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Publicada em 25 de Março de 2024 às 15:56

Nova regulamentação prejudica marketplaces

Proposta da União é criar um novo marco regulatório, já que antes se aplicava apenas aos Correios

Proposta da União é criar um novo marco regulatório, já que antes se aplicava apenas aos Correios

freepik/divulgação/jc
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A decisão do governo de mudar a regulamentação do serviços de entregas deve afetar todos os operadores logísticos que atuam no e-commerce brasileiro. A proposta está sendo elaborada pelo Ministério das Comunicações, com o objetivo de fortalecer os Correios, empresa estatal que enfrenta problemas de competitividade. No entanto, a criação de uma nova regulação deve afetar todo o ecossistema logístico, é o que explica Rodrigo Garcia, diretor executivo da Petina Soluções em Negócios Digitais, startup especializada em gestão de vendas online via marketplaces.
A decisão do governo de mudar a regulamentação do serviços de entregas deve afetar todos os operadores logísticos que atuam no e-commerce brasileiro. A proposta está sendo elaborada pelo Ministério das Comunicações, com o objetivo de fortalecer os Correios, empresa estatal que enfrenta problemas de competitividade. No entanto, a criação de uma nova regulação deve afetar todo o ecossistema logístico, é o que explica Rodrigo Garcia, diretor executivo da Petina Soluções em Negócios Digitais, startup especializada em gestão de vendas online via marketplaces.
"Essa regulamentação irá beneficiar os Correios, mas deve vir com algumas limitações para quem quer fazer a logística própria. Então, automaticamente, irá dificultar a iniciativa privada de empresas como o Mercado Livre ou Amazon, por exemplo. Até mesmo o serviço fulfillment, no qual o cliente recebe sua mercadoria no mesmo dia, ou os serviços FBA (Fulfillment By Amazon) e DBA (Delivery By Amazon), da Amazon. Enfim, existem diversos marketplaces que têm logística própria, nos quais a agilidade de recebimento, hoje, é mais eficiente que a dos Correios. Essa regulamentação, então, deve restringir a autonomia deles para o desenvolvimento desse tipo de logística", diz Garcia.
A proposta do governo é revisar a legislação de serviços postais no Brasil, de 1978, para alterar algumas regras, até então, só se aplicavam à empresa estatal e a partir de então criar um novo marco regulatório que deve atingir todo o setor. Com isso, os Correios terão melhores condições de competir com as concorrentes, que realizam entregas de compras feitas no e-commerce.
"Além de alterar as restrições de transportes de cargas que a empresa estatal possui atualmente, como o envio de plantas, animais e vírus inativos, o que tornaria o mercado mais competitivo. Além disso, a ideia também é assegurar padrões de qualidade para as entregas e garantir uma instância de reclamação dos serviços. Essas novas regras serviriam tanto para os Correios, quanto para os operadores privados", explica Garcia.

Alta no e-commerce traz oportunidades para novos lojistas

O cenário do varejo brasileiro está em constante evolução, impulsionado pelo crescimento do comércio, especialmente o eletrônico, e pela busca incessante por produtos de qualidade a preços acessíveis. No primeiro semestre de 2023, segundo dados da NielsenIQEbit, o Brasil registrou mais de 50 milhões de consumidores virtuais, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.
Essa tendência de crescimento deve continuar, com projeções otimistas para os próximos anos. Também em 2023, o faturamento do e-commerce no País atingiu R$ 185,7 bilhões, com um tíquete médio de R$ 470,00, de acordo com levantamento da Abcomm. Esses números refletem a confiança dos consumidores no ambiente digital.
Quanto às perspectivas futuras, de acordo com dados da Statista, existe uma tendência ascendente no mercado de e-commerce no Brasil. A taxa de penetração no setor deve crescer 7,4% de 2023 até 2028.
Segundo Graziela Fioraso Cestini, Gerente de Marketing e Digital da Estoquee, atacadista fornecedora de produtos multicategoria, para obter sucesso no varejo, o comerciante precisa ter em mente alguns pontos. São eles:
Formalização do negócio: ela garante que a empresa esteja legalmente constituída. Isso traz credibilidade e segurança para os clientes, além de permitir o acesso a benefícios fiscais e jurídicos.
Escolha dos canais de venda: avaliação das melhores plataformas para comercializar os produtos. Existem diversas opções no mercado, como lojas virtuais próprias, marketplaces, redes sociais e aplicativos de mensagens.
Precificação estratégica: definição de preços competitivos, considerando as possíveis margens de lucro. O lojista deve levar em conta os custos de produção, estoque, transporte, impostos, comissões e outros fatores que influenciam o valor final do produto.
Meios de pagamento e envio: a oferta de opções flexíveis para os clientes facilita a compra. O lojista deve disponibilizar formas de pagamento variadas, como cartão de crédito, boleto, transferência, PIX e outros. Também deve oferecer opções de envio rápidas, seguras e econômicas, como Correios, transportadoras, motoboys e retirada na loja.
Presença nas redes sociais: o uso das redes sociais para divulgar os produtos e interagir com o público. As redes sociais são ferramentas poderosas para atrair, engajar e fidelizar clientes, além de gerar tráfego para o site ou loja virtual. O lojista deve criar perfis nas principais redes, como Facebook, Instagram, TikTok e YouTube, e produzir conteúdo relevante, informativo e atrativo para o seu nicho de mercado. Também deve responder aos comentários, dúvidas e sugestões dos seguidores, e aproveitar as ferramentas de vendas disponíveis nas redes.
Investimento em marketing digital: a adoção de estratégias como anúncios pagos e campanhas exclusivas. O marketing digital é essencial para aumentar a visibilidade, o alcance e as vendas do lojista online. O lojista deve investir em anúncios e campanhas em plataformas de Ads, segmentando o seu público e otimizando o seu retorno sobre o investimento.

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