Carmen Carlet, especial para o JC
Ir ao supermercado para as compras do dia a dia, cada vez mais, se transforma em um passeio pela vizinhança do bairro. Muitos clientes nas áreas tipicamente residenciais reúnem a família, pegam o catálogo com as ofertas compartilhadas pelo aplicativo aos quais são cadastrados e vão às compras. Neste cenário, as pequenas e médias redes de supermercados cresceram e multiplicaram. De acordo com levantamento da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), as pequenas e médias empresas têm uma presença significativa respondendo por uma fatia de cerca de 45% do faturamento em uma movimentação de R$ 60 bilhões/ano e são responsáveis pelo emprego de 55% da mão de obra setorial. Embora tenha computado esses dados na entidade, Antônio Cesa Longo, presidente, afirma que internamente não existe distinção, uma vez que todos são formatos de varejo que se adaptam às realidades e necessidades do mercado.
Longo explica que a entidade tem o conceito claro de potencializar toda a cadeia em seus projetos, já que o setor recebe clientes de outros segmentos. Porém, segundo o dirigente, a Agas atua fortemente com capacitação, comitês técnicos, cursos e eventos que visam garantir oportunidades a empresas de todos os tamanhos. “Na Expoagas, por exemplo, qualquer pequeno mercado de bairro tem as mesmas oportunidades das grandes multinacionais. Os fornecedores, as palestras e oportunidades estão ao alcance de todos, e a agilidade das pequenas empresas pode fazer a diferença em um segmento tão competitivo”, avalia.
Aliás, competitividade é palavra-chave nas estratégias de marketing dos pequenos e médios. E para alcançar um diferencial que salte aos olhos de seus vizinhos/consumidores, as empresas apostam em uma função que é muito valorizada: o comprador. Até porque ele é o responsável por negociar bem com os fornecedores e consequentemente aumentar o fluxo dentro das lojas com preços atrativos e, muitas vezes, imbatíveis. Complementando, Longo afirma que a área comercial é o coração de qualquer negócio, “por isso acreditamos que a formação de compradores seja estratégica para supermercados de todos os tamanhos”, afirma, embora observe que o cenário é de escassez desta mão de obra. “Felizmente, há oportunidade de formarmos esta figura-chave internamente nas empresas de menor porte”, sinaliza o dirigente. Uma dessas ferramentas – presente há duas décadas - é a expertise da entidade em capacitação de gestores e colaboradores. Somente com o projeto Gestão em Supermercados (GES), mais de 3,5 mil líderes foram treinados nos últimos anos. Além do GES, a entidade atua em outras frentes que envolvem a capacitação presencial ou virtual de cerca de 2.500 pessoas por ano, nas mais diferentes especialidades.
Ao projetar o futuro do setor supermercadista como um todo, Longo observa que há espaço para todos os formatos e tamanhos: “normalmente temos brincado que a tendência é não haver tendência”, argumenta o presidente da Agas. Para ele, assim como os grandes atacarejos estão competindo fortemente com preços, as pequenas empresas de bairro garantem praticidade, agilidade e agregam serviços para se diferenciarem. É um mercado com muitas oportunidades”, avalia.
Ao projetar o futuro do setor supermercadista como um todo, Longo observa que há espaço para todos os formatos e tamanhos: “normalmente temos brincado que a tendência é não haver tendência”, argumenta o presidente da Agas. Para ele, assim como os grandes atacarejos estão competindo fortemente com preços, as pequenas empresas de bairro garantem praticidade, agilidade e agregam serviços para se diferenciarem. É um mercado com muitas oportunidades”, avalia.
Analisando o consumidor, a entidade que representa 7,7% do PIB gaúcho, avalia que ele é diversificado e muito exigente e, justamente por isso, não há espaço para a concentração de mercado. “As pequenas e médias empresas do varejo são fundamentais para elevar a barra do atendimento, do serviço agregado e da competição para além das margens estreitas. Os pequenos, muitas vezes, ensinam os grandes a rentabilizar categorias através de sua vivência muito próxima com o cliente”, enfatiza Antônio Longo.
Mercados de bairro apostam em preço e acolhimento para conquistar vizinhança
Redes de vizinhança se multiplicaram e, com estratégias, fortaleceram laços com clientes consumidores; hoje esses negócios movimentam R$ 60 bilhões por ano no Estado
/Carmen Carlet/Especial/JCIr ao supermercado para as compras do dia a dia, cada vez mais, se transforma em um passeio pela vizinhança do bairro. Muitos clientes nas áreas tipicamente residenciais reúnem a família, pegam o catálogo com as ofertas compartilhadas pelo aplicativo aos quais são cadastrados e vão às compras. Neste cenário, as pequenas e médias redes de supermercados cresceram e multiplicaram. De acordo com levantamento da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), as pequenas e médias empresas têm uma presença significativa respondendo por uma fatia de cerca de 45% do faturamento em uma movimentação de R$ 60 bilhões/ano e são responsáveis pelo emprego de 55% da mão de obra setorial. Embora tenha computado esses dados na entidade, Antônio Cesa Longo, presidente, afirma que internamente não existe distinção, uma vez que todos são formatos de varejo que se adaptam às realidades e necessidades do mercado.
Longo explica que a entidade tem o conceito claro de potencializar toda a cadeia em seus projetos, já que o setor recebe clientes de outros segmentos. Porém, segundo o dirigente, a Agas atua fortemente com capacitação, comitês técnicos, cursos e eventos que visam garantir oportunidades a empresas de todos os tamanhos. "Na Expoagas, por exemplo, qualquer pequeno mercado de bairro tem as mesmas oportunidades das grandes multinacionais. Os fornecedores, as palestras e oportunidades estão ao alcance de todos, e a agilidade das pequenas empresas pode fazer a diferença em um segmento tão competitivo", avalia.
Aliás, competitividade é palavra chave nas estratégias de marketing dos pequenos e médios. E para alcançar um diferencial que salte aos olhos de seus vizinhos/consumidores, as empresas apostam em uma função que é muito valorizada: o comprador. Até porque ele é o responsável por negociar bem com os fornecedores e consequentemente aumentar o fluxo dentro das lojas com preços atrativos e, muitas vezes, imbatíveis. Complementando, Longo afirma que a área comercial é o coração de qualquer negócio, "por isso acreditamos que a formação de compradores seja estratégica para supermercados de todos os tamanhos", afirma, embora observe que o cenário é de escassez desta mão de obra. "Felizmente, há oportunidade de formarmos esta figura-chave internamente nas empresas de menor porte", sinaliza o dirigente. Uma dessas ferramentas - presente há duas décadas - é a expertise da entidade em capacitação de gestores e colaboradores. Somente com o projeto Gestão em Supermercados (GES), mais de 3,5 mil líderes foram treinados nos últimos anos. Além do GES, a entidade atua em outras frentes que envolvem a capacitação presencial ou virtual de cerca de 2.500 pessoas por ano, nas mais diferentes especialidades.
Ao projetar o futuro do setor supermercadista como um todo, Longo observa que há espaço para todos os formatos e tamanhos: "normalmente temos brincado que a tendência é não haver tendência", argumenta o presidente da Agas. Para ele, assim como os grandes atacarejos estão competindo fortemente com preços, as pequenas empresas de bairro garantem praticidade, agilidade e agregam serviços para se diferenciarem. É um mercado com muitas oportunidades", avalia.
Analisando o consumidor, a entidade que representa 7,7% do PIB gaúcho, avalia que ele é diversificado e muito exigente e, justamente por isso, não há espaço para a concentração de mercado. "As pequenas e médias empresas do varejo são fundamentais para elevar a barra do atendimento, do serviço agregado e da competição para além das margens estreitas. Os pequenos, muitas vezes, ensinam os grandes a rentabilizar categorias através de sua vivência muito próxima com o cliente", enfatiza Antônio Longo.
Redes nascidas no bairro Medianeira
Medianeira - primeiro bairro criado por lei em Porto Alegre, no ano de 1957 - foi o ponto de partida para algumas redes que hoje têm presença importante na Zona Sul da cidade. Uma delas é Hoffmann Supermercados. Criado há 40 anos, inicialmente como uma feira de frutas, por Romilda e Hilário Hoffmann, o empreendimento foi transformado em supermercado alguns anos depois por influência do atual proprietário, Luciano Hoffmann, filho dos fundadores. Como outras empresas deste setor, a família é a responsável pelo crescimento.
Como explica Willian Hoffmann, sobrinho de Luciano e responsável pela TI e financeiro da empresa, durante mais de 30 anos grande parte da gestão coube aos irmãos Gerson, Marco Antônio, Glaci, Vera e Luciano. "Com o tempo, os sobrinhos também ingressaram na empresa", explica. Somente a partir de 2021, com a modernização dos processos, a empresa começou a abrir portas para gestão fora do âmbito familiar, porém, mantendo o proprietário Luciano na diretoria. Até a mudança nas práticas, a empresa possuía quatro lojas - localizadas nos bairros Vila Nova, Hípica, Cristal e Alto Teresópolis - além de um Centro de Distribuição (CD). Em 2022 inaugurou sua quinta loja, situada também na Zona Sul, e, neste ano chegou ao bairro Partenon. As unidades variam entre 300 m² e 800 m². Sem previsão de abrir novas lojas, Willian informa que neste momento o foco é na melhoria dos processos internos, retenção de equipes e investimento em padaria própria.
Com um mix de produtos ativos em torno de 10 mil SKUs, a rede tem no público feminino, faixa dos 30 a 40 anos e integrantes das classes B e C, seu principal cliente. Para encantar essas consumidoras a rede procura realizar sempre uma precificação efetiva, barateando itens notáveis e obtendo o retorno nos de curva B e C. "Trabalhamos também com venda promocionada inferior a 20% para manter a margem de lucro sadia", garante Willian. Com relação às promoções difundidas entre as pequenas redes através de cadastros em aplicativos, o dirigente conta que o Hoffmann iniciou com o app de descontos justamente na época da expansão da ferramenta. "Hoje buscamos através dele fidelizar os clientes ofertando produtos com preços exclusivos e sorteios direcionados a quem seja membro do clube", conta o empreendedor ao acrescentar que atualmente a adesão de clientes está na casa dos 25 mil cadastros e entende que essa base pode crescer futuramente. Para tanto, sem detalhar, ele conta que já está trabalhando para expandir essa base.
Preço é o diferencial da marca Anuar Pezzi
Anuar (d) e o filho Davi tocam rede de nove lojas com foco na Zona Sul
/Carmen Carlet/Especial/JCAs imediações do antigo estádio Olímpico também foi o nascedouro de outra rede que tem grande influência na Zona Sul de Porto Alegre. A Rede Anuar Pezzi - que hoje conta com nove lojas com medidas variáveis entre 500 m² e 2 mil m² localizadas nos bairros Medianeira, Cruzeiro, Santa Tereza, Glória, Menino Deus, Campo Novo e Cristal - surgiu como um pequeno mercado na avenida Carlos Barbosa. O complexo nasceu do sonho de Anuar Pezzi, que deixou sua cidade natal, Lajeado, para se desafiar no mundo do empreendedorismo, buscando novas oportunidades na Capital. Tendo passado por diversas experiências, entre elas uma sociedade com seus irmãos, seu Anuar, como é chamado, em 1993 deu início ao protagonismo de sua própria história. E essa história vem sendo bem contada através do crescimento.
Em outubro deste ano, a rede inaugurou uma super loja. São mais de 5mil m², vagas cobertas e elevador. Com localização cuidadosamente escolhida - na avenida Capivari, no Cristal - a unidade se apresenta com uma nova proposta de loja alto padrão, estrutura planejada e climatizada para melhor atender os novos vizinhos. "Queremos dar muito carinho, mais conforto e segurança para nossos clientes", explica Anuar ao falar sobre o empreendimento.
Seguindo pela mesma linha de seus pares, o Pezzi também é uma empresa onde a família atua em diversas frentes. Davi Pezzi trabalha diretamente com o pai e é um dos diretores da rede. "Aqui o preço é baixo, de verdade!", costuma repetir o proprietário ao reforçar a cultura empresarial. "Na medida que vamos abrindo mais lojas e ampliando a rede, conseguimos barganhar preços com os fornecedores de acordo com o volume comprado", explica Davi Pezzi, e acrescenta que os compradores da rede sempre estão atentos à concorrência para girar com o preço dos mais de 10 mil produtos. Com um perfil de clientes formado por famílias que procuram variedade, qualidade e preço justo, a empresa foca nas classes B e C com fidelização de 30 mil nomes cadastrados através de aplicativo com descontos. Atualmente, o Pezzi trabalha com um clube de descontos onde anuncia além de ofertas especiais, sorteios e campanhas sazonais. Além disso, imprime uma comunicação humanizada - com grande destaque para as redes sociais - para manter a fidelização dos vizinhos.
Mercado Brasco, a sala de estar do bairro
Após viagem aos EUA, Bolacell e Drumond trouxeram modelo de negócio que prima pelo acolhimento
/Brasco/Divulgação/JCA história de dois amigos do Interior com o sonho de trazer a atmosfera dos bolichos para a Capital começou a ser desenhada em 2012, quando Arthur Bolacell e Gabriel Moraes se conheceram na Faculdade de Administração, Negócios e Marketing da ESPM. Entediados com os estágios que se apresentavam, resolveram colocar em prática os ensinamentos aprendidos no curso, buscaram a vivência do olho no olho típica do interior e resolveram dar um "chega pra lá" na frieza das relações humanas que perceberam em Porto Alegre. Depois de uma viagem aos Estados Unidos, onde observaram o sucesso das lojas de conveniência/mercados de bairro e a ausência deste tipo de comércio em Porto Alegre, entenderam que ali existia um nicho a ser preenchido com sucesso. Nascia o Mercado Brasco com sua primeira loja na rua Florêncio Ygartua, no bairro Moinhos de Vento. Mais de uma década depois e cinco unidades, os empreendedores se orgulham de a marca ter se tornado sinônimo de vizinhança, acolhimento e o olho no olho.
De acordo com Bolacell, o Brasco é tipicamente um mercado de bairro, tendo cerca de 1.100 produtos cadastrados e uma grande preocupação com o mix, apurado através de uma boa curadoria. Um produto para ser exposto e comercializado nas lojas Brasco passa por uma criteriosa seleção. "Procuramos conhecer toda a história dos nossos fornecedores para entregar qualidade e exclusividade aos clientes", explica o empreendedor ao falar sobre um projeto: uma vez por mês eles visitam a fábrica de um parceiro, gravam vídeos e compartilham nas redes sociais. Essa prática reforça a responsabilidade da empresa com a origem do que comercializa.
Com marca própria muito forte e aceita pelos consumidores, o Mercado Brasco oferece doce de leite, café, lasanha, chocolate, vinho e cerveja, entre outros produtos que são desenvolvidos por parceiros criteriosamente selecionados. O objetivo dos sócios é fidelizar o cliente não só pela experiência no ambiente, mas também pela qualidade dos produtos que são vendidos exclusivamente em suas unidades.
Com lojas que variam de 170 m² a 700 m², o Mercado Brasco, desde o início, busca dar uma experiência aconchegante a funcionários e clientes, por isso o layout das lojas e toda a ambientação foram planejados para transmitir acolhimento e incentivar o cliente a permanecer no local por mais tempo. Aliás, reforçando a proposta de engajar a comunidade trazendo-a para dentro do Mercado, quando os sócios inauguraram a unidade do Bom Fim - em 2020 - trouxeram junto o modelo de sala de estar do bairro. E essa experiência deu certo. Tanto que a projeção é reformar a loja do Viva Open Mall - que tem mais modelo de mercado - levando o mesmo conceito para o bairro Chácara das Pedras. A unidade dentro do Instituto Caldeira já nasceu com essa cultura. O diferencial desta loja, como destaca Bolacell, é ser um lugar de acolhimento para colaboradores e estudantes do polo, além de funcionar como um ambiente de pausa no trabalho e nos estudos. "Nela, a gente oferece opções de café da manhã, almoço, happy hour e ainda serviços de coffee break", conta. A quinta unidade, inaugurada em outubro de 2023, na Padre Chagas, se diferencia pela estética, com uma mistura de elementos dos anos 40 e toques contemporâneos, além de dois andares e mais de 120 lugares disponíveis.
Não fugindo a um instrumento utilizado por todas as redes de mercados e supermercados, o Brasco também tem seu aplicativo de fidelidade. O Brasco oferece aos clientes e vizinhos diversos descontos, além de ser bonificado com cashback em todas as compras e cortesias, como um café, por exemplo. É através do app que a empresa lança promoções e campanhas exclusivas. Com a certeza de que deve atender as demandas e necessidades específicas dos habitantes do bairro, o Mercado Brasco imprime diferenças às lojas. Para isso, lança mão de CRM a fim de conhecer em profundidade cada região e preparar a sua chegada abrindo as portas para receber, encantar e acolher a vizinhança.
Frigorífico próprio permite preços competitivos
Barbieri cita diferencias como mix de cortes e complementos para assados
/Lenara Petenuzzo/Divulgação/JCDe propriedade dos donos do Frigorífico Belmonte e de um pequeno supermercado em Nova Bréscia, Cidade dos Churrasqueiros, o Shopping de Carnes vem ganhando seu público com preços baixos e alta qualidade nas carnes ofertadas. Com três lojas em Porto Alegre - nos bairros Azenha, Partenon e Ipanema, além de dois atacadões em Alvorada -, a empresa mira na expansão e projeta a médio e longo prazo inaugurar novas filiais em cidades da Região Metropolitana e interior. "Para isso, estamos finalizando estudos de viabilidade de mercado para novas lojas serem abertas em 2025", explica o proprietário Edgar Barbieri. Em 2024, a empresa investiu R$ 2,5 milhões para abrir a unidade de Ipanema em uma área de 500 m².
Com um processo que inicia com um bom trabalho de compra do boi, abate e distribuição próprios, o Shopping de Carnes elimina os atravessadores, reduzindo bastante os custos, o que permite proporcionar preços acessíveis. Com esse diferencial, a rede atende clientes do entorno e também donos de restaurantes, lancherias e hamburguerias entre outros, que optam por compras de carnes e cortes de preço baixo e de qualidade. "E acima de tudo de procedência. Por isso, realizamos um trabalho de atender tanto clientes que demandam um valor mais acessível quanto aqueles clientes de categoria mais exigente que optam por cortes de carnes selecionadas", afirma Barbieri. Com um mix de um pouco mais de quatro mil itens cadastrados - embora as unidades tenham autonomia para se adequar à região - as lojas trabalham com cortes tradicionais e variedades de carnes de qualidade e de procedência gaúcha com os consumidores podendo escolher os produtos que são distribuídos em uma grande vitrine, desde a costela normal, linguiças, frangos, lombos, ripas da chuleta, entre tantos outros. "Queremos que o cliente do bairro nos tenha como referência naquilo que ele precisa para o seu lar. Ao mesmo tempo, que sejamos seu porto seguro na compra de produtos de qualidade - desde o simples sal grosso e carvão, aos acompanhamentos indispensáveis. A ideia é que essa experiência seja saborosa e cheia de satisfação", destaca o empresário ao acrescentar que a disponibilidade do açougueiro especialista e do estacionamento próprio complementam os diferenciais em cada uma das unidades.
Além disso, os estabelecimentos da rede oferecem, diariamente, assados prontos para levar para casa. Uma grande churrasqueira no interior das lojas foi criada para contagiar os clientes com degustação de carnes. O objetivo é facilitar a vida das pessoas que saem do trabalho ao final da tarde ou que, aos finais de semana, não querem cozinhar e terão uma referência de ótimos assados com qualidades nobres para confraternizar com a família. Outro diferencial é o sistema de encomendas via telefone e a tele-entrega de carnes a partir do pedido mínimo. "Nossas lojas estão localizadas geograficamente em regiões de grandes prédios residenciais e comerciais e de fluxo intenso de pessoas. O objetivo é ampliar a conveniência e a comodidade para encantá-las e mostrar a vantagem que é ter um Shopping de Carnes de qualidade a sua disposição," finaliza Barbieri.
Aposta nas relações lúdicas para atrair e fidelizar
Supermago se diferencia por oferecer diversidade de processados e itens de mercearia; mascote é atração semanal
/Supermago/Divulgação/JCO Supermago fundado em 1998, nasceu pelas mãos do casal fundador, Jacinto e Maria Inês Machado que juntos tinham grande experiência no ramo supermercadista. A primeira loja - no bairro Cristo Redentor - foi aberta em um ponto comercial muito tradicional na Zona Norte da cidade, onde funcionava a antiga Padaria Irene, reconhecida pelo famoso mil folhas de creme e doce de leite. A unidade que foi instalada em um prédio original da década de 1960 passou por diversas reformas e sofreu revezes causados por um grande incêndio em 2005. Antes disso, no entanto, em 2002, a rede inaugurou a primeira filial no Jardim Planalto, reinaugurada em 2017 com a implantação do dog parking, espaço reservado para os pequenos clientes de quatro patas. Hoje a rede conta com seis lojas localizadas além das duas iniciais, nos bairros Boa Vista, Jardim Itati, Passo D'Areia e Central Park.
Com lojas de tamanhos médios de 480 m² e 9500 SKUs, o Supermago navega na contramão da concorrência. "O nosso grande atrativo não é o preço mais acessível, e sim, o mix de produtos tanto daqueles que são processados internamente, quanto de mercearia em loja. O nosso atendimento é rápido e acolhedor, trazendo bem-estar e qualidade de vida aos nossos clientes que possuem pouco tempo para realizar as suas compras diárias", explica a diretora Patrícia Machado, filha dos fundadores.
A rede foi pioneira na operação de vendas online no Rio Grande do Sul, tendo iniciado a operação em 2016, com o lançamento de uma plataforma que possibilitava aos clientes realizar suas compras e receber em casa ou passar no drive thru localizado na Avenida Ipiranga, bairro Partenon, para retirada. Além disto, o Supermago também trabalha fortemente a interação da marca para com as crianças, procurando passar um sentimento de alegria através da ambientação das lojas e do mascote Maguinho. De acordo com Patrícia, todas as quintas-feiras, na loja Boa Vista - localizada ao lado de duas tradicionais escolas privadas, Província de São Pedro e Monteiro Lobato - promove o projeto "Quinta Divertida" onde faz degustação de produtos e o mascote brinca com as crianças. "Temos ele na versão pelúcia, que faz um grande sucesso com a criançada", comemora a dirigente. Essa estratégia com as crianças, inclusive, vem ao encontro do nicho onde a rede atua e expande que são os bairros com perfis de consumidores, em sua maioria, das classes AA, A e B.
Duarte traz a estética paulista para Porto Alegre
Mercado Duarte aposta na experiência de compra inovadora na Zona Norte da capital gaúcha
/Mercado Duarte/Divulgação/JCLocalizado no Jardim Sabará, o Mercado Duarte, assim como a maioria do setor, tem uma história familiar por trás da fachada. Com 18 anos atuando no bairro da Zona Norte, o empreendimento iniciou com o casal Marcia e Isair Duarte - que tinha relação com comércio desde pequeno quando ajudava seus pais em uma fruteira. Márcia, por sua vez, começou a jornada no mundo varejista aos 13 anos, trabalhando ao lado de seus pais em um mercado de família, e posteriormente, com seus pais e irmãos. Sem planos para expandir com a abertura de novas unidades, o Mercado Duarte, segundo Suzan Nalério, analista de marketing da empresa, investiu pesado - ela prefere não revelar valores - nos últimos anos para triplicar a área e inaugurou a expansão em setembro último, passando de 700 m² para 3 mil m². Na verdade, como conta Suzan, esses planos já eram antigos. Em 2008, a empresa já havia começado a adquirir equipamentos para a nova fase. Mas, somente em 2017 começou a se concretizar o sonho de um novo projeto: criar uma loja com um conceito inovador para o bairro e expandir o espaço. A inspiração foi buscada nos moldes dos mercados paulistas, focando em elevar o padrão, tanto estético quanto de atendimento no negócio. "Apresentamos um novo conceito e formato com um amplo espaço, moderno e equipado com tecnologia de ponta", explica Suzan ao complementar que o objetivo desta guinada é oferecer qualidade, preços competitivos e atendimento diferenciado. "Estamos comprometidos em proporcionar uma experiência de compra inovadora e satisfatória para nossos clientes", afirma. Entre essas experiências, a analista destaca as novidades estéticas com as prateleiras rebaixadas, possibilitando aos clientes ver todos os corredores sobre as gôndolas. Além de investimentos em um sistema de autoatendimento nos caixas e de etiquetas eletrônicas com preços digitais nas prateleiras. A ideia do Mercado Duarte com essas atualizações é projetar-se como uma referência junto ao público classe A que prioriza qualidade no lugar de preço. "A questão de preço não concorremos com grandes redes, pois aqui contamos com a identidade do lugar e o que ele proporciona", avalia a especialista em marketing, embora destaque que o mercado trabalha com muitas promoções, além de produção própria na confeitaria e padaria e uma adega exclusiva com vinhos de diversos países. E, para conquistar ainda mais a vizinhança, a empresa prepara para 2025 a instalação de um café ao estilo coworking e um restaurante.
Da Região Metropolitana para a Capital
Mesmo com uma oferta crescente de bandeiras em Porto Alegre, algumas redes consolidadas na Região Metropolitana investem para conquistar os consumidores da Capital. Uma delas é o Super Santa Maria, de Viamão. A empresa familiar foi criada em 1980 e tem no açougue, hortifrutis e promoções via aplicativo os principais atrativos para fidelizar e aumentar sua base de clientes. A unidade inaugurada em julho deste ano no bairro São José, Zona Leste, se junta às outras duas lojas localizadas em Viamão.
Viezzer Supermercados, nascido como Padaria Nosso Pão, no bairro Nossa Senhora das Graças, na cidade de Canoas, em 1979, é outra rede que também aposta suas fichas em Porto Alegre. Em dezembro de 2023 abriu uma loja dentro condomínio Ecoville, no bairro Sarandi, Zona Norte. Com 900 m² de área de vendas e mix com 15 mil produtos, foi a nona filial da rede que possui seis lojas em sua cidade de origem e duas em Esteio.
*Carmen Carlet, jornalista formada pela Famecos, Pucrs. Atuou como colunista, repórter e correspondente de veículos especializados em propaganda e marketing. Atualmente, trabalha com assessoria de comunicação, produção de conteúdo e conexões criativas.