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Publicada em 24 de Junho de 2024 às 15:52

KPMG lista 10 tendências para infraestrutura

Deve haver mais progresso e adoção de inovação especialmente em setores críticos, como o de energia

Deve haver mais progresso e adoção de inovação especialmente em setores críticos, como o de energia

TÂNIA MEINERZ/JC
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Em 2024 deve haver mais progresso e adoção de inovação em infraestrutura, especialmente em setores críticos, como energia e infraestrutura urbana. Também a quantidade de capital filantrópico alocada para o desenvolvimento de infraestrutura está aumentando e o magnetismo dos centros urbanos está se dispersando. Ao mesmo tempo, parece haver um contínuo deslocamento em direção à descentralização da infraestrutura. Essas são algumas das perspectpivas do relatório "Tendências Emergentes em Infraestrutura em 2024 - Possibilitando transições" produzido pelos líderes de infraestrutura da KPMG em diversos países e territórios.
Em 2024 deve haver mais progresso e adoção de inovação em infraestrutura, especialmente em setores críticos, como energia e infraestrutura urbana. Também a quantidade de capital filantrópico alocada para o desenvolvimento de infraestrutura está aumentando e o magnetismo dos centros urbanos está se dispersando. Ao mesmo tempo, parece haver um contínuo deslocamento em direção à descentralização da infraestrutura. Essas são algumas das perspectpivas do relatório "Tendências Emergentes em Infraestrutura em 2024 - Possibilitando transições" produzido pelos líderes de infraestrutura da KPMG em diversos países e territórios.
"A infraestrutura é fundamental para catalisar o crescimento econômico e facilitar o comércio. Para tanto, será necessária uma mudança nos mecanismos de financiamento, inovação nos regimes regulatórios, novas técnicas de construção, muita flexibilidade e criatividade", diz Leonardo Giusti, sócio-líder de Infraestrutura, Governo e Saúde da KPMG no Brasil.
O conteúdo da KPMG aponta dez tendências dos novos caminhos nas áreas de atuação do setor de infraestrutura:
1 - Foco mais amplo para a transição justa: o maior desafio consistirá em garantir que o investimento, o desenvolvimento e os resultados de sustentabilidade sejam distribuídos equitativamente entre os mercados desenvolvidos e emergentes.
2 - Virada geopolítica: atores e investidores em infraestrutura devem se concentrar em encontrar maneiras de medir, gerenciar e mitigar os riscos acarretados pelas incertezas geopolíticas e econômicas.
3 - Aumento do capital filantrópico: os investidores filantrópicos estão usando uma força financeira e expectativas de retorno diferentes para ajudar os bancos de desenvolvimento multilaterais (MDBs) a atrair mais capital do setor privado para seus projetos, com o uso de formas de 'financiamento misto'.
4 - Rumo à "malha de infraestrutura": o magnetismo dos centros urbanos está se dispersando. O mundo será fundamentalmente diferente para planejadores e investidores em infraestrutura que terão o desafio de criar mecanismos de desenvolvimento que conversem com essa nova dinâmica nos seus projetos.
5 - Contratação de tecnologia: considerando maior demanda tecnológica por parte de governos e instituições internacionais, haverá mais progresso e adoção de inovação em infraestrutura, especialmente em setores críticos, como energia, ambiente construído e infraestrutura urbana.
6 - Impulso à transmissão de energia: na busca por um caminho para a emissão zero de carbono (net zero), espera-se que os investidores aumentem a pressão por meio da alocação de capital, como também que os órgãos reguladores atuem mais em cobranças de progresso nessa área. Há expectativas sobre a criação de programas inovadores por parte das instituições globais que incentivem o capital para a transição energética nos mercados emergentes.
7 - Reforma do escopo regulatório: com a definição de temas como segurança cibernética, resiliência, descarbonização, financiamento e inovação para o âmbito dos reguladores, acredita-se que debates trarão expansão a essas capacidades regulatórias e alcancem o auge em muitos mercados.
8 - Ceder sem quebrar: os desenvolvedores de infraestrutura adotarão soluções baseadas na natureza em vez de insistirem no uso do concreto. Isso está ganhando destaque devido ao crescente corpo de evidências que sugere sua eficácia, sustentabilidade e acessibilidade superiores em relação à tradicional "infraestrutura cinza".
9 - Corrida pelo crescimento sustentável: os formuladores de políticas e líderes devem perceber que o crescimento sustentável equitativo, distribuído de maneira uniforme, é a solução para muitos problemas. Isso exige um trabalho de colaboração entre as nações, ainda que, no momento, muitos países optem pela prática de proteção nacional.
10 - A próxima fronteira: a tendência é que governos e planejadores de infraestrutura passem a atribuir maior ênfase à criação de flexibilidade em seus designs, estando assim prontos para o recebimento de novas tecnologias disruptivas sem maiores impactos internos.
"Precisamos mudar a maneira como planejamos, financiamos, desenvolvemos e operamos nossa infraestrutura, pois ela é a base da renovação urbana, estabelece os fundamentos para a transformação digital e pode contribuir para a equidade social", afirma Tatiana Gruenbaum, sócia-diretora líder do segmento de Infraestrutura da KPMG no Brasil.
 

Logística reversa é um passo fundamental para a sustentabilidade, defende especialista

Uso de tecnologias busca eficiência e menor impacto ambiental

Uso de tecnologias busca eficiência e menor impacto ambiental

/freepik/divulgação/jc
A sustentabilidade ambiental é um dos desafios mais urgentes do século XXI. A crescente produção de resíduos, especialmente de resíduos eletrônicos, exige soluções inovadoras para minimizar o impacto ambiental. A logística reversa surge, justamente, como uma estratégia fundamental para promover a reutilização, reciclagem e descarte adequado de materiais, contribuindo significativamente para a sustentabilidade ambiental.
De acordo com um levantamento realizado pela Global Market Insights, em 2022, o mercado global de logística reversa foi avaliado em aproximadamente U$743,3 bilhões, e projeta-se que atinja U$1,61 trilhões até 2032, crescendo a uma taxa composta anual de 8%.
Carlos Tanaka, especialista em logística com mais de 25 anos de experiência e fundador da PostalGow, empresa brasileira especializada em logística reversa para o setor de telecomunicações, exemplifica como essa prática pode ser implementada de maneira eficiente e sustentável. "Esses serviços incluem agendamento, coleta, recondicionamento, reciclagem, armazenamento e distribuição de equipamentos de rede. O uso de tecnologias avançadas, como RFID e inteligência artificial, permite otimizar o processo, garantindo maior eficiência e menor impacto ambiental", revela.
Segundo Tanaka, o recondicionamento de equipamentos é um dos principais aspectos da logística reversa. Consiste na recuperação e atualização de dispositivos eletrônicos obsoletos ou danificados, prolongando sua vida útil. "Este processo não só reduz a quantidade de lixo eletrônico, mas também evita a extração de novos recursos naturais. Ao reutilizar componentes e materiais, diminui-se a necessidade de fabricação de novos dispositivos, economizando energia e recursos", pontua.
A logística reversa é uma peça-chave na economia circular, um modelo econômico que busca a reutilização contínua de recursos, em oposição ao modelo linear tradicional de produção, uso e descarte. "Essa é uma metodologia que contribui para a redução de resíduos que acabam em aterros sanitários, além de diminuir a poluição do solo e da água", declara.
Além dos evidentes benefícios ambientais, a logística reversa também traz vantagens econômicas para as empresas. "Ao reutilizar materiais e componentes, é possível reduzir custos operacionais e de produção. Empresas que adotam essas práticas podem melhorar sua imagem corporativa e aumentar a satisfação dos consumidores, que estão cada vez mais conscientes sobre a importância da sustentabilidade", afirma.
O especialista acredita que a adoção de tecnologias avançadas é essencial para o sucesso da logística reversa. "Ferramentas como a inteligência artificial permitem rastrear e gerenciar os materiais de maneira mais eficiente, garantindo que sejam corretamente recuperados e reintegrados ao ciclo produtivo. Essas inovações também possibilitam a criação de sistemas mais sustentáveis e eficientes, reduzindo o desperdício e aumentando a reutilização de recursos", relata

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