O grande mistério dos esguichos de água, ou chafariz - como quer a prefeitura de Porto Alegre - é por que cargas d'água a molecada do Centro Histórico ainda não os utiliza para se refrescar. Com esse calor, até adultos têm essa tentação para amenizar o calor senegalesco.
Prêmio ARI de Jornalismo
Associação Riograndense de Imprensa divulgou os finalistas da 65ª edição do Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo. O Jornal do Comércio tem três finalistas: na categoria Reportagem Econômica, a série Mapa Econômico do Rio Grande do Sul, de Eduardo Torres e Guilherme Kolling; na categoria Reportagem Cultural, a Série Gêneros Musicais Gaúchos, de João Vicente Ribas, e a matéria Johnson - O Boxeur-Cantor, de Marcello Campos. Os vencedores serão conhecidos em cerimônia no dia 19 de dezembro.
Naufrágios revelados
Quanto eu era menino em São Vendelino, e mergulhava nas águas do arroio Forromeco ou singrava suas águas com meu valente mas esburacado caíque, ficava fascinado imaginando o que o leito revelaria se por alguma mágica as águas sumissem. Em pontos mais profundos, que eram poucos, achava que o leito seco revelaria pequenos tesouros perdidos ou trazidos pela correnteza desde sua nascente. Relógios, calçados, quem sabe algum objeto de valor entre outras surpresas. Mal sabia eu que no futuro essa técnica de "evaporar" a água dos mares e oceanos seria uma realidade.
Na década de 2000, alguém com a mesma curiosidade que eu tive no final dos anos 1940 e início dos 1950 deu tratos à imaginação e descobriu como escanear o fundo em 3D, praticamente centímetro por centímetro. Naufrágios ou embarcações perdidas em batalhas navais, rombos no caso por tiros de canhão ou torpedos vinham em detalhes. Só não dava para ver a parte enterrada no lodo marinho. Diversos documentários fascinavam os telespectadores assim como eu fiquei fascinado pela hipótese. Claro que o primeiro alvo foi o Titanic, que se partiu em dois enquanto afundava.
É uma boa metáfora para revolver nosso passado submerso. Apareceriam rombos no casco, buracos de tiros de canhão e torpedos envoltos em silêncio sepulcral até que alguém os trouxesse à tona. Ao contrário dos navios, provavelmente não ficaríamos fascinados mas angustiados com as revelações do nosso passado enterrados no lodo da memória. Não, não seria de bom alvitre alimentar nossas angústias do presente com outras piores misericordiosamente sepultadas em sarcófagos selados.
Trazê-los à tona talvez valesse para meu arroio com sua quietude e paz, mas uma varredura em 3D do nosso cérebro não traria relógios calçados ou pequenos tesouros, ao contrário. Viveríamos novamente as tragédias passadas, rombos de tiro de canhão e torpedos que moldaram nossa consciência inconsciente.
O urubu e o colibri
Nenhuma economia é uma ilha e nem a bolsa brasileira é uma ilhota. O esplendoroso desempenho na Ibovespa se deve ao enfraquecimento mundial do dólar e manutenção da taxa de juros americana. Como diz o comunicado da Fiergs sobre a redução da Taxa Selic, a continuidade da queda vai depender da diminuição dos gastos públicos. E aí, meu irmão, a coisa está mais para urubu que pra colibri.
Sinais I
Quando se aproxima o final do ano, o povo vai aumentando o cansaço, acumulado no ano inteiro. O estresse natalino combinado com queda de renda e aumento do custo de vida - não me venham com inflação baixa, essa não frequenta supermercados - é observável nas lotéricas, mormente as mais movimentadas, como a do Mercado Público.
Sinais II
Prêmios estimados das loterias da Caixa ficam bem abaixo das projeções mesmo quando acumulados. Exemplos típicos são a Quina e a Lotofácil. Mesmo a Mega já viveu melhores tempos, embora haja uma explicação: a Mega da Virada, que deve pagar bem acima de R$ 500 milhões. O patinho feio é a Milionária, com R$ 110 milhões, a mais cara de todas.
A casa do escambo
A rigor, a sabatina de Flávio Dino no Senado para ser ministro do STF foi pura pantomima. Os votos dos senadores governistas por convicção ou por favores recebidos já eram conhecidos. E no item "favores recebidos", acrescente-se "favores a receber". Para os amigos tudo, para os inimigos, o rigor da lei.
Tarifa Zero
São Caetano do Sul se tornou o mais populoso município de São Paulo a conceder o passe livre nas linhas municipais. O Tarifa Zero será custeado pela arrecadação local com multas de trânsito, publicidade etc. São Paulo capital quer ir no mesmo caminho. O orçamento da cidade para o ano que vem já reserva R$ 5,1 bilhões para este fim.
O especialista
O porto-alegrense Antônio Augusto Mayer dos Santos lançou seu 10º primeiro livro, Reforma Política Sem Fantasias - As mudanças que o País necessita. São quase 30 anos de advocacia especializada e uma curiosidade: dos 55 deputados estaduais gaúchos, 19 são clientes ou já passaram pelas mãos de Mayer.
Tentaram
A página volta a comentar que já houve prospecções para descobrir petróleo na costa gaúcha, na Bacia de Pelotas. Foi no governo Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010), através da Petrópolis, então uma ativa petroleira. Não o acharam.
Miúdas
LÁ em Brasília, a bebida preferida é a champanhe francesa Moët & Chandão.
SÃO Sebastião do Caí inicia o pagamento do FGTS para pessoas que foram atingidas por enchentes.
TESLA fez recall de milhões de carros sem motorista nos Estados Unidos. O computador aprontou.
VERBIN (planos assistenciais e seguros de pessoas do grupo Eagle) completa seu primeiro ano de atuação.
INICIADA a temporada de verão e nada de sinalização da Estrada do Mar.
JORNALISTA Guilherme Baumhardt deixa a Rádio Guaíba.
Aquele abraço
Essa é fácil. Os primeiros imigrantes que chegaram a Dois Irmãos, terra dos morros gêmeos, vieram da Alemanha quatro anos após a Independência do Brasil. Abraço ao povo e ao prefeito Jerri Adriani Meneghetti. Também é fácil: era o nome do cantor da Jovem Guarda.