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Tributação

- Publicada em 05 de Setembro de 2023 às 15:42

Sete dicas para organizar os impostos dos investimentos

Filardi diz que é importante adotar rotinas

Filardi diz que é importante adotar rotinas


Nelogica/Akeloo/Divulgação/jc
Muitas vezes traumático para investidores com pouca organização, o período da declaração do Imposto de Renda de 2023 terminou, mas o que muitos não sabem, ou acabam deixando de lado, é que ainda assim é necessário calcular e pagar tributos mensalmente, se for o caso.
Muitas vezes traumático para investidores com pouca organização, o período da declaração do Imposto de Renda de 2023 terminou, mas o que muitos não sabem, ou acabam deixando de lado, é que ainda assim é necessário calcular e pagar tributos mensalmente, se for o caso.
Adotar algumas rotinas, além de evitar dor de cabeça e correria nos períodos da declaração anual, ajuda a melhorar controles, evitar erros e gerenciar melhor ganhos e perdas.
Para investidores de renda variável, a situação é ainda mais complexa, alerta o gerente da Nelogica para Akeloo, calculadora financeira da companhia, e especialista em tributação, Gustavo Filardi.
São muitos campos, guias, relatórios, notas de corretagem e cálculo de preço médio dos ativos, por exemplo, alerta o executivo.
"Agora que passou o sufoco, ainda ficam muitas dúvidas sobre Malha Fina, como fazer retificação de algum dado errado ou ausente na declaração enviada e até mesmo sobre a restituição. A declaração deste ano foi encerrada, mas com alguns procedimentos simples é possível manter a organização ao longo do ano, e tornar a sua próxima declaração bem mais tranquila", assegura Filardi.
Além do uso de ferramentas disponíveis na calculadora e organizadora financeira da Akeloo, Filardi reuniu sete sugestões e recomendações para facilitar a rotina de contribuinte e se adiantar a possíveis problemas com o Fisco.
1) Receita Federal: o portal e-CAC possui diversas informações sobre DARF e Imposto de Renda para ajudar o contribuinte e principalmente o investidor. Ela é uma ferramenta bastante útil para:
  • Verificar se a Declaração de IR foi processada corretamente ou se possui pendências que podem ser retificadas, evitando de cair na Malha Fina.
  • Conferir os DARFs pagos ao longo do ano, incluindo DARFs de Bolsa, Criptoativos e Mercado Americano (tem um código de DARF para cada tipo de investimento).
  • Baixar os documentos das declarações anteriores, como PDF da declaração ou até mesmo o arquivo para poder retificar ou iniciar a próxima.
2) Volume de ativos / operações: cada ativo, como uma ação, fundo imobiliário, criptomoeda ou mesmo uma operação de apenas um dia no Day Trade, muitas vezes já obriga o investidor a declarar. Quanto mais ativos o investidor tiver, mais complicada a declaração pode ficar, especialmente aos iniciantes. Para esses, mesmo que diversificação de carteira seja uma orientação de ouro, a sugestão é, ao menos, no início, manter a concentração dos investimentos em poucos ativos. A variedade de ativos, neste caso, pode dificultar o momento da declaração.
3) Documentos para manter sempre em mãos: notas de corretagem, extratos de exchanges de criptoativos e corretoras de investimentos no exterior. A dica é ter sempre no computador ou armazenamento em nuvem, uma pasta com os documentos organizados por mês e ano, evitando acumular para a época da declaração.
4) Retificar quando necessário: o contribuinte tem até cinco anos para corrigir informações que possam ter sido enviadas erradas para a Receita Federal. Basta baixar o programa do ano correspondente no site da Receita para conseguir fazer o envio da Declaração Retificadora.
5) Imposto mensal: o Imposto de Renda é um imposto mensal e não anual e muita gente confunde a declaração com o imposto em si, que deve ser calculado e pago mensalmente. Para investidores de Bolsa, cripto e investimentos no exterior, calcular e pagar mensalmente os DARFs pode ser complicado, devido ao alto volume de regras e nuances nos cálculos. Investidores experientes têm esse cuidado ao longo do ano todo.
6) Criptos em exchanges internacionais e investimentos no exterior: o recomendado é que o investidor tenha um arquivo com a cotação do dólar no dia da operação e um controle de todas as operações realizadas, inclusive de permuta, onde um criptoativo é adquirido através de outro criptoativo.
7) Benefício fiscal: nem sempre é de conhecimento dos investidores, mas a Receita Federal oferece um benefício fiscal para investidores de bolsa, a possibilidade de compensação prejuízos em ganhos futuros. Isso permite reduzir o valor do imposto a ser pago das operações de venda com lucro, subtraindo o prejuízo acumulado em meses ou até anos anteriores, desde que tenham a mesma natureza de operação e que tenham sido declarados corretamente nas Declarações de IR dos anos anteriores. O benefício é válido para investimentos de renda variável, como ações, fundos imobiliários (FIIs), Day Trade, fundos de índice (ETFs), entre outros.