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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 10 de Novembro de 2024 às 17:42

O cachorro mascote que acompanha o presidente do Tribunal de Contas do RS

Gilberto Jasper/Divulgação/JC
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Fernando Albrecht
Uma das atrações da entrevista coletiva do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), conselheiro Marco Peixoto, foi a presença do mascote Bolinha. Há sete anos é amigo inseparável, chamado de "servidor voluntário" por Peixoto, tendo, inclusive, participado da cerimônia de posse da administração.
Uma das atrações da entrevista coletiva do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), conselheiro Marco Peixoto, foi a presença do mascote Bolinha. Há sete anos é amigo inseparável, chamado de "servidor voluntário" por Peixoto, tendo, inclusive, participado da cerimônia de posse da administração.

JC Sul

O Jornal do Comércio ampliou a sua cobertura na Região Sul do Estado, com o acompanhamento diário de acontecimentos econômicos dessa parte do RS. Repórteres em Pelotas, Rio Grande e Bagé já estão produzindo conteúdo em texto e vídeo, abordando de perto assuntos conectados com as potencialidades locais. O material é publicado no site do JC, nas redes sociais e agora também na edição impressa.

O filme binacional

Da Oxford Newsletter sobre as causas da derrota dos democratas na eleição: a visão dos americanos de que a inflação era maior e mais penosa do que os jornais publicavam, pois iam ao supermercado e sentiam a perda de poder aquisitivo. O temor da invasão de ilegais no país. Insegurança pela política de proteção aos delinquentes. Por que tenho a sensação que já vi esse filme no Brasil?

O que mais falta

Lá vem os gaúchos em louca disparada/ Pra quê?/ Pra nada. Os versos do poeta pernambucano Ascenso Ferreira (1895-1965) incomodam. Além dos esforços e mecanismos de recuperação, seria bom baixarmos a crista e parar com esse gauchismo exacerbado. Até porque cantamos como vitória fosse uma revolução que perdemos.

Como se voa no chão

Fernando Albrecht/especial/jc
Esta Lamborghini de competição exposta no Shopping Total é uma joia italiana desejo de consumo de quem curte automóveis. O modelo "civil" custa em torno de R$ 6 milhões (boa parte são impostos). Se queres um, entra na fila agora e espera até 2026 para ser o primeiro na fila.
 

A fraqueza dos rótulos

A pretensão da esquerda brasileira era ganhar a eleição dos Estados Unidos com Kamala Harris. E, como no Brasil, quem não é dessa tribo é fascista, mesmo que não seja. Só que essas alcunhas não ganham eleição e já cansaram, denotando falta de argumentos em favor da rotulagem fácil.

As voltas que o mundo dá

Nos anos 1960 e 1970, a esquerda mundial em geral e a brasileira em particular criticavam os Estados Unidos dizendo que ele se metia a ser polícia do mundo. Agora, ela quer exatamente o contrário, que os norte-americanos sejam essa polícia mundial.

A escalada do gato I

Na sexta-feira, a bolsa brasileira afundou com a inflação de outubro medida pelo IPCA acima do esperado, 0,55%, e com a demora no pacote de redução de gastos, que não sai do ventre do governo. A consequência é lógica. Dá para dizer que o gato subiu no telhado de Lula (PT).

A escalada do gato II

A inflação é o pior dos impostos e ela também já montou o gato. Para piorar, pelo que se diz, o pacote pode ser um pacotinho, o que não é bom para a popularidade do presidente Lula. Não precisa o IPCA me mandar recado de que está acima do teto da meta, a gôndola do supermercado já o deu há muito tempo.

Paradoxo cruel

A burocracia é um ente tão perverso que consegue engordar até com medidas para diminuir seu peso na vida dos brasileiros. Até desburocratizar exige burocracia de eliminação. E quando se elimina uma, surgem duas novas.

A menina da saia plissada

Quem viveu as primeiras Feiras do Livro sabe que a comparação com a de agora é anterior ao exercício de inutilidade. Para começar, a sineta do xerife é uma gravação, o que me leva à suspeita de que não soubessem mais manejar o instrumento, que também servia para chamar o recreio ou o começo das aulas. Ou então, a sineta se misturou com os fantasmas dos escritores do passado. Mas isso é picuinha, direis amantes das letras pretas em páginas brancas. De fato, o espírito da feira se perdeu como a sineta que não é mais badalada.
Nos anos 1950, eu voava o doce pássaro da juventude e com asas saí do Interior especificamente para comprar um livro. Os livros sempre foram caros, mas na época fértil de títulos novos de ficção tinham abatimento de 50%. Os usados se comprava às dúzias, e não havia essa moda de obras de autoajuda. Como dizem os antigos, quem sabe faz e quem não sabe ensina. As barracas eram dispersas praça afora, um labirinto onde havia quase-colisões entre os ávidos leitores.
Mas eu havia colimado meu alvo, O Grande Circo, de Pierre Clostermann, um piloto francês que havia abatido 33 aviões alemães na II Guerra Mundial com seu caça Spitfire inglês. Um ás, com competência também para contar histórias de guerras, pessoas e aviões. Não titubei em gastar um dinheirinho dolorosamente poupado, e ainda deu para comprar um ou dois do Jorge Amado, o mestre baiano, e Machado de Assis, outro que merecia ser mais lido. As pessoas eram mais sensíveis para os prazeres da alma. Hoje, abunda a sensibilidade de uma retroescavadeira.
Com os volumes embaixo de cada sovaco, me permiti olhar a paisagem. Logo adiante vi uma garota usando saia plissada. Linda a mais não ver. Percebi que ela me olhava com o rabo do olho, esse periscópio lateral. Aleluia, pensei, eis uma feira de livros e meninas bonitas. Abrindo caminho me dirigi a ela, mas a perdi. Naveguei pelo mar da esperança com a bússola apontando para uma saia plissada. Essa brincadeira durou uns bons 20 minutos, até que não vi mais nem a saia, nem ela. Então cansei.
Confesso que lastimo a sorte madrasta. Em desespero visual percorri todas as bancas com olhos de farol de automóvel, mas realmente ela tomou chá de sumiço. Ou se arrependeu, sabe-se lá. Que coisa, vir de tão longe para se frustrar. Um amor possível que se transformou em impossível. Cá entre nós e Pierre Clostermann, amores eternos como Romeu e Julieta só são impossíveis quando não consumados. O amor é como a pluma, voa tão leve e tem a vida breve, precisa de vento sem parar, já cantava Vinicius Moraes.
Fui trotando até a Estação Rodoviária sobraçando minha nova biblioteca, ligeiramente temeroso que eles viessem ao chão. Eram meu consolo por ter perdido a menina que me encantou. Relembrando o episódio, lembro da música "Feitio de Oração", do formidável Noel Rosa.
Quem acha
Vive se perdendo
Adiante, a letra fala na "dor tão cruel de uma paixão". Bueno, não cheguei a tanto, pelo menos eu tinha meus livros para um mês de leitura e releitura para esquecer a menina da saia plissada.

O brilho dos anônimos

A Calçados Bibi, com sede em Parobé, conta com um programa chamado Ninho de Inovação, que incentiva a contribuição de colaboradores, franqueados, fornecedores com novas ideias e sugestão de solução para os desafios do negócio. Eis um bom programa. Ao longo do tempo, a Bibi promoveu uma queda superior a 20% no tempo de sua produção. Não é incomum que o mais humilde dos funcionários tenha uma ideia brilhante.

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