A balada nos verdes anos era cercada de uma cuidadosa preparação visual. No capricho para impressionar o mulherio. De cima a baixo: o cabelo, que chamávamos de melena, era cuidadosamente lavado para receber uma camada de brilhantina ou um fixador chamado Gumex. Era a versão 1950 da Super Bonder. Caso você tivesse uma moto, Lambreta ou Vespa, servia como capacete protetor em caso de queda.
Também se usava a versão oleosa, como Glostora, que tinha as versões creme e óleo. Sentia-se o cheiro a uma quadra de distância enquanto não secasse. O óleo não secava. Pobres fronhas, pobres mães. Depois, uma penteada no capricho com pente Flamengo, que era depositado em um dos bolsos traseiros da calça ou no bolso das camisas. Hoje é difícil achar camisa com bolsos. Alguma conspiração dos estilistas.
Em seguida vinha a etapa do rosto. Barba com gilete ou, de preferência, com lâminas de barbear inglesas Wilkinson, normalmente vendidas de forma escondida por garçons dos cabarés, sei eu lá porque logo eles. Rosto escanhoado e coberto de pequenos pedaços de esparadrapo para estancar o sangue com os inevitáveis cortes, vinha uma cobertura de Água Velva, loção pós-barba. No sovaco, desodorante inglês que vinha solto dentro de um tubo, também nunca entendi. A plebe rude e descapitalizada aspergia com álcool comum. Sujeito com odor de sovaco era chamado "cheiro de corpo".
Terno e gravata só em bailes mais formais, na paquera ou reuniões-dançantes eram calça e camisa, preferencialmente manga curta, geralmente com padrões chamativos. A gola era levantada na nuca para imitar o Elvis Presley. Meias de acordo com os sapatos Samello ou Terra. Custavam caro. Eu preferia o primeiro. O sapato clássico para ocasiões mais formais era o Clark, imorrível.
O arremete era passar uma boa dose de perfume Lancaster, cujo rótulo era xadrez preto e vermelho. Se colocasse mais de uma gota, o cheiro do Lancaster era sentido a quilômetros. Matava até cheiro de gambá, o bicho. A cereja do bolo era comprar uma caixa com 12 chicletes Adams sabor hortelã para tirar o bafo, o da caixa amarela. Quem tinha mau hálito era definido como CTL, cheiro de tigre louco. Usava-se pedacinhos de alcaçuz para expulsar o tigre.
O cigarro tinha que ser da marca Hollywood; para a plebe, Continental sem filtro. Fumar era fashion. Se na reunião-dançante com a percanta escolhida permitisse contatos imediatos de terceiro grau, dela se dizia que "colava". Mas terminava aí. Para acalmar o Buck Jones ia para a "zona". Nunca falhava, mas era cara. Mais ou menos por esta época um duque inglês que não gostava de sexo com mulheres, embora não fosse gay, deu a seguinte explicação da sua solterice.
- A posição é ridícula, o prazer é efêmero e o custo é exorbitante.
O padre Pedro Navarro, do Alegrete, vem realizando um trabalho de aproximar a cidade da Igreja, enaltecendo segmentos que produzem os movimentos nas missas, informa o jornal local Em Questão. Um deles consistiu em oferecer aos fiéis uma linguiça de 65 metros, mais enrodilhada que cobra cruzeira preparando o bote.
No dia 3 de dezembro, a "Baita Linguiça" foi assada em frente à Igreja Matriz, como parte da programação da Festa da Padroeira de Alegrete.
Você colocaria todo seu dinheiro em criptomoedas como a bitcoin? Mesmo? Nada em ativo real?
Feliz aniversário: Feevale Techpark completa 20 anos.
Federação Israelita do RS (Firs) é vencedora do Prêmio Vakinha Protagonistas pelo impacto de campanha solidária.
É o que resta depois de descobrir que sementes de milho foram falsificadas, enganando dezenas de produtores aqui e na Bahia. Até a cor vermelha das sementes de alta qualidade foram "pintadas". É, o Armagedom já chegou.
A derrocada final do Inter, depois de uma campanha impecável no segundo turno do Brasileirão, lembra uma lenda inglesa. As carruagens que fabricavam eram tão perfeitas que duravam exatamente 100 anos. Na passagem do ano, elas se desmanchavam por inteiro.
O melhor Frankenstein da história foi o monstro criado por Mary Shelley (1797-1851), uma colcha de retalhos de partes humanas. O pacote Lula que vai ser analisado pelo Congresso Nacional será outro monstrengo. Não nos esqueçamos que suas excelências são raposas felpudas cuidando do galinheiro.
Dando um repique da nota sobre a falta de energia, em que um leitor diz que Executivo e Legislativo (Assembleia e Câmara de Vereadores) não são capazes de fiscalizar o serviço concedido - no caso a CEEE Equatorial -, vale também para o dia a dia sem eventos traumáticos. Parece que só fiscalizam sobre um mundo paralelo.
A tribo peruana Shuar aterrorizou os conquistadores espanhóis porque eram peritos em encolher a cabeça de inimigos. Hoje, os encolhedores encolhem porções em restaurantes e até doces e pão de queijo, quase um chaveiro.