O Superior Tribunal de Justiça (STJ) fará transmissão ao vivo da sessão de julgamento do pedido do governo italiano para que o ex-jogador Robinho cumpra pena no Brasil. O processo está na pauta da sessão da Corte Especial do tribunal marcada para esta quarta-feira (20), a partir das 14h. A sessão será presencial e a transmissão será feita no canal do STJ no Youtube.
O julgamento no STJ será do pedido de homologação da sentença da Itália. Com a homologação, a corte italiana pede que o ex-atleta cumpra a pena pelo crime no Brasil. Os ministros vão analisar se a sentença cumpre requisitos formais (se foi proferida por autoridade competente no exterior, se o réu foi citado, se a decisão não ofende a ordem pública brasileira, entre outros).
Presidido pelo vice-presidente do STJ, ministro Og Fernandes, o julgamento vai começar com as sustentações orais pelas partes. Cada parte poderá fazer a exposição por até 15 minutos. Depois disso, o ministro Francisco Falcão, relator do caso, apresentará o seu voto. Os demais ministros e ministras votam na sequência, por ordem de antiguidade.
A Corte Especial é formada pelos 15 ministros mais antigos. Para que a sentença seja homologada é preciso o voto da maioria simples - metade mais um dos ministros. O presidente da sessão vota apenas em caso de empate.
Há a possibilidade de pedido de vista, o que acontece quando um dos ministros ou ministras não se sente habilitado a votar no momento e pede um prazo para analisar o processo. Nesse caso, o julgamento é adiado, com prazo de retomada estabelecido em até 60 dias, prorrogável por mais 30.
Robinho sempre negou o crime publicamente. A polícia italiana, porém, gravou conversas do ex-atleta com seus amigos na qual ele confirma o estado de inconsciência da vítima no momento do crime. "Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou", disse o ex-jogador. As gravações fizeram parte do material usado pelo Ministério Público da Itália no processo que condenou o brasileiro por estupro coletivo.
Folhapress