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Começo de Conversa

- Publicada em 30 de Junho de 2023 às 00:25

Cidade da Advocacia

Leonardo Lamachia

Leonardo Lamachia


Pablo Reis/divulgação/jc
Uma nova revolução na advocacia gaúcha: a OAB/RS lançou, na manhã desta quinta-feira, a 2ª edição do maior e mais inovador evento da sua história, a Cidade da Advocacia. Entre os dias 8 e 12 de agosto, no Cais Embarcadero, serão promovidos mais de 50 painéis dos assuntos que estão em voga na advocacia. A abertura será com o economista, navegador, empresário e escritor Amyr Klink. Na proa do evento, o presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia (foto).
Uma nova revolução na advocacia gaúcha: a OAB/RS lançou, na manhã desta quinta-feira, a 2ª edição do maior e mais inovador evento da sua história, a Cidade da Advocacia. Entre os dias 8 e 12 de agosto, no Cais Embarcadero, serão promovidos mais de 50 painéis dos assuntos que estão em voga na advocacia. A abertura será com o economista, navegador, empresário e escritor Amyr Klink. Na proa do evento, o presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia (foto).
 

Os fuscas envenenados

Se hoje os jovens não curtem mais o carro próprio, nas décadas de 1960 até 1970 eles iam à loucura para ter um, nem que fosse usado. O hobby maior era incrementar o possante, começando pelo câmbio, onde se coloca bolas de vidro ou plástico transparente com peixinhos de mentira por dentro. O equivalente a pinguim na geladeira. No painel, muito limitado na época, era imprescindível ter um conta-giros para auferir o giro (RPM) do motor. Quanto mais reloginhos, melhor. Também se tirava o miolo da surdina, como fazem hoje os motoboy. O senhor era "cano reto", escape direto do cilindro. O barulho era horroroso, mas a ideia era essa. Motores envenenados eram outro papo e outro custo. O VW tinha 36 HP, fazia de 0 a 100... em algum momento.
A tala larga, pneus mais largos, apareceram em 1965, na esteira dos bólidos de corrida. Sucederam os pneus banda branca, febre até essa época. O sonho de consumo era o fusca incrementado - na época falávamos "fuca". Outra bossa era colocar antenas de rádio altíssimas e direção de F1. Atraia o mulherio, não precisava nem cursar Medicina para atrair olhares lânguidos. Médicos significavam proteção e boa vida. Depois, Odonto. Jornalismo? Fugiam deles. Todos matando cachorro a grito. Das outras profissões, ser funcionário do Banco do Brasil também garantia vida boa. No inícios dos anos 1960, o inicial de um contínuo (boy) do BB era de 18 salários-mínimos mais gratificações, em torno de 15/6 salários/ano.
Outro sonho de consumo era ser sócio de um clube social. Sinal de status. Clube do Comércio, Teresópolis TC, Leopoldina Juvenil, Petrópolis, SAT (Tramandaí) e SAPT (Torres) eram alguns que tinham fila de espera. O top mesmo era clube com piscina. Comida para ostentar era fricassé de galinha, peru à Califórnia. Galinhada era coisa de pobre. Uísque ou "champanhe" só para rico, ou se cotizando nos bailes de Carnaval. Naqueles tempos os espumantes eram feitos de vinho branco de última, quase restos. Por isso, o general Flores da Cunha cunhou a frase, "vinho gaúcho dá azia até em copo com bicarbonato". Mudou muito, ainda bem.
Se tivesse pelo menos um fusca incrementado e veraneasse em Torres, você podia sonhar alto. Para mostrar quem era o rei do galinheiro, a moda era ficar encostado no carro girando a chave entre os dedos. Pobre, encostava em carro alheio e a chave era da casa ou da pensão.
Mas essa já é outra história.

Me bota na vitrina!

Jair Bolsonaro deveria torcer para ter seus direitos políticos cassados. Absolvido, não teria palanque. Defenestrado, vira mártir e fica vivinho da Silva na vitrina. Convém não esquecer que ele fez 49,1% dos votos na eleição que elegeu Lula em 2022. Diferença mais curta que coice de porco.

Seu Claudio tá podendo

O presidente do Sindicato das Indústrias De Máquinas Agrícolas (Simers), Claudio Bier, foi convidado para estar no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar. Ficou atrás de Lula/Janja, e nomes de proa do PT.

Empréstimo ideológico

Governar é abrir cofres do BNDES para um país vizinho que está com a economia pela bola sete, mesmo com objeção do ministro da Fazenda. E esperar um milagre divino para que o companheiro pague.

Feliz aniversário

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias no Estado do Rio Grande do Sul está completando 60 anos. Como a maioria das ferrovias foi extinta, não é uma data feliz.

Perda sentida

O professor e ex-ministro da Agricultura (1974-1979) Alysson Paolinelli, morreu nesta quinta-feira, aos 86 anos em Belo Horizonte (MG). O agronegócio deve muito a ele e até hoje lembram de Paolinelli com saudade.

Estrada do Mar

Quem trafega pela Estrada do Mar lastima que desde o veraneio passado a rodovia não tenha sinalização que preste. Como diz um leitor, não é só no verão que ela é demandada.

Safra abundante

Se o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, queria mesmo sequestrar militares russos de alta patente, de outra vez seria melhor passar uma tarrafa. A Rússia tem 1,3 mil generais na ativa.

Um dia ruim

Comentário de uma motorista de aplicativo que preferiu ficar em um local, em vez de rodar por aí à cata de passageiro.
— Hoje (quarta, n.r.) é um dia ruim. Ainda não saiu o dinheiro, o povo está sem dinheiro.
Como em todos os finais de mês. E tudo entra em modo cautela no bolso já a partir do dia 20. Dias 30 e 10 melhora, porque é virada do cartão.

Primeiro movimento

O deputado gaúcho Sanderson (PL) já prepara minuta para a Câmara Federal conceder anistia ao ex-presidente Bolsonaro caso seja condenado pelo TSE. Caso seja aprovada, estraga o futuro do capitão.

Empurrando com a barriga

Mais uma injeção de dinheiro público para que as montadoras reduzam o preço de alguns modelos, posto que o mercado está estagnado. Nada no horizonte visível indica que o cenário vai mudar, então, até quando esses aportes vão continuar?

Miniaturização da comida

Querida, encolhi as porções dos pratos. Esta frase tirada de filme cabe como uma luva nos restaurantes a la carte da cidade. Impressionante como encolhem cada vez mais. Tem que ver o lado positivo das coisas, pelo menos se faz regime.

Aquele abraço

Ao povo, prefeito Joaquim Bourscheidt, secretários e vereadores de Mato Queimado - mas isso foi há muito tempo. Fala-se o dialeto alemão hunsrik, bem de acordo com a arquitetura da cidade, "uma veiz".