Os mais de 1,2 mil profissionais (servidores e terceirizados) que atuam no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vêm trabalhando na recuperação das rodovias federais, após as fortes chuvas e cheias que devastaram o Rio Grande do Sul, desde o final do mês de abril. As informações são da assessoria de comunicação do DNIT, divulgadas na sexta-feira passada. As condições climáticas adversas ocasionaram alagamentos, quedas de barreiras, rompimento de bueiros e danos nos pavimentos, em pelo menos 47 pontos de rodovias administradas pela autarquia.
Entre as mais atingidas, a BR-116/RS, que corta o estado, chegou a registrar em um mesmo dia 26 pontos com bloqueios totais ou parciais. Os trechos metropolitano e serrano foram os mais afetados. Nessas regiões, as equipes atuaram para restabelecer a conexão entre o Rio Grande do Sul e o restante do país, pela rodovia, e no início deste mês de junho somente o km 174, na divisa de Caxias do Sul e Nova Petrópolis, continuava interrompido. No local a ponte sobre o Rio Caí colapsou. Equipes do Departamento e do Exército já atuam na instalação de uma ponte metálica provisória para restabelecer a passagem de veículos neste ponto da rodovia até o final de junho. Em paralelo, foi assinada a ordem de início dos serviços para construção de uma nova ponte no início deste mês e as ações para demolir a estrutura danifica já começaram.
Para devolver as condições adequadas de trafegabilidade nos pontos danificados da BR-116/RS, ainda há muito trabalho pela frente e as ações de engenheiros e técnicos que atuam no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal continuam, sempre focadas na agilidade dos processos e na segurança dos trabalhadores e dos usuários da via.
Devido às adversidades climáticas, o trecho da BR-116/RS na Região Metropolitana de Porto Alegre teve vários pontos atingidos pelo excesso de água na pista. Nos primeiros dias de maio, o trecho entre o km 183, em Nova Petrópolis, e o km 241, em São Leopoldo, ficou totalmente interditado por quase uma semana. Ao longo desses 58 quilômetros foram registrados vários pontos de deslizamento de encosta. O trecho foi liberado para operar em sistema de Pare e Siga em menos de uma semana, após as equipes do DNIT removerem o material e limparem a pista. Naquele momento, a ação garantiu a passagem de veículos de segurança, saúde, socorro e caminhões de abastecimento para as cidades de Picada Café, Morro Reuter, Dois Irmãos, Ivoti, Estância Velha e Novo Hamburgo.
Dias depois, após o nível da água do Rio dos Sinos baixar, o foco foi liberar a ponte sobre o Rio dos Sinos e o trecho da BR-116/RS que dá acesso ao bairro Scharlau, no km 242, em São Leopoldo, conectando a última rota essencial para atender veículos de suporte de emergência aos municípios afetados pelas enchentes. Esse mesmo trecho, um dos pontos mais importantes da rodovia e com maior fluxo, uma média diária de 140 mil veículos, teve nova interrupção, em 15 de maio, na alça sentido Novo Hamburgo, o que exigiu ação rápida da autarquia para liberação emergencial aos veículos de serviços essenciais, já no dia seguinte.
Também na Região Metropolitana no km 232, em Estância Velha/Ivoti, houve rompimento da pista. De imediato foi realizada a recuperação do escorregamento com a colocação de pedras no acostamento, o que permitiu que o trecho passasse a operar por meio do sistema de PARE e SIGA.
As equipes do DNIT seguem monitorando a BR-116/RS e, na segunda quinzena do mês, conseguiram atuar na limpeza do km 259, em Esteio, e do km 270, em Canoas, liberando mais estes pontos ao tráfego.
Na Serra Gaúcha, as fortes chuvas causaram danos severos no pavimento da BR-116/RS. Por suas características geológicas, os trechos com encostas na região vêm exigindo atenção permanente dos técnicos do DNIT. Um segmento de 24 quilômetros, em São Marcos (km 88 ao km 112), chegou a ficar totalmente bloqueado, para reparos de fissuras no pavimento, após escorregamento de material na rodovia. Atualmente, está parcialmente liberado para veículos leves e com comprimento inferior a 20 metros, das 6 às 18 horas.
A cheia histórica do Rio Caí e a força da água acabaram por provocar danos na ponte localizada no km 174. A travessia, que é via de acesso entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, colapsou e equipes do Rio Grande do Sul e de Brasília concentram esforços para restabelecer o fluxo de veículos no local de forma ágil e avaliam a instalação temporária de uma ponte metálica no local até que a nova seja construída.
As ações do DNIT na BR-116/RS seguem em ritmo intenso no km 175 e no km 181, em Nova Petrópolis, devido à queda de barreira e risco de novos deslizamentos, uma vez que o solo está encharcado.
Por fim, na Região Sul do estado há um ponto da BR-116/RS operando em Pare e Siga até que a recuperação da pista, no km 480, em Turuçu, seja finalizada. Neste ponto houve o rompimento de uma faixa da rodovia.