A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando o setor logístico no Brasil, trazendo uma nova era de eficiência e precisão. O investimento em IA no setor tem crescido exponencialmente, com um aumento de 46% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 1,9 bilhão em 2023 e com projeções de alcançar US$ 5,5 bilhões até 2027, segundo o relatório "The State of AI in Logistics 2023", da consultoria McKinsey & Company.
Na logística, a Inteligência Artificial é empregada de diversas maneiras significativas. A otimização de rotas de transporte é uma aplicação vital, pois ajuda a reduzir o tempo de entrega e os custos com combustível. Já a previsão de demanda e serviços aprimora o planejamento de estoques e as operações logísticas, permitindo uma gestão mais eficaz dos recursos.
A automação de tarefas, como a separação de pedidos e a localização de produtos, também é uma área chave, pois aumenta a eficiência dos processos logísticos. Por fim, o rastreamento de veículos é fundamental para otimizar a gestão de ativos, garantindo que os recursos sejam utilizados da melhor forma possível.
André Romero, diretor de marketing do Grupo GPS, destaca o impacto da IA no mercado. "A IA transcendeu o status de tendência para se tornar uma necessidade no mercado atual. O GPS Vista, por exemplo, ilustra como a tecnologia está capacitando empresas a transformar dados em decisões inteligentes, gerando resultados tangíveis e vantagem competitiva", relata.
A implementação da IA no setor logístico do Brasil, diz ele, é um fenômeno em curso. O uso dessa tecnologia está relacionado a diversas funções dentro das operações. As ferramentas de IA são aplicadas com o objetivo de contribuir para a potencialização e aperfeiçoamento dos processos logísticos, afetando a maneira como as atividades são conduzidas no setor.
"À medida que o setor logístico brasileiro continua a abraçar a IA, verifica-se a transformação contínua que não apenas atende às necessidades atuais, mas também pavimenta o caminho para um futuro mais dinâmico e resiliente. O compromisso com a inovação e a adaptação às novas tecnologias será crucial para as empresas que desejam prosperar na era digital emergente", assinala Romero.
Um outro estudo compartilhado pelo Data Centre Dynamics revelou que as soluções relacionadas à IA estão entre as tendências do chamado "novo mercado". Como prova disso, cada vez mais empresas vêm investindo em IA para otimizar as operações logísticas.
A IA, aliada ao Big Data - área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados -, desponta como protagonista na busca por eficiência. A propósito, o mercado global de análise de Big Data está com expectativa de crescimento de 13% em CAGR entre 2024 e 2032, passando de US$ 348,21 bilhões para US$ 924,39 bilhões, de acordo com projeção publicada pela Fortune Business Insights.
Apesar disso, segundo Rogerio Gomes, CEO da WRG Marketing, muitas empresas ainda não entenderam de que maneira a IA pode ser usada em operações logísticas. Além disso, também é comum que haja dúvidas com relação às etapas em que este uso pode trazer mais resultados.
"A IA chegou para ficar e, hoje, é fundamental para otimizar as operações logísticas, permitindo a análise de dados em tempo real e a tomada de decisões ágeis para garantir eficiência e competitividade", afirma.
"Esse olhar para o futuro tecnológico é fundamental para empresas que são líderes nos seus setores de atuação, como é o caso da SANCA Galpões", considera Gomes. Ele destaca que a IA pode ser usada em operações logísticas para otimizar o uso de combustível, prevenir contratempos e aperfeiçoar a coordenação dos motoristas. "Além disso, a inovação tecnológica (IA) possibilita maior segurança para as operações logísticas, além de permitir enxugar gastos, promover a manutenção ágil e exata e estabelecer relações entre dados e decisões estratégicas", complementa.
A Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) ressalta que, em comparação a outros setores da economia, o setor de logística representa 2% do PIB brasileiro em termos de faturamento bruto, o que demanda a implementação de ferramentas que colaborem com a efetividade dos processos.