A desgraça que se abateu sobre nosso querido Rio Grande do Sul nos deixa deprimidos, assustados e desanimados, até prova em contrário. Felizes dos que podem se refugiar no Litoral, especialmente em cidades que possuem estrutura independentemente da estação. Tramandaí é uma delas, ainda mais agora que a freeway está operacional. O mar pode ficar irritado de vez em quando, mas não inunda casas nem traz doenças. Tramandaí é a mais próxima. Para desopilar, pode-se jogar um anzol na água mesmo sem isca. A paz compensa tudo.
Sem lei e sem alma
Os golpistas, fraudadores, assaltantes, vândalos, criadores de fakenews, saqueadores, e os piores, os que roubam doações, são a escória da raça humana. Nem adianta chamá-los à razão, é gente que ri da desgraça dos outros. O inferno tem que existir.
O sorriso contagiante
Sexta-feira,14h30min. Começa a chover forte e quatro garis da Cootravipa se encolhem debaixo de uma estreita marquise do Z Café da Padre Chagas. Vendo a cena, um senhor se levanta e diz para eles que podem pedir o que quiserem, que a conta é com ele. E avisou a atendente.
Eles pegaram lanches e iogurtes. O sorriso do grupo contagiou todos os presentes. Bravo, Senhor Desconhecido!
Alívio para hospitais
Leite e o presidente do TJ-RS, Alberto Delgado Neto, assinam convênio de repasse a hospitais
/secom/palácio piratini/divulgação/jc
O governo do Estado e o Judiciário gaúcho firmaram na sexta-feira (24) convênios com hospitais de Pelotas, Santa Rosa e Ijuí para a aquisição de equipamentos. Serão destinados R$ 13,6 milhões, recursos doados através de contingenciamento orçamentário anunciado em dezembro do ano passado. A assinatura foi feita pelo Governador Eduardo Leite, juntamente com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Alberto Delgado Neto.
Águas partidárias
Com todas essas pedradas em cima do governador Eduardo Leite e do prefeito Sebastião Melo, que levam toda a culpa, mesmo que administrações anteriores também tenham falhado miseravelmente, indica que chegamos à perfeição da desgraça: ideologizamos a enchente.
A queda
O que aconteceu na quinta-feira foi uma sucessão de eventos, como na queda de um avião. Uma a uma as estruturas foram colapsando, com o agravante de nervosismo e pânico que se reconhece com motoristas buzinando no meio de uma rua congestionada do primeiro ao quinto invertido. Foi um 747 caindo.
Muito barulho por nada
Fizeram um escarcéu pela diferença entre a régua que mede o nível do Guaíba e a marca real. São 15cm de bobagem, devidamente explicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que chama a isso "efeito onda". Me digam um coisa: essa diferença influenciou no tamanho real da enchente?
A paradinha
Para quem ficou chuliando para o marcador do nível do Guaíba baixar a níveis razoáveis, tem sido exercício de frustração. Na semana passada subia e descia como um eletro; no final de semana, caiu um pouco, dava uma paradinha antes de descer um pouquinho, como breque de samba. Agora, voltou a subir e sabe-se lá como ficará. Para hoje o cenário não é nada bom.
Para piorar...
...arroios como o Dilúvio ficaram assoreados durante o pico da semana retrasada. Com isso eles transbordaram mais facilmente, para espanto geral. "Não chegou a tanto antes, como é que pode?". Pode, mesmo que o nível do Guaíba não tenho passado dos 4 metros.
O custo do elevador
Prédio modesto, Cidade Baixa, dois elevadores com poço debaixo de água. Para consertá-los, o preço é superior a R$ 21 mil. Agora vejam quantos prédios cidade afora têm o mesmo problema e o tamanho da bronca para os moradores.