A Wilson Sons comemora resultados de seus clientes pelo Tecon Santa Clara, terminal de contêineres de navegação interior localizado em Triunfo (RS). Com seis anos de funcionamento, o terminal oferece serviços que otimizam os custos logísticos de forma sustentável. Um exemplo é a Fitesa, de Porto Alegre, uma das líderes mundiais na indústria de não tecidos. Especialista no fornecimento de materiais inovadores para os mercados de higiene, médico e industrial, a Fitesa aposta neste modelo logístico, principalmente, pela redução de custos quando comparado ao modal rodoviário.
A Fitesa realiza operações pelo Tecon Santa Clara desde 2016, quando iniciou para seus contêineres de exportação. Porém, com o tempo, a movimentação passou a ser de importação, principalmente de fibras sintéticas e polímeros de propileno, matéria-prima para o produto final o qual fabricam, as quais proveem dos Estados Unidos, Coréia do Sul, China, Indonésia, Taiwan, Tailândia e Singapura.
A percepção da empresa é a de que este movimento junto ao terminal melhorou seus negócios. "Reduziu-se custos logísticos de transporte rodoviário e demurrage dos contêineres, além de termos uma ótima alternativa para armazenar as nossas cargas em um local estratégico", explica Mauricio de Aguiar, Especialista em Comércio Exterior da Fitesa.
As metas de sustentabilidade também estão no radar da Fitesa, que enxerga na operação junto ao Tecon Santa Clara uma importante ferramenta para o seu cumprimento. "A Fitesa está sempre atenta a alternativas viáveis para a diminuição da nossa pegada de carbono. Apesar de nossas metas estarem focadas na redução das emissões de escopo 1 e 2, o maior impacto ambiental de nossa operação, oportunidades para melhorar o perfil de nossa operação logística também são fundamentais", diz Aguiar.
Os bons resultados do Tecon Santa Clara ao longo de seus anos de operação se devem à eficiência do modal hidroviário e sua pegada sustentável, essencial para os dias atuais. Estudo realizado pela Wilson Sons mostrou que o transporte de contêineres via Tecon Santa Clara pode reduzir em mais de 80% a emissão de gases do efeito estufa se comparado com o transporte rodoviário.
"A navegação interior é importante para a economia gaúcha sendo uma ferramenta para ampliar os seus resultados econômicos e ambientais", ressalta Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande.
"Com a ampliação das iniciativas de ESG, a navegação interior tem sido um importante aliado para as empresas, e o Tecon Santa Clara vem demonstrando eficiência neste sentido. Por isso, cada vez mais o terminal fluvial tem ganhado a atenção das grandes indústrias no Rio Grande do Sul como a Fitesa, que está com a gente desde que iniciamos nossas operações em Triunfo", comenta.
Bertinetti credita o crescimento do volume de negócios à transparente eficiência no dia a dia do modal. "Não há dúvidas de que a navegação interior é da maior importância para a economia do Estado do Rio Grande do Sul", considera.
Resinas, madeira, produtos químicos, frango congelado, borrachas e utensílios domésticos representam 80% das mercadorias que passam pelo Tecon Santa Clara. Os produtos - de importação, exportação e cabotagem - têm como origem ou destino as cidades de Farroupilha, Carlos Barbosa, Garibaldi, Caxias do Sul, Veranópolis, Cruz Alta, Lajeado, Taquari e Serafina Corrêa. Entre os serviços disponibilizados pelo terminal, está a possibilidade de estufar e desovar produtos nos contêineres.
Reconhecido como um dos melhores do Brasil pelo Ministério da Infraestrutura no Prêmio Portos Brasil (categoria Movimentação de Contêineres em Terminais Privados), o Tecon Santa Clara iniciou suas operações com uma barcaça, quando a parceria entre Wilson Sons e Braskem reativou o Píer IV do terminal e retomou o transporte de carga pelo Rio Jacuí entre Triunfo e o Porto do Rio Grande.
Dois anos depois, a Wilson Sons ampliou sua capacidade com a disponibilização de mais uma barcaça, passando a oferecer quatro viagens semanais. Recentemente, a Wilson Sons ampliou em 33% a capacidade operacional do Tecon Santa Clara. A ampliação aconteceu com a inclusão da barcaça Guaíba de 160 TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés), em substituição da antiga de 120 TEU.
Folhapress
Portos do Paraná têm movimentação recorde em janeiro
A movimentação de janeiro nos portos do Paraná marcou um novo recorde para o mês. Foram 4.208.706 toneladas de cargas carregadas e descarregadas nos Portos de Paranaguá e Antonina. O volume é 1% maior que as 4.157.538 toneladas no mesmo período em 2022.
Na exportação, os destaques foram milho, com alta de 189% em janeiro este ano em relação a janeiro do ano passado, farelos (soja e milho, alta de 17%), açúcar (15%), óleo de soja e derivados de petróleo (em janeiro de 2022 não houve embarque desses produtos).
Na importação, trigo (93%), cevada/malte (26%), sal (100%), metanol (67%), óleos vegetais e os derivados de petróleo lideraram as altas - estes últimos não desembarcaram no Paraná no último ano.
"O aumento registrado entre os granéis foi o que mais contribuiu para a nova alta", informa o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. "Só os granéis sólidos representam quase 60% de tudo o que foi movimentado no mês. O segmento movimentou 2.475.456 toneladas, 2% a mais que no ano passado", completa.
Entre os granéis líquidos, o aumento foi de 12% na comparação entre janeiro de 2022 e 2023. Neste ano, foram 722.073 toneladas. No ano passado, 644.939.
No segmento carga geral, que representa as cargas que são embarcadas por unidade, foram 1.011.177 toneladas movimentadas. O volume é 7% menor que as 1.088.747 toneladas registradas em janeiro de 2022. A queda foi impactada, principalmente, pela redução nos volumes de açúcar em saca e celulose, no sentido exportação.
As movimentações de veículos registram alta de 395%. Neste ano, foram 8.095 unidades carregadas e descarregadas pelo Porto de Paranaguá, contra 1.634 unidades no primeiro mês do ano passado. Do total de 2023, foram exportados 6.975 veículos e importadas 1.120 unidades.
Já contêineres não tiveram movimentação diferente do ano passado. Foram 88.038 TEUs movimentados - 47.561 TEUs para exportação e outras 40.477 TEUs, importação.
Tarcísio e França fazem primeira reunião sobre privatização do porto de Santos
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e Márcio França (PSB), ministro de Portos e Aeroportos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fizeram a primeira reunião presencial para tratar de projetos de privatização do porto de Santos na semana passada.
Tarcísio transformou a privatização do porto em uma bandeira própria nos últimos anos, e argumenta que ela aumentaria o número de empregos na Baixada Santista. O processo de desestatização do porto de Santos vinha sendo encaminhado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e estava em análise no TCU (Tribunal de Contas da União).
França, no entanto, se opõe ao projeto e diz que a autoridade portuária continuará estatal. O governo Lula destaca a importância estratégica do porto.
No encontro, os dois expuseram seus argumentos sobre ao tema durante cerca de duas horas, em clima que foi descrito como amistoso.
A reunião foi considerada a primeira de várias entre Tarcísio e o governo federal para tratar do tema.