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Publicada em 19 de Agosto de 2024 às 18:11

Energia solar avança com 100 mil novos sistemas

Desde o início deste ano, até agora, foram instalados 500 mil sistemas de geração distribuída

Desde o início deste ano, até agora, foram instalados 500 mil sistemas de geração distribuída

EDP/Divulgação/JC
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Agências
No mês de julho deste ano, um total de 100 mil novos sistemas de energia solar fotovoltaica foram instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil. Agora, a quantidade desses sistemas de geração de energia solar chega a 2,8 milhões no País, segundo dados inéditos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
No mês de julho deste ano, um total de 100 mil novos sistemas de energia solar fotovoltaica foram instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil. Agora, a quantidade desses sistemas de geração de energia solar chega a 2,8 milhões no País, segundo dados inéditos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
De acordo com a entidade, foram investidos R$ 3,9 bilhões para criação desses sistemas em apenas um mês. Essa modalidade de geração de energia, chamada de distribuída (GD), já soma 31 gigawatts (GW) de potência, com acréscimo de 1 GW apenas no mês passado. Além de residências, esses sistemas estão instalados também em comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
A quantidade de sistemas instalados em julho é recorde para o ano, segundo os dados detalhados da Absolar. Veja a seguir a evolução dos sistemas de energia solar instalados no primeiro semestre.
Desde o início deste ano até agora, foram instalados 500 mil sistemas de geração distribuída, que demandaram cerca de R$ 20 bilhões em investimentos. Pelo mapeamento da Absolar, a energia solar fotovoltaica já está presente em 5.550 dos 5.570 municípios brasileiros.
Os executivos avaliam que ainda há muito espaço para crescimento, já que, no Brasil, existem 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica. "Apenas em 2023, os painéis solares registraram queda de cerca de 50% no preço médio final, ampliando a atratividade e o acesso por consumidores brasileiros de diferentes perfis", afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.
A queda de preço das placas solares, aliada a uma promessa de economia de até 90% na conta de luz são, geralmente, as explicações para a evolução no segmento de geração própria. Um novo ingrediente vem se somando e pode estar ligado ao avanço das classes média e baixa para aquisição desses sistemas.
Um dos indícios vem dos dados de acesso à crédito tabulados pela plataforma Meu Financiamento Solar. Eles indicam que, apenas de abril a julho deste ano, as classes C, D e E representaram 60% das liberações de crédito para obtenção dos sistemas solares; a classe B representou 34%, e a A, 7%.
Para Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar, a maior participação das classes menos abastadas nos financiamentos pode ser explicada pela facilidade de obtenção de crédito pelos consumidores, impulsionada pela queda das taxas.
 

Ministro defende concluir Angra 3 e diz que governo não tem direito de enterrar R$ 20 bilhões

Retomada de Angra 3 exigirá aporte imediato de até R$ 5,2 bilhões

Retomada de Angra 3 exigirá aporte imediato de até R$ 5,2 bilhões

Mauricio de Almeida/TV Brasil/JC
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que é necessário finalizar a obra da usina nuclear de Angra 3, paralisada em 2015 e retomada em 2022. "Nós precisamos, infelizmente, assimilar os custos que tiveram a paralisação dessa obra e precisamos concluí-la. Não vamos carregar, em sã consciência, aquele mausoléu para servir de visitação pelo mundo enxergando aquilo ali como um fracasso de gestão do governo brasileiro. Aquilo ali vai ser um sucesso", disse Silveira durante participação na comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Até o momento, já foram investidos R$ 20 bilhões nas obras de Angra 3. Em junho deste ano, a Eletronuclear, responsável pela usina, rescindiu de forma unilateral o contrato com o Consórcio Ferreira Guedes - Matricial - Adtranz, que tinha como objetivo reiniciar a construção. A retomada das obras de Angra 3 vai exigir um aporte imediato de até R$ 5,2 bilhões por parte de União e Eletrobras, os dois atuais acionistas da Eletronuclear.
O contrato foi firmado em fevereiro de 2022 e previa ainda a realização de obras civis no âmbito do Plano de Aceleração da Linha Crítica da unidade. De acordo com a empresa, a rescisão aconteceu por descumprimento de cláusulas, segundo comunicado enviado pela estatal na ocasião.
"A Eletronuclear virou uma empresa problema para o país. Não é uma empresa saneada, dinâmica, enxuta, eficiente para cumprir o seu mister. Nós vamos ter que achar uma solução para a Eletronuclear. Vamos ter que pensar juntos, o parlamento brasileiro, o Executivo, porque fazer uma obra de R$ 28 bilhões sem gestão é temerário", afirmou Silveira.
"Essa é uma preocupação e até uma angústia do ministro de Minas e Energia do Brasil. Se vamos fazer, não tenho dúvidas que vamos. Mas como fazer, eu confesso aos senhores que eu preciso de ajuda no sentido de a gente buscar caminhos."
O ministro também alertou para os custos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), cuja maior parte recai para o consumidor médio.
"Tenho sofrido e perdido alguns amigos pela minha postura de dizer que não dá mais para aceitar custo na CDE. 80% quem paga é o consumidor regular do Brasil. 20% é pago pelo consumidor livre", afirma.
Em sua fala, o ministro também afirmou não querer ser o "pai" da conta de energia mais cara do mundo e reforçou que a do Brasil, atualmente, está na lista das mais altas.
No início da sessão, Silveira reforçou que já foi possível quitar a chamada conta Covid, que abarca as despesas do período da pandemia, e a da escassez hídrica com R$ 7,8 bilhões devidos pela Eletrobras, com o objetivo de reduzir a tarifa.
No começo deste mês, o ministro afirmou que o valor seria suficiente para pagar dívidas contraídas na conta de luz pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Com isso, segundo ele, a tarifa de energia será reduzida a partir do próximo mês num valor entre 2,5% e 10%, a depender do estado.
Durante a audiência na Câmara, ao falar de fontes de energia alternativas, Silveira também defendeu a distribuição de gás e apontou interesses do mercado contrários a essa movimentação.
 

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