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Publicada em 22 de Setembro de 2024 às 16:17

Instituto Unimed Porto Alegre leva projeto sustentável para a Praça Maurício Cardoso

Foram instaladas lixeiras para promover o descarte correto de dejetos na praça, primeira a adotar este tipo de conceito

Foram instaladas lixeiras para promover o descarte correto de dejetos na praça, primeira a adotar este tipo de conceito

/Instituto Unimed/Divulgação/JC
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Miguel Campana
Desde o ano passado, os resíduos da Praça Maurício Cardoso, localizada no bairro Moinhos de Vento, são geridos de forma sustentável. É a primeira praça de Porto Alegre a adotar o conceito de sustentabilidade. A autoria do projeto é do Instituto Unimed Porto Alegre, com participação da empresa Trashin e da Associação Amigos da Praça Maurício Cardoso. A iniciativa também contou com a parceria da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, por meio da Secretaria de Parcerias (SMP) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre (Smamus).
Desde o ano passado, os resíduos da Praça Maurício Cardoso, localizada no bairro Moinhos de Vento, são geridos de forma sustentável. É a primeira praça de Porto Alegre a adotar o conceito de sustentabilidade. A autoria do projeto é do Instituto Unimed Porto Alegre, com participação da empresa Trashin e da Associação Amigos da Praça Maurício Cardoso. A iniciativa também contou com a parceria da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, por meio da Secretaria de Parcerias (SMP) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre (Smamus).
Como parte do projeto, foram instaladas na Praça Maurício Cardoso lixeiras totalmente sustentáveis e um container de mil litros, que funciona como estação de resíduos. Este dispositivo permite o armazenamento correto para o lixo, antes que este seja coletado e destinado adequadamente.
Também foram colocadas na praça duas bituqueiras para descarte correto de cigarros, além de dois coletores com jardim auto irrigável no topo, que geram economia de água. Estes dois aparelhos apresentam um QR Code para divulgação de uma página com detalhes do projeto e dados da coleta feita. O fornecimento e a instalação dos dispositivos foi feita pela empresa Trashin.
O trabalho de reaproveitamento do lixo também é feito pela Trashin. Após ser coletado na Praça, o lixo produzido é então destinado para o Espaço Trashin, um laboratório de gestão de resíduos, onde é submetido a um processo de triagem. Em seguida, os materiais são levados para a reciclagem. De acordo com material do Instituto Unimed Porto Alegre, já foram coletados na praça 619 kg entre papel, plástico, metal e vidro.
Além de sua importância do ponto de vista ambiental, o processo proporciona a geração de renda extra para os profissionais da cadeia de reciclagem.
Conforme o gerente executivo operacional do Instituto Unimed Porto Alegre, Gerson Silva, a iniciativa integra as ações de sustentabilidade da Unimed, que busca engajar as pessoas para a valorização e cuidado com o meio ambiente e converge com os princípios ESG (Environmental, Social and Governance).
O envolvimento do Instituto Unimed Porto Alegre com questões ambientais data de 2021, quando foi criado um projeto de sustentabilidade baseado na conscientização para o melhor tratamento do lixo produzido pela instituição.
"Nós começamos com o ambiente interno, com coletores de lixo, mas entendemos que precisávamos ter um processo de transformação social que promovesse educação/aculturamento sobre o tema dentro da cooperativa e também gerasse um valor social", explica.
Para isso, o Instituto Unimed Porto Alegre entrou em contato com a Trashin, uma startup que surgiu com o objetivo de tratar os resíduos produzidos e gerar renda extra para os recicladores. O Instituto identificou a Praça Maurício Cardoso como potencial parceiro para o projeto.
"A Praça Maurício Cardoso está localizada a cerca de 350 metros do Centro de Diagnóstico Unimed, e foi a escolhida para receber o projeto piloto. Durante dois anos, o Instituto estará à frente da ação que também busca inspirar outras organizações no cuidado com a nossa cidade", enfatiza Silva.
 

Associação trouxe o público de volta para a praça

Foram instalados dois coletores com jardim auto irrigável, que evitam o desperdício de água

Foram instalados dois coletores com jardim auto irrigável, que evitam o desperdício de água

Instituto Unimed / Divulgação / JC
Encabeçada pela moradora Maria do Carmo, a Associação Amigos da Praça Maurício foi criada para promover a recuperação da Praça. "Preocupadas com sua segurança, as pessoas nem entravam mais no local. Por isso, a Associação começou a criar atividades que trouxessem o público de volta. Também fizemos reformas pontuais, como por exemplo na iluminação do espaço", explica Maria do Carmo.
Em uma das atividades desenvolvidas, uma moradora da região propôs à Associação para que esta entrasse em contato e firmasse uma parceria com a Unimed, onde a referida moradora trabalhava. Como a Unimed já estava trabalhando com métodos corretos de descarte de lixo, a proposta da instituição para os moradores do entorno da praça foi de colocar as lixeiras, para que os diferentes tipos de lixo pudessem ser tratados.
Através do relatório da Trashin, que também é resultado da parceria com o Instituto Unimed Porto Alegre, é possível observar o índice de aproveitamento dos resíduos coletados. A diretora da Associação destaca, ainda, a importância do trabalho de zeladoria feito na praça de segunda a sábado. "Os zeladores fazem a limpeza do local e também fazem uma primeira separação do lixo, além de serem responsáveis pela segurança", explica Maria do Carmo.
De acordo com a diretora, a Associação organiza um coral durante a época de Natal, uma sessão de cinema na própria praça e um jantar sob a noite estrelada. Também são realizadas atividades de troca de livros entre as crianças e de roda de palestras.
"As pessoas que trabalham no entorno vão ali depois do almoço porque o ar é mais fresco. Os moradores da região passeiam com seus animais, e o parquinho está sempre cheio de crianças. Nós conseguimos resgatar a convivência dentro da praça, que era algo que fazia tempo que não tínhamos", explica Maria do Carmo.
 

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