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Publicada em 08 de Julho de 2024 às 17:20

Tráfego nas rodovias do Rio Grande do Sul exibe recuperação em junho

ERS-122 tem interrupção em trechos da rodovia

ERS-122 tem interrupção em trechos da rodovia

CSG/DIVULGAÇÃO/JC
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O mês de maio foi marcado por intensas chuvas, enchentes e inundações que afetaram o funcionamento, a infraestrutura e a mobilidade de veículos e pessoas em diversas cidades do Rio Grande do Sul. No entanto, a interrupção das chuvas e a consequente redução do volume de água nos rios e lagos contribuíram para a reabertura das rodovias em junho, possibilitando uma rápida retomada da mobilidade no estado. Esses dados são apontados em edição especial do Monitor de Tráfego nas Rodovias, levantamento realizado pela Veloe em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que analisou os índices de tráfego disponíveis para essa região desde janeiro de 2021.
O mês de maio foi marcado por intensas chuvas, enchentes e inundações que afetaram o funcionamento, a infraestrutura e a mobilidade de veículos e pessoas em diversas cidades do Rio Grande do Sul. No entanto, a interrupção das chuvas e a consequente redução do volume de água nos rios e lagos contribuíram para a reabertura das rodovias em junho, possibilitando uma rápida retomada da mobilidade no estado. Esses dados são apontados em edição especial do Monitor de Tráfego nas Rodovias, levantamento realizado pela Veloe em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que analisou os índices de tráfego disponíveis para essa região desde janeiro de 2021.
De acordo com os resultados da apuração, o fluxo agregado de veículos nas rodovias gaúchas apresentou uma queda expressiva de 64,6% em maio, em comparação com o mesmo período de 2023. Impulsionado pelas consequências dos desastres climáticos no estado, o resultado negativo abrangeu tanto veículos leves (-65,8%) quanto pesados (-60,6%). Esse comportamento é típico em grandes tragédias, influenciando não apenas a mobilidade, mas também a atividade econômica em geral.
A trégua nas chuvas e a redução no nível de rios e lagos permitiram uma recuperação dos movimentos de veículos nas estradas do Rio Grande do Sul. De acordo com o levantamento, o mês de junho registrou um volume agregado de tráfego 1,5% superior ao observado no mesmo período de 2023. Esse resultado positivo foi influenciado especialmente por veículos pesados, cujo movimento superou em 11,7% o do mesmo período do ano passado. É possível que os esforços de reconstrução e ajuda humanitária, junto com o transporte de cargas represadas durante maio, tenham contribuído para esse crescimento. A retomada também abrangeu veículos leves, embora para um patamar ligeiramente abaixo daquele observado há um ano (-1,4%).
Os impactos afetaram também as variações em horizontes mais longos. Ao comparar o primeiro semestre de 2024 com o de 2023, por exemplo, o tráfego agregado nas rodovias do Rio Grande do Sul passou a exibir uma queda de 6,7%, influenciada pelo comportamento de veículos leves (-7,9%) e, em menor grau, de veículos pesados (-2,3%).
Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, as taxas de crescimento que vinham sendo registradas no estado foram revertidas para o campo negativo a partir de maio. De acordo com os dados apresentados, o tráfego agregado apresentava um crescimento de 5,3% nos 12 meses encerrados em abril. Ao final de junho, todavia, apura-se uma queda de -1,8%.

CCR estima prazo de 1 ano e gasto de R$ 250 milhões para recuperar rodovias atingidas no Estado

O Grupo CCR calcula que precisará investir R$ 250 milhões para recuperar as rodovias afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. As obras serão executadas nas BRs 386, 290 e 448, administradas pela CCR ViaSul. A estimativa é de que os trabalhos se estendam até o início do segundo semestre de 2025.
Entre as três rodovias administradas pela CCR, a mais afetada foi a BR-386, conhecida como Rodovia da Produção, uma das vias mais importantes do Estado, já que conecta a capital Porto Alegre ao interior gaúcho. A estrada registrou mais de 100 pontos de desabamento de taludes, dos quais 20 foram classificados como críticos. Também na BR-386, outro dano severo se deu sobre a ponte do Rio Taquari.
Segundo avaliação da CCR, os diversos pontos de alagamento ao longo das rodovias comprometeram a qualidade da pavimentação nesses locais. As intervenções emergenciais já estão sendo executadas pela concessionária, com obras de recuperação dos taludes, restauração de pontes e a recomposição do asfalto danificado.
Adequação de projetos
O Grupo CCR diz que, em linha com a estratégia de deixar seus ativos mais resilientes às mudanças climáticas, os projetos de engenharia para a reconstrução dos taludes irão incorporar como premissa o novo cenário climático previsto para o Rio Grande do Sul.
"Anteriormente, boa parte destas estruturas eram revestidas com cobertura vegetal para evitar a erosão do solo. Diante do novo contexto, os novos taludes serão concebidos com estruturas de contenção mais robustas, tornando as rodovias mais resistentes ao novo regime de chuvas", afirmou a companhia, em nota.
"Com este investimento, retomaremos gradualmente as condições de operação das rodovias e estaremos mais preparados para situações futuras", avaliou o presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo.
Atualmente, as rodovias administradas pela concessionária já operam próximas de condições de normalidade, sem restrição de fluxo. A CCR aponta que os trabalhos de liberação emergencial e, agora, de recuperação das vias, têm contado com o apoio dos órgãos federais e estaduais, como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Polícia Federal Rodoviária e a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
Na atualização mais recente divulgada pelo Ministério dos Transportes, 21 trechos de rodovias federais do Rio Grande do Sul ainda estavam interditados de parcial ou integralmente.
 

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