril de 2025 às 19:25

A falta de bicicletários

As bicicletas são presas em grades na Rua da Praia

As bicicletas são presas em grades na Rua da Praia

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Por Mauro Belo Schneider, interino.
Por Mauro Belo Schneider, interino.
O Centro Histórico de Porto Alegre não conta com um bicicletário público, o que torna desafiador encontrar um lugar adequado para deixar o meio de transporte. Por isso, surgem as soluções inusitadas, como a registrada em frente ao Espaço Força e Luz, na Rua da Praia, onde pessoas prendem as bikes nas grades usadas para evitar a ocupação do espaço por moradores de rua.
 

Problema se espalha pela cidade

Aliás, se não fossem alguns bicicletários implementados por lojas ou centros comerciais, esse seria um grande problema em toda a capital gaúcha. Enquanto se incentiva o transporte limpo, falta estrutura. O que existem são os paraciclos, no formato de meia lua feito com material reutilizado. Amsterdã, na Holanda, é um exemplo nesse quesito. Há estacionamentos de bicicletas com mais de três andares.

Por falar em bicicletas

Acontece neste sábado, às 9h, a 6ª edição do Pedal da Paz, com saída da Praça Júlio Mesquita, em Porto Alegre. O tradicional passeio ciclístico celebra duas datas significativas: o Dia Internacional do Ciclista (15 de abril) e o Dia Nacional da Paz no Trânsito (21 de abril). As inscrições estão abertas até as 16h desta sexta-feira, e podem ser feitas pelo link: https://bit.ly/PedalDaPaz2025.

Como era bela minha namorada

Ouvi, ó crianças, como era bela minha namorada nos anos 1960. Linda, letrada, bem vestida, cheia de vida, com poucos rancores e muitos humores, era a alegria da minha vida. Nos anos 1970, começou a fazer plásticas. Como todas as mulheres que fazem essas cirurgias, ficou com cara de... alguém que fez plástica. Os anos dourados haviam passado. Começou a ficar ranzinza, mal humorada e feia. O tempo é o senhor da decadência.
Minha namorada chamava-se Porto Alegre. Para quem vinha do Interior, até o zumbido dos letreiros a gás neon na madrugada silenciosa da Rua da Praia soava como música. Então, visitava-se os restaurantes do Mercado Público. Nem todos eram para o nosso bico, porque o salário era pouco. A salvação era um tijolo marrom escuro vendido nas bancas do Abrigo dos Bondes, o mata-fome, restos mortais de doces prensados. Acompanhado de batida de abacate ou banana, nos tornava muito felizes. Devo isso ao mata-fome. Crianças, não existe coisa pior do que dormir com fome.
Na borda sul do Mercado havia o Treviso, já conhecido, com dois diferenciais: canja de galinha com gema de ovo nonato, despejado com cucharras na sopa quentíssima, e o Picadinho a Maria Luíza, carne com ovos, sempre imitado mas nunca igualado. Ninguém mais faz esse prato. A receita foi levada pelos fantasmas, escondidos nas brumas do passado.
O alargamento da avenida Júlio de Castilhos derrubou a Churrascaria Urca, um apêndice do prédio. Ao lado existia o Graxaim, uma espécie de Treviso do B. Depois, vinham o Gambrinus e o Bar Naval, boca muito entaipada quando marujos o lotavam. Pois foi no Naval que aconteceu, muito tempo depois, um caso envolvendo um político conhecido por gostar muito de água que passarinho não bebe.
Bar lotado, fim do expediente, início das noites loucas, o tal político resolveu dar as caras depois de um bom tempo de ausência. Coisas do status. Não se bebe na planície. Quando o homem entrou, veio uma salva de palmas, abraços, vivas e brindes, alvoroço quebrado por segundos de ausência de som. Pois foi neste momento que se ouviu um alerta de voz anônima.
- Não serve canha pro homem que ele ainda tá de serviço!
* Excepcionalmente reprise, publicada originalmente em 2020.

Por onde anda Fernando Albrecht?

Leitores notaram que, nos últimos dias, o titular desta página, jornalista Fernando Albrecht, não assinou sua coluna. Pois ele pediu para avisar que está no Hospital Nora Teixeira, em Porto Alegre, recuperando-se de uma gastroenterite. Felizmente, os exames complementares deram negativo para agentes perigosos. Por isso, Albrecht saiu do isolamento, mas continuará internado por mais alguns dias, para ter plena recuperação.

Surpresas das feiras de rua

As novidades nas feiras orgânicas sempre surpreendem os frequentadores. São vendidas, por exemplo, lascas de coco com cacau, granola de bergamota e a própria bergamota sem sementes. Outro atrativo é o fato de que os vendedores, normalmente, deixam passar um "chorinho" (arredondamento no peso).

Porto Alegre emoldurada

A Reportagem Cultural do caderno Viver desta edição narra a história do contador Jacob Herrmann, que vivia com sua câmera a tiracolo retratando a Porto Alegre pré-modernidade. Por meio de seu olhar aguçado, foi um verdadeiro cronista visual. Vale a leitura!

Aberta a temporada de voos atrasados

Começou o período de cancelamentos de voos logo cedo devido à neblina em Porto Alegre. Nesta semana, um voo que partiria a Curitiba no início da manhã decolou apenas às 22h30min.
 

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