Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Começo de Conversa

Alguns dos nossos patrocinadores

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 09 de Janeiro de 2025 às 19:43

Conheça a história do prefeito gaúcho que pedalou 700 quilômetros

Divulgação Gabinete Guaíba/Divulgação/JC
Compartilhe:
Fernando Albrecht
O prefeito Marcelo Maranata, de Guaíba (no meio do pelotão), retornou para a cidade depois de percorrer 700 quilômetros de bicicleta na "Viagem da Gratidão", para agradecer o apoio recebido dos moradores de Joinville (SC) após as cheias que assolaram o Rio Grande do Sul no ano passado. Trouxe na bagagem uma proposta de promover a Rota das Cidades Irmãs, que vai estruturar o caminho entre Guaíba e Joinville, para que seja feito um "circuito" de bicicleta.
O prefeito Marcelo Maranata, de Guaíba (no meio do pelotão), retornou para a cidade depois de percorrer 700 quilômetros de bicicleta na "Viagem da Gratidão", para agradecer o apoio recebido dos moradores de Joinville (SC) após as cheias que assolaram o Rio Grande do Sul no ano passado. Trouxe na bagagem uma proposta de promover a Rota das Cidades Irmãs, que vai estruturar o caminho entre Guaíba e Joinville, para que seja feito um "circuito" de bicicleta.

As histórias do Velho Jequitibá

Antes de ser jornalista fui bancário, e cheguei a um posto bem razoável como assistente da gerência do Banco da Província, que foi um dos mais fortes bancos gaúchos no tempo em que se amarrava cachorro com linguiça.
Era chamado de o "Velho Jequitibá", alusão à centenária árvore - o banco foi fundado em 1858 e era o mais antigo do País. Foi comprado pelo Montepio da Família Militar no final dos anos 1960, mas aí eu já estava fora. Virou Sulbrasileiro, que foi para as cucuias na década de 1980.

A sede ainda existe e hoje é Santander, na esquina das ruas Uruguai e Sete de Setembro, em Porto Alegre. Foi construído com mármore de Carrara, e os vidros eram de cristal belga, entre outras modernidades. Ar-condicionado central, escada rolante pioneira.

Quando comecei, comecei na ralé do banco, um setor apelidado de Arrancada, assim chamado por nós porque arrancávamos os grampos das duplicatas, que então eram encaminhados para os cálculos dos juros, e, depois, para os caixas. Altíssima tecnologia, como se vê.

Fui promovido rapidamente, acho que eu sabia arrancar grampos melhor que os colegas, daí meu curto tempo como remador de galé.

Perto de hoje, vivíamos um paraíso em termos de segurança. Os mais novos não têm a mais pálida ideia de como se vivia tranquilo naquele tempo. Mesmo os bancos dormiam com as janelas abertas, por assim dizer.

No mesmo andar da Arrancada ficavam os Procuradores, que levavam e traziam documentos mais importantes de uma agência para outra e dinheiro vivo, caso a agência ficasse sem o vil metal por qualquer motivo.

Certo dia estava eu arrancando grampos à velocidade de cinco por minuto quando o chefe chamou. A filial Taquara precisava de reforço de caixa e só havia um Procurador disponível. O Homero - quando a soma era alta, eles tinham que ir em dupla - perguntou se quem sabe eu fazia esse sacrifício e ia com ele até Taquara? Ele mal tinha dito "Ta..." quando eu gritei siiiim, qualquer coisa para sair da monotonia do grampo e pegar a estrada.

Pra encurtar o causo, saímos do banco cada um carregando uma grande pasta de couro com algo que hoje seria R$ 1 milhão, por aí, tendo na cinta um revólver calibre 38 just in case, com porte ao portador.

Fomos para a rodoviária a tempo de pegar um ônibus, esperamos meia hora com aquele dinheiro dando sopa, vejam só, nada de carro forte. Entregamos a grana ao gerente e voltamos no final do dia. Ganhei um dinheirinho extra pela extenuante tarefa, e ainda me pagaram o jantar na Spaghettolândia, vejam só. Me senti como um lorde, devorando aquele bife à parmegiana.

Só lamentei ter que devolver o trezoitão. Bem que eu queria dar uns tirinhos ao alvo.

 

Nunca confie em um sachê

Aqueles sachês onde se lê "abre fácil" são difíceis de abrir. É mais um capítulo da longa fila de desastres industriais absurdos, teoricamente criados para facilitar a vida do consumidor, mas que ao fim e ao cabo só o irritam.

Efeito sanfona

E começa mais um fim de semana de migração rumo ao Litoral. A vida volta ao normal na segunda-feira.

O céu é aqui

O mês de janeiro, tradicionalmente o mais quente do ano em Porto Alegre, em 2025 está com temperaturas agradáveis. Claro, em alguns horários faz calor, mas quase sempre com uma brisa. E, à noite, é possível dormir com um clima ameno.

O inferno é aqui

A proliferação de golpes via celular só aumenta. Chegam a ser uma dúzia de ligações por dia, se dizendo de bancos ou de serviços públicos, inclusive fornecendo CPF da pretensa vítima.

Varejo do futuro

O Sindilojas Poa desembarca neste sábado em Nova York para participar na NRF (National Retail Federation), encontro que vai debater o futuro do varejo e os avanços da tecnologia, além de tendências de mercado e estratégias inovadoras para o setor. A feira terá cobertura do Jornal do Comércio.

Parabéns pra você!

O tradicional Restaurante Santa Helena, na rua Jacinto Gomes, em Porto Alegre, completou 50 anos de atividades ininterruptas em 2024. É um dos poucos resistentes na cidade, que atravessou cinco décadas no bairro Santana. E adentrou o primeiro fim de semana de 2025 com bom movimento. Vida longa ao Santa Helena e aos demais restaurantes longevos de Porto Alegre!

Governador interino

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito (PP), assumirá como governador interino do Rio Grande do Sul nos dias 14 e 15 de janeiro. O cargo será transmitindo pelo vice-governador Gabriel Souza (MDB), que está substituindo o chefe do Executivo, Eduardo Leite (PSDB), em férias. Leite retoma o comando do Estado no dia 16 de janeiro.

Ingrato retorno

E a volta da estiagem já começa a castigar as lavouras gaúchas. Com mais de 10 dias seguidos sem chuvas no Rio Grande do Sul, produtores e governo estadual acenderam o sinal amarelo. O Palácio Piratini já tem no foco a busca por apoio federal para minimizar os impactos da seca, principalmente sobre a agricultura familiar, que sustenta várias regiões do nosso Interior.

A pão e água

A Gol limitou o oferecimento de comida em alguns voos domésticos. Assim sendo, a antiga expressão "a pão e água" é realidade nos céus do Brasil. Nem lanchinho básico. Tá certo que avião não é restaurante, mas nos acostumaram mal em décadas passadas.
 

Notícias relacionadas