As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio deste ano trouxeram luz à estreita relação entre economia, tecnologia e meio ambiente. No caso da automação de produtos - que permite o rastreio do que é colhido no campo ou manufaturado até as mãos do consumidor final -, o sistema foi fundamental para reduzir o tempo de retomada da indústria e do varejo regional após as inundações.
Já no mês seguinte à forte queda da atividade econômica registrada no período em que 97% do Estado vivenciou a pior tragédia climática da sua história, o Rio Grande do Sul apresentou um aumento significativo no volume financeiro de vendas em todos os segmentos que envolvem suas cadeias produtivas. Segundo a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), em junho, o setor industrial gaúcho registrou um crescimento de 20% nas vendas em relação ao mês anterior e o varejo aumentou em 8,5%.
Em agosto, segundo dados da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, a indústria gaúcha não só se recuperou como mostrou alta de 5,7% na intenção da indústria em lançar artigos em agosto (na comparação com maio). Em termos nacionais, o indicador aponta para alta de 18,6% em agosto na comparação sem sazonalidade com o mês de julho e de 0,9% quando comparado a agosto de 2023.
"A automação não é um diferencial, mas uma pré-condição para atingir melhores resultados. Então, a superação do Rio Grande do Sul às cheias passa pela tecnologia que consegue reduzir processos, diminuir custos, melhorar reformas, gerar ganhos de produtividade e trazer, no menor tempo possível, uma recuperação", ressalta o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, ao sugerir que o episódio sirva de exemplo para todo o País.
Entre os segmentos que responderam com agilidade aos problemas causados pelas chuvas intensas nos municípios gaúchos foi o automobilístico. A veloz recuperação do setor, impulsionada pela sua massiva automação, levou à revisão positiva das projeções de seu desempenho anual. Para o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado (Sincodiv-RS), Jefferson Fürstenau, a expectativa de crescimento de 10% nas vendas para 2024 no Estado antes do episódio das cheias deve ser revisto para 12% a 14%, a depender de como vai responder o segundo semestre.
"Antes da enchente, nós tínhamos uma renda média de vendas de veículos na faixa de 14 mil a 15 mil unidades. Tivemos um mês de paralisação em maio e em junho nós chegamos a 18 mil veículos vendidos, julho 19 mil veículos e, em agosto, 19,7 mil. Ou seja, a gente teve um crescimento em relação à média do que vinha vendendo. Então não é só o crescimento normal, é o crescimento do pós-enchente, pois contamos também com as indenizações de seguro, ampliando a demanda de clientes", destaca o dirigente.
A retomada quase imediata da economia gaúcha impulsionou o crescimento de 4,3% da produção industrial brasileira no sexto mês do ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação do gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM - Brasil), André Macedo, a aceleração deveu-se ao retorno das atividades de unidades produtivas que foram (direta ou indiretamente) afetadas.
De acordo com Macedo, em julho, se comparado o patamar apresentado em dezembro de 2023, o setor industrial está 1,2% acima, "mostrando a permanência de uma trajetória ascendente".
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Rastreabilidade traz agilidade à cadeia produtiva
Pesquisa da GS1 Brasil revela que 43% das indústrias nacionais têm interesse em utilizar o código 2D para obter maior eficiência
aleksandarlittlewolf/freepikDivulgação/JCEntre os fatores que influenciaram na acelerada recuperação das atividades industriais e comerciais no Rio Grande do Sul pós-alagamentos, está no avanço tecnológico do código de barras. Após 40 anos de presença no Brasil, a tecnologia movida a laser utilizada em check-outs de bilhões de produtos ganhou novas utilidades e ajudou os setores econômicos a superarem o apagão logístico ocasionado pelos obstáculos viários e aéreos gerados pelas intempéries.
A utilização do Código Universal do Produto está cada vez mais inserida no mercado nacional. Dessa forma, as organizações conseguem ter acesso a todas as informações do trajeto das mercadorias produzidas, garantindo maior agilidade de todo percurso até chegar às mãos do consumidor final.
Em uma situação como a ocorrida no Rio Grande do Sul, quando um grande volume de artigos se perdeu em meio ao apagão logístico ocasionado pela obstrução dos escoamentos terrestres e aéreos, a ferramenta atuou como um eficiente localizador e facilitador da reposição das gôndolas.
Na prática, os sistemas de automação de mercadorias atuaram de forma assertiva durante o período mais crítico das cheias no estado gaúcho. O COO da GIC Brasil, Carlos Aguiar, relata que a situação em atacarejos atendidos pelas soluções da empresa de tecnologia foi amenizada por meio da utilização dessas ferramentas.
"Uma das redes com as quais trabalhamos no estado gaúcho teve umas quatro ou cinco lojas inundadas. Mas, com o auxílio da nossa ferramenta, eles conseguiram identificar as baixas dos estoques e corrigi-las de forma rápida e eficiente, permitindo um rápido reabastecimento das prateleiras", afirmou o executivo durante o evento Brasil em Código, ocorrido em São Paulo no mês de agosto .
A feira apresentou também as novidades do portfólio da Compex, compostas por impressoras, leitores e coletores. "O nosso grande lançamento é o software MDM de monitoramento de dispositivo móvel, que possibilita controlar todos os dispositivos Android, coletores de dados, celulares e notebooks. Com essa ferramenta, é possível monitorar, em tempo real, tudo que acontece com esse equipamento por meio da sua geolocalização e fazer atualização de softwares de aplicativos em mais de um equipamento ao mesmo tempo", explicou a gerente de marketing da empresa, Suelen Marcelino.
No estande da Toshiba, o country manager da marca, Cássio Pedrão, mostrou soluções que envolvem Inteligência Artificial (IA) no controle do que sai das lojas. Nesses casos, a própria ferramenta reconhece o produto que está diante da câmera. O aparelho Self Checkout System 7 oferece uma experiência de pagamento alternativa aos clientes e aos lojistas ao garantir que o item comprado seja o mesmo que será pago. "É comum de, em certos momentos, os consumidores terem de enfrentar longas filas para pesar seus alimentos nos mercados. Com essa ferramenta, o consumidor pode realizar o seu autoatendimento com segurança para ele e para o lojista", explicou o gerente.
Para o CEO da Moki Sistemas, Guilherme Werneck, todos os negócios que envolvem o acompanhamento da mercadoria, em todos os processos, podem se beneficiar do sistema de QR Code (Código 2D), "desde a produção e do recebimento da matéria-prima à separação e preparação do pallet, ao embarque e desembarque no ponto de venda, até a preparação na gôndola, a precificação correta, do delivery do e-commerce etc.".
De olho nesse nicho, a empresa especializada em soluções SaaS (Software como Serviço), desenvolveu uma plataforma que utiliza inteligência artificial e tecnologia de realidade aumentada, que, incorporada ao aplicativo desenvolvido pela companhia, melhora a eficiência operacional e a leitura dos códigos de barras e QR codes em até 70%.
"Essa é a oportunidade de os empreendedores reverem a maneira como cuidam das suas mercadorias, dos seus estoques, dos seus inventários, dos seus processos. Ele tem uma oportunidade enorme de fazer diferente nesse recomeço", avalia Werneck.
Nesse sentido, pesquisa da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil revela que 43% das indústrias nacionais têm interesse em utilizar o Código 2D para obter maior eficiência e agilidade nos processos de rastreabilidade. No recorte supermercadista, o índice dos que buscam nessa tecnologia o acompanhamento de todo o percurso da sua produção chega a 39%.
No Brasil, segundo o estudo, 35% das indústrias que não adotaram o sistema de QR Code planejam incluir o padrão em seus produtos nos próximos dois anos, resultado um pouco abaixo do cenário latino-americano (40%). Quando se trata de usabilidade, os números das fabricantes que já estampam o código bidimensional em suas embalagens são maiores no País (21%) do que os da média da América Latina (16%).
Apesar do empenho das empresas latino-americanas, alguns desafios ainda as impedem de adotar o sistema. Em particular, foi citada por cerca da metade dos entrevistados a questão do desconhecimento sobre os custos envolvidos na migração, seguida pela preocupação em relação às atualizações de software e de hardware (citada por 47% das empresas do continente e 44% das brasileiras).
Potencializando essa capacidade de rastreabilidade, o País já se utiliza de um avanço do código de barras. O bidimensional, mais conhecido como QR Code, possibilita a inclusão de um número maior de informações do que o seu antecessor. Assim, o sistema garante uma rastreabilidade mais precisa ao longo de toda a cadeia de suprimentos.
Diretrizes ajudam a adotar a rastreabilidade digital no agro
Ao usar códigos com padrão mundial, sistemas e dispositivos agrícolas poderiam se comunicar de maneira mais eficaz
GS1/DIVULGA??O/JCEmbora a rastreabilidade ganhe cada vez mais importância nas cadeias produtivas, dados de 2020 da Embrapa, do Sebrae e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que apenas 33% dos agricultores brasileiros demonstram interesse em iniciar ou fortalecer esses processos. Entretanto, segundo prevê o coordenador de produção animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Paulo Silveira, este é um caminho sem volta.
Conforme explica a consultora do Lab de Inovação da Climate Ventures (CV), Floriana Breyer, a rastreabilidade é uma tendência e uma exigência global para acessar o mercado por razões que incluem a Instrução Normativa 69/2018 (que trata das regras de padronização para produtos frescos vendidos no atacado e no varejo), a Lei da Biodiversidade e as exigência do consumidor.
Mas, para que os resultados aconteçam da forma esperada, é fundamental que algumas recomendações sejam seguidas. Sendo assim, o CV e o Centro para a Quarta Revolução Industrial no Brasil (C4IR) finalizaram, em 2024, uma lista de "Recomendações de Políticas Multissetoriais para Rastreabilidade Digital na Cadeia de Alimentos".
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Uma das sugestões feitas pelos especialistas envolvidos neste projeto foi a utilização de padrões únicos de identificação em toda a cadeia, com a meta de facilitar a comunicação e a troca de informações entre diferentes sistemas e partes interessadas na agricultura digital.
Ao adotá-los, os sistemas e dispositivos agrícolas poderiam se comunicar de maneira mais eficaz, independentemente do fabricante ou plataforma, para tornar a agricultura digital mais interoperável. O trabalho visa trazer mais segurança ao compartilhamento de dados, tema que traz bastante preocupação entre os players envolvidos.
Entre as propostas apresentadas no documento também estão sugestões como o aprimoramento dos programas de dados abertos do governo federal, a integração de bases para rastreabilidade digital, e a coordenação da regularização do processo de coleta do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em nível nacional.
Além disso, recomenda-se a coordenação nacional entre entidades de apoio técnico no Brasil (envolvendo órgãos como Anater, Senar, Sebrae, Embrapa e cooperativas) e a adaptação de programas de assistência técnica para incluir suporte direto à implementação da rastreabilidade digital (ao abranger tópicos como custo-benefício, segurança de dados e escolha de tecnologias).
PÁG 3 ABRE - Rastreabilidade a preservação da natureza andam de mãos dadas
meio ambiente, tecnologia, logística
freepik/divulgação/jcMaria Amélia Vargas
Mais do que superar as questões que envolvem os desastres ambientais, a inovação tecnológica auxilia que sejam evitados novos episódios como estes. Alinhadas às práticas da ESG – sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança –, empresas investem em recursos tecnológicos que promovam soluções com foco na sustentabilidade.
Cerca de 35% das companhias que responderam à pesquisa “Reimaginando o futuro da indústria”, lançada neste ano pela consultoria Ernst & Young, apontam o ESG como principal motivador de investimentos tecnológicos. Além disso, três quartos dos entrevistados acreditam que as tecnologias podem exercer um papel fundamental na diminuição das emissões de carbono das suas empresas.
Um exemplo disso é a Coca-Cola, que passou a inserir o Código QR Code nas suas embalagens retornáveis. Dessa forma, a multinacional passou a ter uma maior gestão do parque de vasilhames retornáveis a partir da gravação do código por laser nas garrafas. Além disso, passou a ter um controle logístico mais preciso das embalagens e da mensuração de possíveis impactos causados.
Outro ponto positivo é o estreitamento da comunicação com o seu consumidor final ao apresentar aos compradores mais informações sobre os produtos que adquirem e quais os principais benefícios do uso de garrafas retornáveis. Assim, as pessoas podem entender qual é a jornada realizada por aquela determinada garrafa e qual é o impacto da decisão dele de comprar um produto retornável em relação ao meio ambiente.
Cerca de 35% das companhias que responderam à pesquisa “Reimaginando o futuro da indústria”, lançada neste ano pela consultoria Ernst & Young, apontam o ESG como principal motivador de investimentos tecnológicos. Além disso, três quartos dos entrevistados acreditam que as tecnologias podem exercer um papel fundamental na diminuição das emissões de carbono das suas empresas.
Um exemplo disso é a Coca-Cola, que passou a inserir o Código QR Code nas suas embalagens retornáveis. Dessa forma, a multinacional passou a ter uma maior gestão do parque de vasilhames retornáveis a partir da gravação do código por laser nas garrafas. Além disso, passou a ter um controle logístico mais preciso das embalagens e da mensuração de possíveis impactos causados.
Outro ponto positivo é o estreitamento da comunicação com o seu consumidor final ao apresentar aos compradores mais informações sobre os produtos que adquirem e quais os principais benefícios do uso de garrafas retornáveis. Assim, as pessoas podem entender qual é a jornada realizada por aquela determinada garrafa e qual é o impacto da decisão dele de comprar um produto retornável em relação ao meio ambiente.
Uma das marcas pioneiras no varejo de alimentos à base de proteína animal a incluir o código numérico GS1 (GTIN/EAN) de forma integrada ao QR Code no rótulo, a Sadia transformou suas embalagens com o objetivo de fortalecer a relação com o consumidor e fornecer ainda mais dados sobre seus produtos.
A partir de uma leitura simples do código realizada com smartphones, é possível se obter informações detalhadas sobre origem, métodos de produção, ingredientes, valores nutricionais e prazos de validade dos ingredientes, além de possibilitar uma rastreabilidade mais eficiente dos alimentos, o que garante mais segurança tanto para o consumidor quanto para a indústria.
Preservação da Mata Atlântica passa pela automação
Projeto Código Verde busca implantar a rastreabilidade automatizada no Viveiro de Plantas da área, tornando possível garantir o padrão de qualidade durante todo o processo
Luciano Lanes PMPA/Divulgação/JCA Reservas Votorantim, gestora de ativos ambientais da Votorantim S.A, aliou-se à Associação Brasileira de Automação-GS1Brasil, PariPassu, Zebra Technologies e 3M na preservação do Legado das Águas - maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil, com 31 mil hectares. Essa união viabilizou o projeto Código Verde, que tem o objetivo de implantar o processo de rastreabilidade automatizado no Viveiro de Plantas da área, tornando possível garantir o padrão de qualidade durante todo o processo de manejo da planta, da coleta na matriz até o destino.
Essa identificação das matrizes é um recurso essencial para garantia da variabilidade genética que está vinculada ao sucesso dos projetos de reflorestamento e paisagismo. O projeto é a prova de que é possível contribuir para a conservação da natureza por meio da integração com a tecnologia. Ele foi elaborado e colocado em prática em tempo recorde: em menos de um ano, definiu-se tecnologia, protocolos, modelo de rastreamento, logística e método de comunicação.
Localizado a menos de 200 quilômetros da capital paulista, entre os municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí, o Legado das Águas foi inaugurado há cerca de dois anos e atua em várias frentes da nova economia, entre elas o Viveiro de Plantas, onde são produzidas espécies nativas destinadas ao paisagismo e ao reflorestamento de áreas degradadas. A área do viveiro é de 1,5 mil metros quadrados com capacidade para produzir 200 mil plantas por ano e tem a proposta de ser um importante polo ambiental e social, destinado ao desenvolvimento econômico local aliado à conservação desse bioma tão ameaçado.
A PariPassu - especializada no desenvolvimento de soluções para gestão agrícola, rastreabilidade, recall e gestão da qualidade - aperfeiçoou-se para rastrear plantas da Reserva. Implantou no projeto seu aplicativo para smartphone CLICQ, que faz automação da inspeção e controle de qualidade. A partir daí, coletam-se informações que são analisadas para registro em tempo real das etapas, desde a coleta das sementes até a venda das plantas.
Já a Zebra Technologies forneceu coletores de dados e uma impressora, capazes de resistir às condições adversas na mata e no viveiro. Os equipamentos se integram às soluções da PariPassu e da 3M (que concedeu as etiquetas em QR Code), pois contam com sistema de localização GPS e capacidade de trabalhar com as etiquetas e ribbons da 3M - itens com alta durabilidade e resistência à abrasão, com qualidade de impressão.
Sendo assim, a identificação das espécies é feita com o GTIN (Número Global do Item Comercial) e a localização das matrizes com aplicação do GLN (Número Global de Localização). Ambos os padrões são cadastrados no CNP (Cadastro Nacional de Produtos).
De acordo com João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, além de contribuir em um projeto de conservação de uma área que representa 1,5% dos 9% restantes da Mata Atlântica do estado de São Paulo, a entidade mostra que a tecnologia pode contribuir para viabilizar a sustentabilidade. "O Viveiro de Plantas passa a usar a automação garantindo que todas as plantas cultivadas e comercializadas tenham procedência comprovada". Feito antes manualmente, o processo de rastreabilidade de cada espécie da Mata Atlântica agora é automatizado no padrão GS1, usado em todo o mundo.
Segurança alimentar
A integração da rastreabilidade com conceitos de sustentabilidade e blockchain surge como uma estratégia fundamental para impulsionar o setor, conquistar o público-alvo e criar formas de garantir a segurança alimentar. Esses caminhos e tecnologias desempenham papéis essenciais ao crescimento do agronegócio focado na preservação do meio ambiente ao facilitar o rastreamento e fortalecer os vínculos na cadeia de abastecimento.
Atualmente, a rastreabilidade é uma necessidade mais premente para as empresas do que para os consumidores, mas, apesar disso, o público está cada vez mais preocupado com a qualidade dos alimentos e propenso a evitar marcas que não fornecem informações que comprovem a qualidade e a ética dos produtores e da indústria.
Entre os aliados nesse processo está o código de barras, que garante, a partir da rastreabilidade de alimentos, a integração de agricultores, indústria, distribuidores e varejo com o objetivo de levar à população produtos saudáveis e acessíveis. Com o objetivo de impulsionar ainda mais o setor do agronegócio, instituições como Embrapa, Abrarastro, iColab, Sebrae e GS1 Brasil estabeleceram uma parceria fundamental para a integração aos produtores de todos os portes na cadeia de abastecimento. Por meio do padrão GS1 Digital Link, ocorre a impressão de um QR Code com todas as informações que produtores e indústria dispuserem ao consumidor.
Nesse sentido, a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil e a Embrapa lançaram a Cartilha de Boas Práticas de Rastreabilidade no Agronegócio para apoio a toda a cadeia de abastecimento com informações relevantes sobre o setor e a importância da rastreabilidade.