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Segurança de crianças e adolescentes na internet deve ser tema de conversa em casa e na escola
Pais precisam observar mudança de comportamento, porque os filhos podem ser vítimas mas também abusadores

A questão da segurança de crianças e adolescente na internet voltou a ganhar destaque com os desdobramentos da Operação Dark Room. Acusados de utilizar o aplicativo Discord para a prática de crimes relacionados a violência sexual e psicológica, como estupro e estímulo à automutilação e ao suicídio foram presos.
Segundo a psicóloga e diretora da ONG Safernet, Juliana Cunha, é um grande desafio para as famílias mediar a relação dos filhos com a tecnologia. Ela pondera que alguns pais preferem ter mais controle com algum programa que monitore a navegação dos filhos pela internet. "As próprias redes sociais oferecem ferramentas de controle parental", lembra.
"Outros pais adotam a abordagem de dar mais autonomia e liberdade para os filhos para construir confiança. Esses pais adotam o diálogo o que também é importante. Mas não adianta a gente usar as ferramentas de controle e não ter o diálogo, e também deixar só no diálogo e não ter algum tipo de acompanhamento dos filhos na internet", diz Juliana.
Para a psicóloga, o diálogo é fundamental para preparar as crianças a responder aos riscos. "As famílias também precisam conversar sobre sexualidade. É importante entender que a adolescência é o momento de florescimento da sexualidade. Os pais precisam lidar com isso e muitas vezes não estão preparados para ver os filhos crescerem. É um grande obstáculo os filhos terem medo de conversar com os pais por temerem ser punidos com a retirada do celular".
A diretora da Safernet destaca que a escola pode ser uma importante aliada para as famílias que ficam perdidas no trabalho de mediação parental dos filhos com a internet, e pode ser esse espaço de conscientizar as famílias para os problemas.