Sustentável e econômica, a geração residencial de energia solar tem se tornado cada vez mais acessível, com a redução nos valores dos equipamentos e a criação de linhas de crédito específicas para esse tipo de investimento. Só entre janeiro e julho de 2019, houve redução média de 8,9% no preço final dos sistemas fotovoltaicos, de acordo com um estudo da consultoria Grenner, e aumentaram as opções de financiamento.
Para uma residência com quatro ou cinco pessoas, o custo de instalação de placas capazes de atender à demanda de eletricidade da família fica entre R$ 15 mil a R$ 20 mil, com retorno do investimento em três a sete anos, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Numa de três pessoas, pode custar R$ 9 mil.
A queda nos preços tem sido favorecida principalmente pelo ganho de escala do setor, diz o relatório da Grenner. O número de instalações conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) aumentou 86% nos nove primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2018.
Rodolfo Meyer, executivo-chefe do Portal Solar, que reúne informações e empresas do setor, diz que o interesse do consumidor por essa alternativa para economizar na conta de luz é crescente. "A tecnologia começa a decolar quando tem sentido financeiro."
Com a possibilidade de financiamento - disponível em bancos como Caixa, BB, Santander e Bradesco - os painéis solares tem chegado até às classes mais populares. Segundo Meyer, a renda média mensal dos consumidores que contratam as linhas de crédito oferecidas no Portal Solar é abaixo de R$ 2 mil. "A maior procura é pelo parcelamento em 60 vezes, sem entrada. Hoje, realizamos cerca de dois mil novos contratos por mês."
A energia gerada pelo sistema fotovoltaico que não é utilizada pode ser armazenada em baterias, mas estas ainda são caras, custando a partir de R$ 30 mil. Por isso, a opção mais utilizada no país é o lançamento da energia excedente no sistema das concessionárias, como Light e Enel.
Assim, os consumidores que geram energia solar recebem um crédito das concessionárias para ser usado em momentos em que não há incidência de luz solar, como durante a noite ou em dias nublados. Dessa forma, a família consegue pagar uma conta de luz mais baixa, normalmente apenas a tarifa mínima, que no Rio é de R$ 19,35 (sistema monofásico), R$ 32,25 (bifásico) e R$ 79,20 (trifásico).
Há, ainda, a cobrança de contribuição para iluminação pública. No município do Rio, por exemplo, residências com consumo de até 100 kWh são isentas. Para até 140 kWh, são cobrados R$ 5,51, com aumento conforme o consumo.
Coordenador do MBA de Finanças do Ibmec/RJ, Filipe Pires ressalta que a instalação de sistemas fotovoltaicos é um investimento que só dá retorno no médio e longo prazos. "Para quem opta pelo financiamento, a vantagem é que, enquanto a conta de luz sofre reajustes anuais, normalmente acima da inflação, a parcela fica congelada durante os anos do parcelamento." A energia solar também cresce em condomínios, empresas e órgãos públicos. A cobertura do prédio da Secretaria Estadual de Fazenda do Rio de Janeiro (Sefaz), no Centro, ganhou 55 painéis fotovoltaicos.
Consulta pública da 6ª rodada de aeroportos deve sair no fim de janeiro
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que a consulta pública para a 6ª rodada de concessões aeroportuárias deve sair no final de janeiro. O leilão dos 22 aeroportos da rodada está previsto para ocorrer no 4º trimestre de 2020.
"A consulta pública para os aeroportos deve sair agora no próximo mês", disse ele, durante evento de assinatura do contrato de concessão da BR-364/365.
A 6º rodada está dividida entre os blocos Sul, Norte I e Central. A consulta pública é a segunda fase que um ativo enfrenta para ser concedido.
A primeira é a fase de estudos. Depois de finalizada a consulta e elaborado o edital, o Tribunal de Contas da União (TCU) precisa dar o aval ao projeto.
Se autorizado, o edital pode ser publicado e o leilão realizado.
Por meio de Resolução, CNEN cria cadastro de barragens de rejeitos radioativos
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) criou, por meio de resolução, o Cadastro de Barragens de Rejeitos Radioativos Resultantes da Operação de Mineração e Beneficiamento de Minérios Nucleares, o Sistema Gestão Segurança Barragens Rejeitos Radioativos Resultantes da Operação de Mineração e Beneficiamento Minérios Nucleares.
A comissão também estabeleceu a periodicidade de execução ou atualização, a qualificação dos responsáveis técnicos, o conteúdo mínimo e o nível de detalhamento do Plano de Segurança da Barragem, das Inspeções de Segurança Regular e Especial, da Revisão Periódica de Segurança de Barragem e do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração. A Resolução da CNEN está publicada na edição de 23 de dezembro do Diário Oficial da União.