Desde as primeiras pesquisas, do tempo em que a mesa das eleições ainda não estava posta até a semana derradeira, o prefeito Sebastião Melo (MDB) esteve na ponta. No início com pequena margem sobre Maria do Rosário (PT) - ela errou a reduzir seu nome para Maria na campanha - até uma margem folgada nos levantamentos mais recentes, o que se confirmou nas urnas neste domingo.
Os estrategistas da sua campanha temiam o efeito enchente, fator de desgaste, e a abstenção elevada em Porto Alegre. No entanto, Melo soube se defender dos ataques da esquerda, que gastou muita energia em confrontá-lo, ao invés de apostar em propostas eficazes de governo, que convencessem a população. O eleitor da capital gaúcha não quis trocar o certo pelo duvidoso.
Dois pesos, duas medidas
O governo federal autorizou a contratação de 60 novas casas para o Rio Grande do Sul. Em Alagoas, que não teve enchente, 1.246, no Maranhão são 400, e em Pernambuco, 386. Para todo o País, foram 4,9 mil unidades. Existe prova maior que para Brasília o Rio Grande do Sul é o patinho feio?
Ainda a acessibilidade
A coluna registrou no 1º turno e volta ao tema após o 2º turno. É preciso que idosos e pessoas com dificuldade de locomoção votem no andar térreo das escolas. Ontem, de novo, em vários lugares, se viu jovens votando no térreo e idosos tendo de subir escadas.
A marcha da insensatez
Ainda sobre a palestra do empresário Astor Schmitt na Câmara Brasil Alemanha, na semana passada, seria de bom alvitre que ela fosse ouvida em grupos maiores, inclusive no interior do Estado. Astor analisa como o Rio Grande do Sul começou a entrar em declínio nos anos 1980, contrastando com a pujança anterior. O empresário mata a cobra e mostra o pau, apontando as causas uma por uma.
Cabo de urna
O conceito de cidade pequena é aquele em que todo mundo se conhece. Este é o princípio de um cabo eleitoral bom, mas para isso ele tem que ter o dom do convencimento, desde que o candidato também o tenha. Milagres eleitorais não existem, porque tudo é natural inclusive o sobrenatural. Estes profissionais foram fundamentais em décadas passadas, antes da internet, mas ainda têm um lugar ao sol.
A força do chapéu
O uso de um adereço capilar não é novidade em campanhas políticas e, se bem pensado, alavanca a candidatura até o ponto de ser inseparável de quem o usa. Se Sebastião Melo usa chapéu de palha, está de acordo com o Tião como é chamado na intimidade. Paulo Brossard usou o dele antes e depois de ser senador. Na TV, ele o colocava ao lado, quase um símbolo cabalístico.
O declínio
das novelas
Deu no Estadão: o desempenho de audiência abaixo do esperado da novela das nove da TV Globo, Mania de Você, confirma o declínio desse tipo de produção. Se no passado as telenovelas brasileiras chegaram a marcar 100 pontos de audiência como Roque Santeiro, atualmente elas penam para chegar aos 30. Moral da história: não sabem mais contar uma boa história.
Dois pesos, duas medidas
O governo federal autorizou a contratação de 60 novas casas para o Rio Grande do Sul. Em Alagoas, que não teve enchente, 1.246, no Maranhão são 400, e em Pernambuco, 386. Para todo o País, foram 4,9 mil unidades. Existe prova maior que para Brasília o Rio Grande do Sul é o patinho feio?
Bem melhor que antes
Embora ainda preocupe as autoridades sanitárias, o número de casos novos de Covid é muito pequeno se comparado com anos anteriores. Nas últimas três semanas, foram 5.564 casos. No pico, em 29 janeiro de 2022, foram relatos mais de 1,3 milhão. O que escapa das estatísticas é a chamada Covid longa.
O mercado vertical
Tanto a indústria pesada quanto prédios residenciais precisam cada vez mais de guindastes de grande capacidade para realizar tarefas de peso, sem querer fazer trocadilho. A primeira lembrança que vem é Darcy Pacheco Soluções de Peso, com enormes equipamentos que apontam o céu. Só que este mercado parece ir tão bem que até há espaço para a concorrência. E exige um bom capital para entrar. Um guindaste com capacidade de erguer 400 toneladas custa em torno de R$ 8 milhões.
Defesa certeira
A precisão dos alertas da Defesa Civil contrasta com as de antes da entrada do radar meteorológico, quando erravam muito. Agora, eles preveem o começo ou fim da chuva em minutos. Mais difícil é prever o momento da chuva quando o céu está cheio de nuvens pesadas, como a Cumulonimbus (CB).