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Publicada em 02 de Setembro de 2024 às 17:59

Infraestrutura de TI é desafio dos armazéns

Quando um varejista amplia a operação sem adequar a tecnologia, acaba enfrentando problemas inesperados

Quando um varejista amplia a operação sem adequar a tecnologia, acaba enfrentando problemas inesperados

abol/divulgação/jc
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Agência Estado
A tecnologia obsoleta dos armazéns é o principal desafio do setor de logística para 28% das organizações pesquisadas no estudo "State of Warehouse Operations 2024", realizado pela Manhattan Associates em parceria com a Vanson Bourne. No Brasil, 52% dos profissionais entrevistados afirmam que é preciso modernizar a infraestrutura de TI nos centros de distribuição diante do aumento do volume de mercadorias, que exacerbou os problemas já enfrentados.
A tecnologia obsoleta dos armazéns é o principal desafio do setor de logística para 28% das organizações pesquisadas no estudo "State of Warehouse Operations 2024", realizado pela Manhattan Associates em parceria com a Vanson Bourne. No Brasil, 52% dos profissionais entrevistados afirmam que é preciso modernizar a infraestrutura de TI nos centros de distribuição diante do aumento do volume de mercadorias, que exacerbou os problemas já enfrentados.
Guilherme Felippe, consultor da Massimo Consulting, empresa especializada em bens de consumo, vem vivenciando essa situação em diversas empresas e acrescenta que este agravamento de falhas acaba gerando prejuízos. De acordo com o especialista, quando um varejista amplia sua operação sem ajustar processos e adequar a tecnologia, acaba enfrentando problemas inesperados, como alta exponencial de erros na logística de entrega e atrasos cada vez maiores para reposição de estoques ou despacho de pedidos, por exemplo. Em alguns casos, as empresas identificam possíveis falhas em um de seus sistemas corporativos, como o ERP, o MRP e o WMS. Mas nem sempre conseguem relacionar as causas específicas de cada tipo de problema.
"Em um de nossos clientes, por exemplo, os sistemas e processos operacionais foram desenhados há dez anos, dimensionados para atender ao volume da época. Um pequeno atraso na reposição de estoque era facilmente contornado pela equipe com soluções pontuais. Mas hoje, com uma operação de maior escala, não somente o atraso começou a gerar prejuízos, como outras falhas apareceram. Iniciamos o mapeamento das lacunas no MRP, sistema de gestão da produção, mas identificamos que algumas falhas se expandiam para o WMS, de controle logístico e armazenamento, e para o ERP, que conecta às outras áreas da empresa, como compras, fiscal, financeira até entrega e feedback dos clientes", explica Felippe.
Para corrigir esses problemas, é preciso selecionar no mercado as soluções mais adequadas ao tipo de operação, processo e nível de serviço desejado. De acordo com o especialista, isto requer o entendimento completo da operação, pois, dependendo do que se planeja suportar, é preciso dar destaque maior ou menor a alguns pontos. Mais do que uma tecnologia avançada, é fundamental avaliar se o sistema atende às particularidades de uma determinada operação. Um exemplo é a atuação com medicamentos ou cosméticos, que necessita de um WMS que possa rastrear lotes, realizar recall, oferecer o tracking do produto, disponibilizar licenças e certificações das matérias-primas, entre outros, pois são requisitos do setor.
"Duas empresas de mesmo porte podem ter necessidades de sistemas muito distintas: a de medicamentos, por exemplo, vai precisar de um MRP que permita especificar o tempo de permanência das misturas de substâncias químicas no catalisador. Já uma fabricante de eletrodomésticos requer um MRP que controle processos mecânicos, como montagem de componentes.
A correta seleção e programação do sistema, de acordo com as especificidades do setor, gera diversos benefícios, como: visão real time do estoque; mais riqueza e confiabilidade das informações; redução das divergências, erros e perdas; e melhor visibilidade da operação. Esta última se torna mais rápida e precisa porque o próprio sistema vai recalibrando estoques continuamente conforme recebe pedidos, em vez de aguardar o momento da revisão manual, feita pela equipe em momentos programados", detalha Felippe.
 

Sodexo reduz a pegada de carbono na cadeia logística da companhia ao adotar veículos elétricos

A Sodexo, líder global em alimentação e facilities, está ampliando sua frota de veículos urbanos de carga (VUC) refrigerados e 100% elétricos, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais e alcançar a meta de reduzir em 34% a emissão de gás carbônico até 2025. A companhia agora conta com sete veículos em operação no Paraná e no Rio Grande do Sul, com uma redução prevista de 46 toneladas de emissão de CO2 por ano.
"Por meio do direcionamento da nossa Estratégia ESG, continuamos expandindo a frota de veículos elétricos para construir uma cadeia de fornecimento sustentável, que esteja alinhada com os nossos princípios, visando um mundo melhor para todos. Esta iniciativa também reforça o pilar da diversidade, equidade e inclusão, já que para conduzir o primeiro VUC, selecionamos uma mulher para ser motorista e outra ajudante. Agora, para os novos veículos, priorizaremos a contratação de motoristas mulheres, refugiados e/ou transgêneros, promovendo ainda mais diversidade neste mercado", explica Marina Zanin, gerente de Logística da Sodexo.
A iniciativa começou em janeiro de 2023 com um VUC piloto atendendo 12% das Unidades do estado do Paraná. Com essa expansão em 2024, a expectativa é atender 67% das unidades que estão dentro do raio de quilometragem possível de atendimento em que a Sodexo opera no Paraná e 33% no Rio Grande do Sul.
"É uma grande satisfação operar com clientes que compartilham do mesmo propósito que nós, que tratam sustentabilidade como um valor e que além de acreditarem em projetos desta natureza, se mobilizam para fazê-lo acontecer. Esta sinergia motiva e impulsiona a nossa capacidade de continuar contribuindo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Pacto Global da ONU, reafirmando nosso compromisso de liderar com responsabilidade", comenta Leandro Rocha, diretor Comercial da Coopercarga Logística.
O sistema de refrigeração do baú possui uma adaptação que permite atingir temperaturas de até -20ºC. Além disso, tem uma excelente autonomia para as rotas urbanas, com capacidade de transportar mais de 3,5 toneladas de quatro tipos de gêneros alimentícios, mantendo temperaturas diferenciadas em cada parte do baú. O monitoramento das temperaturas pode ocorrer em tempo real durante os trajetos. Desta forma, além do controle interno no equipamento do veículo, todo o processo é minuciosamente observado à distância.
"Para nós é um privilégio poder ter a Sodexo em nosso portfólio de clientes. Queremos ampliar cada vez mais a atuação junto a parceiros que visam a redução das emissões de CO2 e querem, como a Reiter Log, gerar impacto positivo para todos os envolvidos", afirma Vanessa Pilz, diretora ESG da Reiter Log.
 

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