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Publicada em 11 de Novembro de 2024 às 00:50

Agronegócio: mais mulheres em cargos de liderança

Andressa Olivo Willrich

Andressa Olivo Willrich

/Evermonte/divulgação/jc
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Andressa Olivo Willrich
O agronegócio, um ramo tradicionalmente ocupado por lideranças masculinas, está passando por uma mudança impressionante. Se há apenas alguns anos discutíamos a presença feminina em cargos de média gestão, hoje estamos testemunhando uma transformação profunda: as mulheres estão conquistando posições de alta liderança e moldando o futuro do setor com uma nova visão e abordagem.
O agronegócio, um ramo tradicionalmente ocupado por lideranças masculinas, está passando por uma mudança impressionante. Se há apenas alguns anos discutíamos a presença feminina em cargos de média gestão, hoje estamos testemunhando uma transformação profunda: as mulheres estão conquistando posições de alta liderança e moldando o futuro do setor com uma nova visão e abordagem.
São diversos os fatores que contribuem para impulsionar essa tendência. Entre eles, estão o aumento no nível de educação e qualificação das mulheres, as iniciativas de inclusão promovidas por empresas do segmento e o fortalecimento das redes e espaços de networking.
O crescimento da escolaridade feminina é evidente quando observamos dados do Censo do Ensino Superior. Entre 2010 e 2020, a proporção de mulheres matriculadas em cursos de Agronomia e Ciências Agrárias saltou de 33% para 41% - aumento que reflete uma busca ativa por especialização e competências técnicas, essencial para assumir papéis de liderança e responsabilidade dentro do setor agrícola.
Soma-se a esse movimento as inúmeras iniciativas de inclusão e diversidade promovidas por organizações e instituições. Empresas como a Bayer, por exemplo, se destacam não apenas por realizar uma premiação destinada a mulheres - o Prêmio Mulheres do Agro -, mas, também, por terem assumido um compromisso global de atingir 50% de mulheres em todos os cargos de liderança até 2030. Além de ações corporativas, iniciativas governamentais e privadas estão oferecendo suporte adicional, como financiamentos, treinamentos e consultorias especializadas, criando um ecossistema mais inclusivo.
Um terceiro fator que tem contribuído para o fomento das lideranças femininas no agronegócio é o fortalecimento das redes de networking. Eventos como o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA) não só proporcionam um espaço valioso para o compartilhamento de experiências e a ampliação da visibilidade feminina, mas também facilitam a criação de conexões importantes e a formação de alianças estratégicas.
Esses eventos ainda oferecem oportunidades para a participação em painéis, workshops e discussões sobre tendências e desafios do setor, permitindo que as mulheres se posicionem como líderes e especialistas. Além disso, feiras e exposições, bem como plataformas digitais e redes sociais dedicadas ao agronegócio, também desempenham um papel significativo ao permitir que as mulheres mostrem seus projetos, compartilhem suas histórias de sucesso e ampliem sua influência.
Está em curso um movimento claro e impactante: as empresas do agronegócio estão ativamente buscando mulheres para liderar suas operações. Elas reconhecem que a diversidade de gênero vai além de uma tendência - ela é, na verdade, uma vantagem competitiva estratégica. Celebrar essa transformação significa, mais do que reconhecer a mudança, entender que o agronegócio está se reinventando para um futuro no qual a liderança feminina é não apenas valorizada, mas fundamental para impulsionar a inovação e o crescimento do setor.
 
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