Depois que o último quilo de lama for retirado, depois que o Mercado Público reabrir a pleno, depois que as lojas estiverem aprumadas, depois que toda infraestrutura estiver como antes da enchente, talvez seja de bom alvitre lançar uma campanha com o nome do título desta nota. Exigiria um enorme esforço coletivo, incluindo entidades empresariais e assemelhadas. Só o apelo não adianta, teria que haver nem que fosse por um dia da semana, promoções atraentes para motivar os consumidores. Quem sabe com redução fiscal pela prefeitura. Há quem ache difícil porque a área já estava em forte declínio, mas como aquele passarinho que leva uma gota de água para combater incêndio florestal, temos que fazer a nossa parte.
O gauchão do Piquete dos Bombachudos caminha pela avenida Emancipação de Tramandaí menos lotada. A volta do Litoral esteve na proporção direta do recuo das águas, e a volta para onde se veio, com o parágrafo único da presença dos moradores permanentes de agora em diante. Muita gente, mas muita mesma, considera que morar em Tramandaí é outra vida. Morar na cidade grande deixa muitas cicatrizes e feridas que teimam em não fechar.
Há alguns anos, antes da internet, fazia muito sucesso o Guia dos Motéis. Certa feita recebi um release deles informando que estavam selecionando testadores de motéis, emprego de carteira assinada, salário mensal de R$ 2 mil na época, cerca de R$ 3 mil hoje, e gasto com combustível pago. No dia seguinte recebi um telefonema de alguém que se disse interessado no emprego, então, queria saber mais detalhes. Entra no Portal do Guia, expliquei.
Uma coisa não estava batendo. Pela voz deu para perceber que se tratava de alguém idoso ou a caminho dessa condição, voz trêmula, ofegante, então perguntei se ele levaria a matriz ou a filial para o teste.
— Como assim? — perguntou ele. — Para que levar a mulher?
— Ué! Vais ter que ver se a casa é limpinha, se o colchão é macio, se o ar funciona bem, se o chuveiro é bom, então, para isso, tens que levar uma mulher para o teste e pegar todas as nuances dos serviços e atendimento.
Fui interrompido por uma sonora gargalhada.
— Ah, puxa, (risos), nossa, eu não tinha percebido (risos e mais risos que o deixaram mais ofegante ainda), agora que fui entender.
— Mas o que pensavas que fosse ser testador de motel, vivente?
Mais gargalhadas.
— Nossa...eu achei que tinha que testar a estrutura do prédio, um serviço de engenharia de construções, hahaha, sou empreiteiro. Você me fez dar boas risadas, salvou meu dia!
Ri junto. Ele salvou meu dia também.
Dia sim, dia não o Legislativo apela para o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir ajuda em diplomas legais. Para que serve o Congresso, afinal? Onde foi parar a soberania do Legislativo, que cumpre seu papel de votar e legislar e, logo em seguida, vê suas decisões tornadas sem efeito por quem não tem voto e nem delegação do eleitor.
É uma crueldade sem tamanho capturar pássaros silvestres e vendê-los engaiolados como se observa em lojas do ramo. Não raro cortam as asas para impedir a fuga. Os pobres animais ficam saltitando no espaço pequeno - o correto seria chamá-lo de solitária - principalmente em lojas da Júlio de Castilhos. Corta o coração vê-los nesta condição. Não há uma lei que proíbe crueldade com animais?
O que se comenta à boca pequena em Brasília sobre os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet. No plano de voo da ministra do Planejamento, estaria a desvinculação constitucional das verbas para Saúde e Educação. Que sempre são o boi de piranha dos governos. Enxugar a máquina nem pensar. O chefe não quer.
O filho do presidente Joe Biden, Hunter Biden, foi preso por ter comprado um revólver de forma ilegal há 25 anos e ter mentido que não era usuário de drogas, o que era na época do acontecido - na moral calvinista que rege o Hemisfério Norte, mentir é o pior pecado que existe. Hunter está sujeito a 25 anos de prisão. Aqui se compra um tanque e não acontece nada.
Leitor foi à agência dos Correios para despachar um Sedex para Brasília. Apesar do valor salgado - R$ 76,00 -, a atenciosa atendente explicou que a empresa continua sem dar prazo para a chegada da encomenda. "Às vezes, o material é enviado até Curitiba de caminhão", explicou.
De tanta parada e movimento disso ou daquilo, a Sérvia, país do Leste Europeu, instituiu com êxito a Parada Orgulho da Família. Participaram um enorme número de casais e seus filhos. Lotou a rua.