A utilização da Inteligência Artificial (IA) em supply chain pode aprimorar a eficiência operacional com base na automação de tarefas repetitivas e na otimização de rotas de entrega. De acordo com a PwC, 64% dos líderes globais acreditam que o uso da IA generativa melhorará a qualidade dos produtos e serviços de suas companhias. O número é um dos resultados da 27ª CEO Survey, pesquisa global da PwC com 4,7 mil líderes empresariais, incluindo o Brasil.
"Em um mundo cada vez mais digital, com desafios operacionais sem precedentes, o uso eficaz das tecnologias disruptivas, em especial a Inteligência Artificial, nas cadeias de suprimento, tornou-se ainda mais prioritário e estratégico", afirma o sócio da PwC Brasil Rodrigo Damiano. "Além de reduzir custos, melhorar a eficiência e criar resiliência, os investimentos digitais potencializam muito a qualidade da tomada de decisões e a visibilidade no setor", completa.
A expectativa da PwC é que a IA melhore a tomada de decisão. Com base em análises preditivas, as empresas conseguem antecipar problemas e tendências de mercado, fazendo ajustes proativos nas estratégias de supply chain. Essa capacidade de prever e se adaptar rapidamente a mudanças representa um diferencial competitivo importante em um ambiente muito volátil, como o atual.
A Pesquisa sobre Tendências Digitais em Operações 2024 da PwC indica que, para 69% dos líderes, os investimentos em tecnologia não geraram os resultados esperados. O levantamento também revela que, embora 70% das empresas tenham experimentado ou implementado a IA generativa, apenas 20% delas relatam o amplo uso dessa tecnologia nas suas operações.
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O sócio da PwC alerta que as dificuldades da implementação de IA em supply chain, embora pareçam complexas em uma primeira análise, são uma transformação possível de realizar quando bem estruturadas. As empresas devem abordar a adoção da tecnologia com uma estratégia abrangente, que inclua uma gestão de mudanças eficaz e um investimento contínuo em capacitação digital. "Uma implementação bem-sucedida vai além da adoção de tecnologias avançadas. Ela requer transformações mais profundas na cultura organizacional", afirma Damiano.
PwC Brasil lista questões que devem receber atenção
Qualidade e disponibilidade de dados é um tema fundamental para a eficácia das implementações de IA. Dados de baixa qualidade podem resultar em decisões inadequadas e afetar negativamente as operações. Portanto, é fundamental manter uma boa qualidade dos dados, a fim de assegurar a precisão, completude e relevância das respostas propostas pela IA.
Na integração de sistemas, há uma grande necessidade de integração entre diferentes sistemas de TI, tanto internos quanto externos (fornecedores e clientes). A diversidade desses sistemas e a necessidade de interoperabilidade entre plataformas complicam a adoção de soluções de IA de forma eficaz. O processo de integração não é apenas técnico, mas também estratégico. Ele exige uma gestão de mudanças eficiente, que muitas empresas ainda negligenciam.
Quanto à relação custo-benefício, a frustração com o alto grau de investimento em IA que não se traduz imediatamente nos ganhos esperados pode desencorajar a continuidade e a expansão do uso da tecnologia.
Visão limitada é uma tendência nas empresas que se concentrar na redução de custos, em vez de explorar inovações e novos modelos de negócios baseados na IA. Esse foco limitado pode restringir o potencial de transformação e melhorias nas operações.
A falta de capacitação adequada é uma barreira difícil de superar. Muitas vezes, a formação e o upskilling são negligenciados, o que deixa as equipes despreparadas para aproveitar as novas tecnologias. É importante envolver e treinar as pessoas dentro das organizações para o futuro do trabalho.
Correios reabre editais para parcerias em novos canais de atendimento no RS
Com a retomada gradual das atividades no Rio Grande do Sul, após as enchentes, os Correios reabriram os editais de licitação para varejistas do Estado interessados em investir em novos canais de atendimento: Loja de Correios Franqueada (LCF) e no Correios Modular (CMD).
A nova data para abertura das propostas, de ambas modalidades, é 27 de setembro, às 9h.
Os pregões fazem parte do projeto "Um Correios para Chamar de Seu", que tem como objetivo a parceria com lojistas que desejam associar-se à marca Correios, levando canais de atendimento da estatal para dentro de suas estruturas físicas comerciais.
Esses novos modelos de canais oferecem mais opções de atendimento para a população.
Entre os benefícios da parceria, se destacam o aumento de fluxo de pessoas no estabelecimento, a renda adicional pelos serviços prestados e a possibilidade de fazer negócios rentáveis.
Com um investimento inicial a partir de R$ 361 mil e projeção anual de receita a partir de R$ 622 mil, a LCF conta com um amplo portfólio em uma parceria de dez anos, que poderá ser prorrogada, uma única vez, por igual período.
Considerada parte do processo de modernização da rede de atendimento dos Correios, o canal visa otimizar a atuação das franquias postais, trazendo inovação e atendimento aderente às necessidades do mercado.
O novo modelo de franquia oferece soluções nos segmentos de encomendas, mensagem e marketing por meio de produtos e serviços como Sedex, PAC, cartas e marketing direto, dentre outros.
Conhecidas como store in store (loja dentro de loja), as unidades modulares possuem um portfólio simplificado, com investimento inicial a partir de R$581,05, em uma parceria de 5 anos.
No site dos Correios, os interessados têm acesso a informações detalhadas que vão ajudar na tomada de decisão.