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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 10 de Abril de 2025 às 18:09

A Inteligência Artificial no Direito

Lucas Pfeuffer/DIVULGAÇÃO/JC
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O presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, falou no South Summit sobre o que já é realidade da advocacia: a Inteligência Artificial. "A IA chegou ao Direito desde que usada com discernimento. O Direito continua sendo, por essência, um ofício de gente para gente. Com empatia, escuta, ponderação. O Direito é uma atividade de caráter humanista. É preciso estabelecer regras claras sobre o uso da IA no Judiciário. Porque Justiça não é apertar um botão e aguardar um veredito. Acesso à Justiça é mais do que login e senha", afirmou Lamachia.
O presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, falou no South Summit sobre o que já é realidade da advocacia: a Inteligência Artificial. "A IA chegou ao Direito desde que usada com discernimento. O Direito continua sendo, por essência, um ofício de gente para gente. Com empatia, escuta, ponderação. O Direito é uma atividade de caráter humanista. É preciso estabelecer regras claras sobre o uso da IA no Judiciário. Porque Justiça não é apertar um botão e aguardar um veredito. Acesso à Justiça é mais do que login e senha", afirmou Lamachia.
 

A praia que não tinha praia

Rua da praia que não tem praia foi música de Alberto Do Canto tecendo loas à então rua mais querida de Porto Alegre. Cantada em prosa, verso e em música, a Rua da Praia dos velhos tempos dos anos 1960 era um formigueiro de gente indo, vindo e conversando. Nas madrugadas, os insones e os boêmios preparando ofensivas comiam lanches na Padaria Matheus, em frente à Praça da Alfândega. Tipos bizarros a percorriam pedindo um dinheirinho para um cafezinho, que não raro ia para a marvada pinga.
Uma dupla de promotores se reunia para conversar defronte à praça, e um deles era baixinho de metro e meio, o que o afligia muito. Certa madrugada ele pegou o colega para desabafar.
- Zeca meu amigo, tu não sabes a tragédia que é minha vida, apesar do alto cargo que ocupo. Me chamam de pintor de rodapé, tirador de penico debaixo da cama e por aí afora. Pior é que não tem solução.
O Zeca, que não fazia prisioneiro, os fuzilava, perdeu o amigo mas não a piada.
- Já experimentou aguar as pernas para ver se crescem?
Havia tempo de sobra para as scanners, como a que fizeram para um conhecido mordedor que vivia pedindo que lhe pagassem um guaraná e uma empada de frango. Um conhecido jornalista combinou com o balconista do Matheus um ato de guerrilha. Encheram uma empada com pimenta malagueta e também no refrigerante. Quando o coitado deu a primeira mordida o inferno tomou conta da sua boca, para aliviar a ardência, tomou um longo gole do guaraná caçula previamente sabotado. Ao que consta foi visto correndo rumo ao chafariz da praça e nele mergulhou. Lenda, é claro, mas nunca mais ele mordeu ninguém. Vai que.
O templo do cafezinho era o Rihan, onde hoje é a Panvel do Calçadão. Vendia milhares por dia, e na calçada se reuniam pessoas interessantes da Capital, políticos, e outras gentes finas. Também havia os folclóricos, como o Homem dos Cachos com sua maleta de vidro, a Maria Chorona, o Xerife, com uma estrela grudada no peito, e o corretor de seguros Olmerindo Silva, sempre de sobretudo mesmo nos verões tórridos. Até o governador ainda Meneghetti batia ponto, ele e o Chefe da Casa Civil João Dêntice, nomeado em 1971. Tornou famoso o Hotel Casacurta de Garibaldi, porque volta e meia se hospedava lá.
Outra história envolve uma dupla de amigos desde a infância que bebiam café no Rihan. Os dois queriam ser advogados, mas só um conseguiu. O outro tentou e tentou, mas nunca passou no vestibular. Se tornou próspero empresário, mas ficou aquela frustração, que vivia externando para o outro. Todas as vezes que iam para o Rhian o empresário perguntava sobre uma questão legal, era uma panaceia para o sonho nunca atingido. De bom grado, o advogado satisfazia o amigo.
Um dia o empresário morreu. O advogado foi ao velório. O filho contava para os amigos e parentes do finado histórias do papai, que eram muitas. E contou uma.
- Sabem que o pai era um malandro nos negócios. Ele contava que não precisava de advogado na firma, quando tinha uma dúvida jurídica perguntava para um amigo de infância com quem tomava cafezinho. E dizia que era a consulta mais barata do mundo, só custava um cafezinho.
O amigão ouviu tudo aquilo em silêncio. Só não deu um pontapé no caixão porque seria muito feio. Mas que deu vontade, lá isso deu.

Habemus praeses

O desembargador João Batista Pinto Silveira foi eleito presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). A desembargadora Vivian Josete Pantaleão Caminha será a vice-presidente e a desembargadora Salise Monteiro Sanchotene a corregedora regional da Justiça Federal da 4ª Região. A posse deve ocorrer no dia 20 de junho.

Impacta RS

Em parceria com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado, Coalizão pelo Impacto e o fundo filantrópico Regenera RS, o Banrisul lançou no South Summit o Impacta RS. O programa vai disponibilizar linhas de inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o desenvolvimento de negócios com foco na reconstrução do Estado.

Direita esfacelada

Deverá ser o fator que levará Lula à presidência da República pela quarta vez. Pelo menos é que se avizinha, inclusive é opinião de um bocado de analistas políticos. Os conservadores (e a direita) brasileiros fazem lembrar uma frase atribuída e depois negada do mineiro Otto Lara Resende nos anos 1960, "mineiro só é solidário no câncer". Ao que tudo indica, o Rio Grande do Sul pode rumar pela mesma estrada da perdição em 2026.

O rali de Trump

Há quem ache que esse vai e vem das tarifas anunciadas por Donald Trump podem ter servido para torná-lo rico mais ainda, comprando ações na baixa e vendendo na alta . Claro que não é ele que opera, seria suicídio, mas ninguém sabe quantas subsidiárias e corretores de confiança, se não ele, gente do governo que sabia de antemão o rali das tarifas. É uma hipótese. Quanto a ser bilionário que não precisa desse estratagema, pergunto : vocês já viram um bilionário dizer "chega!"?

Invasão da língua inglesa

Cada vez mais o inglês passa a ser a língua oficial do Brasil, tamanha a enxurrada de expressões que têm o equivalente em português. A invasão aparece até em linguagem do povão. Nas operações gastronômicas é preciso acionar o garçom duas vezes, uma para descrever o prato e outra para traduzir o nome para nossa língua.
 

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