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Publicada em 25 de Abril de 2025 às 17:52

A liderança feminina no setor de eventos e seu impacto no mercado

Andreza Santana, General Manager da MCM Brand Experience

Andreza Santana, General Manager da MCM Brand Experience

MCM/Divulgação/JC
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Andreza Santana
Andreza Santana
General Manager da MCM Brand Experience
Sejamos sinceros: o setor de eventos sempre foi um verdadeiro campo de batalha. Orçamentos apertados, clientes exigentes e prazos impossíveis fazem parte da rotina de quem escolhe atuar nessa área. Mas em meio a esse caos organizado, algo notável aconteceu: as mulheres assumiram o comando — e estão fazendo um trabalho impecável.
Historicamente dominado por homens, o mercado de eventos está sendo transformado pela liderança feminina. No Brasil, mais de 60% da força de trabalho do setor é composta por mulheres, segundo o IBGE. Mas não basta estar presente; elas estão assumindo papéis estratégicos, comandando grandes produções e garantindo que os eventos aconteçam com a precisão de um cronômetro suíço.
Essa mudança não é apenas uma tendência passageira, mas uma mudança estrutural com impactos reais. Estudos da McKinsey apontam que empresas com maior representatividade feminina têm até 21% mais chances de superar a concorrência. Se aplicarmos essa realidade para o setor de eventos — onde cada decisão pode transformar a experiência de milhares de pessoas —, fica evidente que o protagonismo feminino não é só desejável, mas essencial.
Ainda assim, não podemos romantizar essa jornada. As mulheres continuam ganhando menos que seus pares masculinos, enfrentam barreiras para ascender a cargos executivos e, frequentemente, precisam provar três vezes mais competência. Mas a diferença agora é que não estamos apenas ocupando espaço; estamos reestruturando a indústria.
Ao longo da minha trajetória liderando equipes diversas, percebi que a produtividade atinge seu auge quando há um equilíbrio de culturas, experiências e perspectivas. Já trabalhei com um alemão meticuloso, uma irlandesa espirituosa, um tcheco prático, um cadeirante incrivelmente competente e um verdadeiro arco-íris de etnias e orientações sexuais. E adivinhe? O trabalho fluía como uma sinfonia perfeitamente ensaiada. Quando a diversidade é vista como força e não como um desafio, os resultados aparecem naturalmente.
Eventos não são apenas sobre tendas bem montadas e palcos iluminados. São sobre contar histórias, criar conexões e despertar emoções. E se tem uma coisa que as mulheres fazem bem, é exatamente isso: transformar experiências em memórias inesquecíveis.
O setor de eventos está em metamorfose, e a presença feminina é um dos motores dessa mudança. Quanto mais diversidade tivermos nos bastidores, mais impactantes e autênticas serão as experiências criadas. Se alguém ainda considera a diversidade apenas um tema para palestras motivacionais, é hora de repensar. A realidade já provou que ela é sinônimo de inovação, eficiência e, claro, eventos inesquecíveis.
 

Planejamento financeiro: o pilar essencial para uma mudança de carreira bem-sucedida

Maristela Gorayb possui mais de 30 anos de experiência em multinacionais, tendo ocupado cargos de diretoria na Mapfre, Icatu Seguros e Citi. É sócia-fundadora da Ancor, consultoria especializada em gestão de carreira e desenvolvimento de liderança.

Flavia Perez atuou por 25 anos como executiva em cargos de liderança nas áreas de marketing, comércio exterior e gestão de marcas, com passagem por empresas como White Martins, Mondelez, Grupo Dass e Kipling. É sócia-fundadora da Ancor Consultoria e já apoiou centenas de executivos e empreendedores com seus desafios na carreira.

Maristela Gorayb possui mais de 30 anos de experiência em multinacionais, tendo ocupado cargos de diretoria na Mapfre, Icatu Seguros e Citi. É sócia-fundadora da Ancor, consultoria especializada em gestão de carreira e desenvolvimento de liderança. Flavia Perez atuou por 25 anos como executiva em cargos de liderança nas áreas de marketing, comércio exterior e gestão de marcas, com passagem por empresas como White Martins, Mondelez, Grupo Dass e Kipling. É sócia-fundadora da Ancor Consultoria e já apoiou centenas de executivos e empreendedores com seus desafios na carreira.

Ancor/Divulgação/JC
Flavia Perez e Maristela Gorayb
Autoras do livro “A primeira segunda-feira após sua carreira executiva” e sócias fundadoras da Ancor, consultoria especializada em gestão de carreira
Mudar de carreira é um sonho para muitos profissionais, seja para abandonar o mundo corporativo, seguir uma vocação ou empreender. No entanto, essa transição pode ser repleta de desafios, especialmente quando o planejamento financeiro é negligenciado. Sem uma base sólida, a busca por um novo caminho pode se tornar uma jornada de incerteza e frustração. Por isso, uma preparação estruturada permite que profissionais façam essa transição com liberdade e segurança. Afinal, sem planejamento financeiro, a necessidade de renda pode levar a escolhas precipitadas, limitando as possibilidades de reinvenção.
Construindo um plano financeiro para o pós-carreira
O primeiro passo para uma transição segura é compreender que o planejamento deve começar cedo. Quanto mais tempo dedicado a essa preparação, maior será a flexibilidade para escolher novos caminhos sem comprometer a estabilidade financeira.
Algumas diretrizes fundamentais incluem:
 Criar uma reserva de emergência robusta, suficiente para cobrir de seis a doze meses de despesas;
 Diversificar fontes de renda, considerando investimentos, rendimentos passivos e consultorias;
 Ajustar o padrão de vida a um nível sustentável, evitando grandes oscilações financeiras;
 Separar as finanças pessoais das profissionais, principalmente para quem deseja empreender.
 Mudança de mentalidade: liberdade financeira não é privação
Muitas pessoas associam planejamento financeiro à restrição, mas a verdadeira liberdade financeira está nas escolhas conscientes. Quem gasta tudo o que ganha, continua dependente do próximo salário, enquanto aqueles que priorizam um planejamento consistente ampliam suas opções no futuro.
Outro aspecto essencial é a capacidade de adaptação. Profissionais que saem do mundo corporativo para atuar como autônomos ou empreendedores precisam considerar a variação de receitas e se preparar para períodos de baixa demanda. A elaboração de um fluxo de caixa simples e um plano financeiro de longo prazo são medidas essenciais para evitar o que pode se tornar uma verdadeira fase de escassez.
Reflexão: você está pronto para a transição?
Se hoje você precisasse sair do seu emprego atual - seja por decisão própria ou por uma mudança no mercado - teria a liberdade para escolher seu próximo passo ou dependeria imediatamente de uma nova fonte de renda? A preparação financeira não deve ser vista como um obstáculo, mas como um facilitador para que a transição de carreira ocorra de forma consciente, planejada e bem-sucedida.
Esse é um tema que as pessoas evitam, mas é fato que toda carreira executiva tem prazo de validade. O xis da questão é que esse final de ciclo geralmente não coincide com o desejo desses profissionais se aposentarem. Então, seja para executivos prestes a encerrar sua trajetória corporativa ou para profissionais que desejam explorar novos caminhos, investir no planejamento financeiro é garantir que o futuro seja guiado por suas próprias escolhas e não por necessidade.
 

O futuro do setor bancário

Camille OCampo
Diretor-executivo da Capco
A transformação digital deixou de ser uma tendência para se tornar uma necessidade no mundo corporativo. Em 2025, empresas que ainda operam com sistemas legados enfrentam um desafio: modernizar suas infraestruturas ou perder competitividade. Com mais de 800 bilhões de linhas de código Cobol ainda em uso, a chamada "segunda onda" da transformação digital prevê a integração de inteligência artificial (IA) e modelos híbridos, que conectam soluções tradicionais a novas plataformas em nuvem.
A modernização precisa ser estratégica. Em 2024, muitas empresas apostaram exclusivamente na IA generativa, sem uma visão integrada de suas necessidades tecnológicas. O próximo passo será combinar IA com outras soluções digitais para construir um ecossistema mais eficiente. Além disso, a automação de processos e a análise preditiva terão um papel fundamental na otimização das operações, permitindo a redução de custos e o aumento da produtividade.
A personalização da tecnologia será um diferencial. Modelos de IA modularizados e a expansão de microsserviços devem facilitar uma transição gradual para novas plataformas, sem comprometer operações. O conceito de "TI de duas velocidades" ganha relevância ao viabilizar a modernização contínua, enquanto mantém processos essenciais em funcionamento. Empresas que adotarem essa abordagem minimizarão riscos e terão maior flexibilidade para evoluir conforme a demanda do mercado.
Outro ponto essencial é a segurança cibernética. Com a crescente digitalização, as ameaças também se intensificam. Proteger dados e garantir a conformidade com regulamentações será crucial para operar de forma segura. Estratégias como autenticação multifator e uso de blockchain devem ser incorporadas às novas infraestruturas para assegurar a integridade e a confidencialidade das informações.
O desafio vai além da atualização de sistemas. Empresas que alinharem inovação tecnológica a estratégias de negócio estarão mais bem posicionadas para enfrentar um mercado competitivo. A integração de sistemas legados com novas tecnologias será decisiva para o crescimento. Em um ambiente de rápidas transformações, investir em modernização não é apenas uma vantagem - é uma questão de sobrevivência. Quem souber equilibrar inovação, eficiência e segurança ocupará a vanguarda da nova era digital.

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