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Começo de Conversa
Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 25 de Julho de 2024 às 18:36

Homenagem em memória aos pioneiros da imigração alemã

Fábio PIlger/Divulgação/JC
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Fernando Albrecht
Esta é uma das homenagens aos pioneiros da imigração alemã em São Leopoldo - são 200 anos da chegada dos primeiros imigrantes ao Rio Grande do Sul. Para compor o monumento, foram selecionados "grandes homens do passado", como D. Pedro I e a Imperatriz Leopoldina, a agricultura foi representada por uma figura humana de um colono imigrante em tamanho natural. Acima dela constava a inscrição em língua alemã "den vätern zum gedächtnis" - "Em memória de nossos antepassados". Os meninos que estão ao pé precisam conhecer a glória da colonização, mas também o preconceito, o sofrimento e a altíssima mortalidade infantil, entre outras tragédias.
Esta é uma das homenagens aos pioneiros da imigração alemã em São Leopoldo - são 200 anos da chegada dos primeiros imigrantes ao Rio Grande do Sul. Para compor o monumento, foram selecionados "grandes homens do passado", como D. Pedro I e a Imperatriz Leopoldina, a agricultura foi representada por uma figura humana de um colono imigrante em tamanho natural. Acima dela constava a inscrição em língua alemã "den vätern zum gedächtnis" - "Em memória de nossos antepassados". Os meninos que estão ao pé precisam conhecer a glória da colonização, mas também o preconceito, o sofrimento e a altíssima mortalidade infantil, entre outras tragédias.
 

Os kerbs e a devoção à cerveja

Nos anos 1950, meu pai visitou os pais dele na Alemanha, então, como bom alemão fez uma visita à famosa cervejaria Hofbrauhaus de Munique. Por acaso, encontrou um conhecido, morador do Vale do Caí, e então sentaram na mesa esperando que uma alemoa do porte de um panzer servisse enormes canecas de cerveja de um litro, seis em cada mão. Até a Darcy Pacheco Soluções de Peso passaria trabalho.
Quando ela depositou a caneca na frente do conhecido, ele gesticulou fazendo "nein, nein!" com o dedinho balançando de um lado para o outro como um pêndulo. Ele queria um chope como o nosso, de 300 ml. Ela o olhou com pena. Na tradução, falou assim:
- Tsk Tsk Tsk. Quando cresceres, volte aqui para beber em caneca e não em copo miniatura.
Até contam que quando mais de três alemães se encontram, dá guerra ou rodada de cerveja. Nos kerbs, a loira bebida reinava. Kerb, na origem, significa colheita, mas pelo menos no Vale do Caí era dia do padroeiro da localidade. Nunca havia baile aos sábados, porque o padre vigário (sem ofensa, sem ofensa...) temia que os fiéis matassem a missa dominical. Por isso, a festa era nos domingos e os bailes se estendiam até terça-feira.
A largada era após a missa das 8h. Findo o culto, uma bandinha começava a tocar. Lembro em especial de uma valsinha chamada "Amor de pobre", mui linda a melodia. O séquito ia para o salão de baile. Em lá chegando, os esperava uma garrafa de cerveja pendura no teto do alto pé direito. A moral era quem tirasse a garrafa teria que pagar uma rodada para todos os presentes. E brigavam por isso, imagina.
O sistema funcionava bem. Assim que os casais entravam na pista, um funcionário do dono do salão pregava uma fitinha com alfinete no paletó, era o pedágio. Nas mesas ao redor a ordem era deixar as garrafas nas mesas, uma espécie de campeonato.
Vindas de longe em estradas precárias, as mulheres vinham de pés descalços ou de tamancos, com o sapato social nas mãos. Ali começava o namoro, o casamento. Cada "marca", como se dizia, era tocada duas vezes pela bandinha. Flor da Serra e tricolor (de Taquara) eram as melhores, na minha opinião.
Quando a bandinha precisava tomar um ar - misturado com cerveja - dois ou três tocavam tangos. Era hora de botar comida no estômago. Em dependência anexa, serviam linguiça fervida, cuca e café bem forte. Vocês não têm ideia como aquilo fazia bem à alma, minha Nossa Senhora!
Certa vez um amigo de infância tirou uma vizinha para dançar, meio que uma boa ação. Não era nenhuma Marlene Dietrich, mas vá lá. Ela recusou.
- Não danço, porque se danço eu sôô e se sôô eu fedo.

Divino mestre

Contam que, ao final da conversa com o Papa Francisco,um integrante do governo brasileiro perguntou-lhe se gostaria de conhecer alguma outra alta personalidade. O rosto do Sumo Pontífice se iluminou e então ele respondeu com uma só palavra: Deus.

Baita acordo

O valor de uma indenização por uso de imóvel da prefeitura de Porto Alegre na rua Déa Coufal foi reduzido de
R$ 265 milhões para R$ 6,6 milhões. O acordo foi conduzido pela procuradora Ana Catarina Lexau a partir de cálculos da Equipe de Análise e Cálculos Judiciais da Procuradoria Geral do Município (PGM) e da Divisão de Avaliação de Imóveis da Fazenda.

Parabéns pra você!

O município de Nova Prata, na Serra Gaúcha, tem uma multinacional com raízes locais no setor automotivo. Trata-se da Borrachas Vipal, que está completando 51 anos. Distribui seus produtos em mais de 90 países e é uma das maiores fabricantes de produtos em borracha para pneus no mundo.

Feliz aniversário

Uma campanha institucional assinada pela agência SPR vai celebrar os 75 anos da Randon, uma das maiores empresas do mundo no seu segmento. Com o conceito "Randon 75 anos", o tema é "A gente puxa a história pra frente".

Fogo de ex-amigo

Depois que o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, disse que as urnas eletrônicas usadas no Brasil são "inauditáveis", o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de enviar observadores para as eleições de domingo. E dizer que eles eram tão bons amigos...

Telepatas brasileiros

A melhor prova de que a telepatia é largamente usada é quando analistas brasileiros da política norte-americana sabem, mesmo estando aqui, o que pensa a vice Kamala Harris e seus eleitores, mesmo que seja de ouvir falar.

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