As chuvas intensas que caem há dias no Rio Grande do Sul voltaram a atingir em cheio a região central do Estado. Caso do município de Sinimbu, no Vale do Rio Pardo. A localidade com pouco mais de 8 mil habitantes foi uma das mais afetadas pelos efeitos do clima. Ruas interrompidas, árvores caídas, postes de energia elétrica derrubados, casas avariadas. Vai levar um bom tempo até que a situação seja normalizada.
Mapa Econômico do RS
Duas oportunidades de desenvolvimento identificadas na
primeira edição do Mapa Econômico do Rio Grande do Sul, em 2023, para as regiões Sul e Centro-Sul se confirmam. Uma delas é uma nova fábrica de celulose no Rio Grande do Sul, projeto que será realizado em Barra do Ribeiro pela CMPC. Outra é o plantio de eucaliptos na região.
Plantio de eucalipto
O repórter Jefferson Klein apurou que a base florestal da CMPC para a segunda planta é de 100 mil hectares de florestas plantadas. A nova unidade da empresa precisará de 180 mil hectares para ser abastecida e poder produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano. Ou seja, o grupo chileno busca parceiros locais para 80 mil hectares de eucalipto.
Rios & ruas
Não recordo na história recente do Rio Grande do Sul tamanha intensidade de chuva por um período prolongado, que deverá continuar hoje e amanhã. E não é chuvinha não, é balde de água sendo despejado. Até mesmo ruas em declive como a Garibaldi, em Porto Alegre, viraram rios caudalosos. E com as obras em curso em diversas ruas da Capital, fica difícil achar área sem barro no acesso aos pontilhões improvisados.
Ajuda a cadeirante em Santa Maria
Silveira, Fantinel e Pablo Vinícius ajudam senhora cadeirante a desembarcar do Uber
Freddy Vieira/divulgação/jc
No recente ato de assinatura do contrato para a Implantação da Unidade do Tudo Fácil em Santa Maria, Bruno Silveira (secretário adjunto da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão), Beto Fantinel (secretário estadual de Desenvolvimento Social) e Pablo Vinícius (fotógrafo da SPGG) ajudaram uma senhora cadeirante a desembarcar do Uber. Na maioria das vezes, a população ajuda, o que dirá autoridades de plantão.
Menos mal
Algumas propriedades do Interior que mais sofrem com a estiagem trataram de abrir buracos para que chuvas intensas como as de agora os transformem em açudes. Não sabemos o que virá depois, mas a história ensina que a estiagem sucede às enchentes. Ainda mais que o segundo semestre deverá ter o La Niña, que detesta chuva e ama a seca.
O desfalecimento da cidade
Impressionante como a cidade desfalece antes de um feriado, mesmo que ele caia numa quarta-feira, como o Dia do Trabalho. Este desfalecimento é visível em aspectos mais prosaicos, como no trânsito e até na web, com o agravante da chuva intensa. Quando a cidade pretende ressuscitar, na quinta-feira, lá vem a brisa do final de semana.
A César o que é de César
A retirada do projeto que previa aumento da alíquota do ICMS de 17% para 19% foi resultado de ampla mobilização empresarial, que teve atuação decisiva do presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa. Ele fez corpo-a-corpo durante semanas com os deputados estaduais até conseguir a massa crítica que levou o governador Eduardo Leite a desistir do projeto que já estava na Assembleia Legislativa.
Tragédias em duplicata
Tanto os órgãos oficiais quanto a própria Defesa Civil não tinham e ainda não têm condições de cobrir a vasta malha de estragos no interior do Rio Grande do Sul, especialmente em pequenas localidades distantes de rodovias. Municípios como São Vendelino foram arrasados pelos arroios e córregos que viraram mar - neste caso, o Arroio Forromeco. E pela segunda vez em um ano, estas populações perderam tudo, lavouras de subsistência foram liquidadas. Muito doloroso.
Erro de previsão
Tanto que a meteorologia erra quando prevê chuvas que agora o desejo é que ela erre quando informa que vai cair (mais) água pra mais de metro de hoje em diante. O Rio Grande do Sul merece um erro de previsão.