Gabriel Eduardo Bortulini, especial para o JC*
Setor industrial da cidade do Norte do Rio Grande do Sul arrecada mais de R$ 2 bilhões, anualmente. No entanto, com os terrenos do antigo Distrito Industrial lotados, empresas e poder público precisaram procurar novas áreas para comportar as ampliações das unidades produtivas. A solução foi encontrada nas margens das rodovias, rumo a Santa Catarina, ao Norte, e em direção a Passo Fundo, ao Sul.

Com uma população de mais de 105 mil habitantes, de acordo com os dados do IBGE (2022), a cidade tem a segunda maior população da região
/Prefeitura de Erechim/Divulgação/JCHá décadas, a indústria é uma das bases econômicas de Erechim, na região do Alto Uruguai, no Norte do Estado. O antigo Distrito Industrial Irany Jaime Farina, fundado em 1978, foi um dos grandes responsáveis pela expansão econômica do setor secundário da cidade, a maior e mais populosa do Alto Uruguai.
A expansão do parque industrial impulsionou o rápido crescimento do município, que chegou a alcançar uma taxa quatro vezes maior do que a média brasileira. No entanto, há anos, os empresários procuram novos espaços para construir ou ampliar suas instalações. Essa necessidade é decorrente da total ocupação dos terrenos do antigo Distrito Industrial. Apesar de possuir uma área de um milhão de metros quadrados, o distrito está lotado, com 34 empresas.
Dentre elas, estão ali indústrias renomadas nacional e internacionalmente, como a Comil, uma das mais importantes montadoras de ônibus do Brasil, presente em mais de 30 países. Também estão instaladas no lugar empresas como a Brastelha, protagonista no mercado de telhas na região Sul do Brasil, e a Cavaletti, uma das maiores produtoras de cadeiras para escritório do País e referência na América Latina.
Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Erechim registrou, no ano de 2021, um PIB de R$ 6,88 bilhões. Trata-se de um incremento de mais de R$ 1,02 bilhão em comparação com os dados de 2020. Desse montante, o setor industrial foi responsável por pouco mais de R$ 2,04 bilhões do Valor Adicionado Bruto (VAB), o que corresponde a quase um terço do total do PIB (Produto Interno Bruto).
Com uma população de mais de 105 mil habitantes, de acordo com os dados do IBGE (2022), Erechim apresenta também a segunda maior população entre os municípios da porção que inclui o Norte do Estado, além das regiões Noroeste e Missões. Esses valores mostram a importância das indústrias para a economia erechinense, líder no segundo setor entre essas três grandes regiões.
Como comparação, a cidade de Passo Fundo, a maior deste recorte, com quase o dobro da população de Erechim, somou apenas R$ 1,43 bilhão de VAB Industrial no ano de referência de 2021. Ou seja, R$ 600 milhões a menos que o município do Alto Uruguai.
Fica evidente o impacto do setor industrial para a Erechim e para toda a região, que disputa o mercado industrial também com os municípios de Santa Catarina a poucos quilômetros de distância. Para manter esse protagonismo, Erechim conta com dois polos industriais já estabelecidos e um terceiro, recentemente inaugurado na parte Norte da cidade.
O mais antigo deles é o Distrito Industrial Irany Jaime Farina, que abriga grandes empresas desde a década de 1970. No entanto, devido à lotação, a cidade precisou investir em novas áreas, a fim de comportar grandes empreendimentos, além de expansões de empresas já consolidadas. Para suprir essa necessidade, nos últimos anos, os investimentos públicos e privados voltaram-se para dois pontos opostos na cidade.
Na BR-153, em direção a Concórdia, um novo Distrito Industrial foi inaugurado em abril de 2023 e já começa a receber as primeiras instalações. Do outro lado, em direção a Passo Fundo, na parte Sul, foi criado o "Corredor do Desenvolvimento" nas margens da RS-135, que já abriga empresas há alguns anos.
Valor Adicionado Bruto (VAB) Industrial das cidades do Norte, Noroeste e Missões
1º Erechim: R$ 2,04 bilhões
2º Passo Fundo: R$ 1,43 bilhão
3º Panambi: R$ 1,3 bilhão
4º Horizontina: R$ 1,18 bilhão
5º Ijuí: R$ 1,14 bilhão
Fonte: IBGE (2021)
Investimentos são realizados para resgatar a credibilidade das cooperativas

Para Farina, o mais importante é reconquistar a confiança dos cooperados
/Agricoop/Orange Agência/Divulgação/JCUm recente investimento na RS-135 vem da Agricoop - Cooperativa Agrofamiliar, que, nos últimos anos, passou por reestruturações, incluindo a incorporação de outras cooperativas. Uma das maiores novidades foi a inauguração de uma fábrica de rações para nutrição animal, nas margens da rodovia, num terreno adquirido há cerca de 10 anos. A Agricoop tem sede no Centro de Erechim e atende a associados de toda a região do Alto Uruguai. A cooperativa está completando 30 anos em 2024. No ano passado, o faturamento chegou a R$ 98 milhões. Desse número, o leite é o responsável por mais da metade da arrecadação.
Inicialmente, até a inauguração da fábrica em março de 2023, foram investidos R$ 11 milhões. Hoje, com algumas ampliações e a construção de quatro silos para armazenamento de rações e insumos, o investimento já supera os R$ 15 milhões.
Seis novos funcionários foram contratados especificamente para a fábrica, que opera de maneira automatizada em todas as fases do processo. "É um sistema totalmente informatizado, robotizado e moderno, que é mantido por oito funcionários. O principal benefício foram os empregos indiretos que essa fábrica possibilitou, desde o transporte até o destino final do produto", comentou Mário Farina, presidente da Agricoop.
Hoje, a fábrica tem a capacidade de produzir 15 toneladas de ração por hora. Segundo Farina, essa produção pode ser ainda maior. Também nas margens da RS-135, em conjunto com a fábrica, a Agricoop possui um armazém para sementes, defensivos e insumos.
A fábrica já demonstra resultado no faturamento da cooperativa. A previsão para 2024 é de um faturamento de mais de R$ 120 milhões. Desse número, a produção de rações já corresponde a cerca de 20% do total.
"O mais importante, para além do faturamento, é essa confiança que estamos reconquistando na região, em que as cooperativas passaram por momentos muito difíceis de perda de credibilidade nos últimos anos", observou Farina.
Isso é evidenciado pelo interesse dos produtores. Atualmente, a cooperativa soma cerca de 1.620 associados de toda a região, dentre os quais mais da metade são regularmente ativos. A cada mês, a Agricoop recebe cerca de oito novos associados.
"Há bastante procura, incluindo antigos associados que desejam voltar. Isso é importante, porque demonstra a credibilidade da cooperativa e isso está muito relacionado com os investimentos", pontuou. Ainda, a Agricoop tem filiais em São Valentim e em Aratiba. Recentemente, uma unidade também está em construção na cidade de Centenário.
'Corredor do Desenvolvimento', trecho da RS-135, cumpre função de distrito industrial
O "Corredor do Desenvolvimento" foi assim nomeado em 2011. No decorrer de mais de uma década, as bordas da rodovia passaram por obras e começaram a receber as sedes de algumas empresas. O "Corredor do Desenvolvimento" é um trecho da RS-135 que cumpre a função de um Distrito Industrial. Fica às margens da RS-135, na saída de Erechim para Passo Fundo.
A rodovia recebe indústrias de diversos segmentos. Por ali, estão instaladas unidades algumas das maiores empresas sediadas na região, a exemplo da Olfar e 3Tentos, que movimentam, anualmente, bilhões de reais em processamento de soja e biocombustível. Além delas, outros empreendimentos de renome estão localizados nas margens da RS-135. É o caso da Triel-HT, do ramo industrial de equipamentos rodoviários. Ainda, a rodovia comporta instalações de cooperativas agrícolas como a Agricoop e uma nova unidade industrial da Brastelha. Já são mais de 30 empresas.
Para além das indústrias, o trecho ainda abriga, desde 2010, o campus de Erechim da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), além de outras empresas tradicionais, como a Ervateira Rei Verde, que mantém sua sede há décadas no lado Leste da RS-135. O trecho vai desde o Comando Rodoviário de Erechim, no início da RS-135, até as proximidades da UFFS. A previsão é de que mais empresas se instalem nos próximos anos.
Brastelha centralizará produções em novo parque fabril até o primeiro semestre de 2025

Empresa investiu em torno de R$ 130 milhões para a construção de uma nova unidade
/Brastelha/Divulgação/JCNos últimos anos, a Brastelha investiu em torno de R$ 130 milhões para a construção de uma nova unidade de aproximadamente 20 mil metros quadrados na RS-135. A nova planta foi estabelecida numa área total de 300 mil metros quadrados, de frente à nova fábrica da Agricoop, do outro lado da rodovia.
O parque fabril abrigará as três plantas da empresa, atualmente localizadas no Distrito Industrial Irany Jaime Farina. Assim, a Brastelha conseguirá centralizar os processos produtivos com a filial, responsável pela produção das telhas e painéis com núcleo isolante em espuma rígida de poliisocianurato (PIR), que já está em funcionamento no local.
A centralização das unidades representará uma economia para a Brastelha. A obra deve se concretizar até o primeiro semestre de 2025, quando todos os produtos industrializados pela Brastelha serão produzidos em uma única unidade. Tratava-se de uma dificuldade histórica da empresa que, recentemente, investiu em um maquinário italiano inédito no Rio Grande do Sul.
A nova unidade é composta por uma linha contínua para produção de painéis e telhas. Atualmente, são produzidos cerca de 130 mil metros quadrados desses produtos. No entanto, a perspectiva é de atingir a capacidade total de produção até o final de 2024, chegando a 210 mil metros quadrados de produção em três turnos de trabalho. Será um considerável aumento produtivo mesmo para a empresa do porte da Brastelha, hoje referência no mercado de telhas no Rio Grande do Sul.
"O início das atividades da nova fábrica, que passou a produzir as telhas e painéis com núcleo isolante em PIR, possibilitou um incremento de 80% do faturamento da empresa, gerando hoje 50 novos postos de trabalho, que serão somados aos mais de 200 colaboradores que atualmente fazem parte do quadro de funcionários da Brastelha", disse o diretor da empresa, Walmir Badalotti.
Para além da nova unidade no "Corredor do Desenvolvimento", a Brastelha tem projetos de expansão a serem implementados até 2030, como a aquisição de novos equipamentos para a produção de telhas metálicas utilizadas em residências. Segundo Badalotti, a produção será feita em escala, "possibilitando atender tanto o mercado brasileiro como os países do Mercosul".
Há ainda a previsão da continuidade da expansão do parque fabril na RS-135, o que inclui a transferência da fábrica de poliestireno expandido (EPS), atualmente localizada no Distrito Irany Jaime Farina. Isso deve ocorrer entre 2026 e 2028, com a construção de aproximadamente mais 10 mil metros quadrados na nova unidade.
Além da Brastelha, a Triel-HT foi outra grande indústria beneficiada pela concentração produtiva na RS-135. Nos últimos anos, a empresa do segmento de implementos rodoviários, logística agroindustrial e viaturas especiais instalou unidades da Versátil e Usitec, duas marcas do grupo Triel-HT, no "Corredor do Desenvolvimento". A proximidade facilitou o deslocamento e o transporte de matéria-prima entre as unidades.
Rumo ao Norte: um novo distrito ganha contornos

Estimativa é gerar até 1,5 mil novos empregos e, embora as empresas ainda estejam em fase de instalação, os investimentos já apresentam impacto positivo na economia erechinense
Prefeitura de Erechim/Divulgação/JCCruzando pela cidade de Erechim em direção a Concórdia, no sentido Norte, a BR-153 ganhou um novo polo dedicado às grandes empresas. Trata-se do Distrito Industrial Giácomo Madalozzo, que ocupa uma área de mais de 412 mil metros quadrados. O Distrito Industrial Norte, como também é conhecido, foi construído no bairro industrial Davide Zorzi e inaugurado em abril de 2023. Os terrenos possuem áreas entre 3 mil e 14 mil metros quadrados.
O distrito já conta com toda a infraestrutura finalizada, desde o asfaltamento até a rede de abastecimento de água e iluminação. O espaço também comporta uma área de preservação permanente (APP), além de três áreas verdes. Na atual fase, 16 empresas já iniciam as obras de instalação no novo terreno.
O distrito Giácomo Madalozzo já recebeu R$ 25 milhões em investimentos públicos. Até o final das obras, a projeção é de que sejam investidos cerca de 170 milhões pela iniciativa privada. Por conta do prazo estipulado, a grande parte desse montante estará investido até o final deste ano.
Uma dessas empresas é a Plaxmetal, que praticamente dobrou o seu espaço físico nos últimos anos. Os investimentos da empresa já somam mais de R$ 60 milhões, apenas na ampliação da área no novo Distrito Industrial. A indústria produz cadeiras corporativas e hoje emprega mais de 500 funcionários.
A estimativa é de que o novo distrito gere até 1.500 novos empregos. No entanto, embora as empresas ainda estejam em fase de instalação, os investimentos já apresentam impacto positivo na economia erechinense.
WTEC investirá R$ 35 milhões para construção de planta de 10 mil metros quadrados
A WTEC é uma empresa do ramo mobiliário, fundada em 1991, quando era conhecida como Biccaplast. Nos primeiros anos, atuava com conformação de aço, além da fabricação de arruelas e estantes. Posteriormente, também começou a fabricar e trabalhar com peças plásticas. Atualmente, a empresa conta com escritórios em Erechim e em São Paulo e reúne três marcas: nas linhas de móveis organizacionais, móveis para bibliotecas e de armários inteligentes.
O atual parque fabril da WTEC está localizado no antigo Distrito Industrial Irany Jaime Farina, numa área construída de 9 mil metros quadrados. Contudo, a falta de espaço do antigo distrito obrigou a empresa a procurar por novos terrenos.
Segundo o diretor-geral da empresa Paulo César Bicca, a WTEC vai instalar sua nova planta no Distrito Giácomo Madalozzo a partir de 2025. A projeção é de que a obra esteja concluída no mesmo ano.
Serão investidos cerca de R$ 35 milhões para a construção de uma planta de 10 mil metros quadrados. A nova área vai garantir mais espaço de produção e armazenamento, possibilitando novas linhas de produção e novos produtos. A expansão vai dobrar a capacidade produtiva da empresa, gerando um incremento de cerca de 20% ao ano no faturamento da empresa, pelos próximos cinco anos, segundo a avaliação do Diretor Geral da WTEC.
"É um projeto vital para a continuidade do nosso desenvolvimento", assegurou Paulo César Bicca.
A empresa tem hoje 330 funcionários e a previsão é de que a obra gere 150 novos empregos nos próximos três anos. Futuramente, o parque fabril ainda receberá novas ampliações. "Temos a noção de que serão necessários mais 8 mil metros quadrados neste local", projetou.
Novo distrito industrial contemplará diversos segmentos

Local irá beneficiar negócios do ramo de luminárias, metalmecânico e de insumos
/Prefeitura de Erechim/Divulgação/JCO Distrito Industrial Giácomo Madalozzo vai beneficiar empresas de diferentes segmentos. Estão habilitadas para instalarem suas unidades empresas como a ESBLIGHT, do ramo industrial de luminárias LED, a N. Michelin, que atua com a fabricação de acessórios de combate a incêndios, e a Erenge, do setor de construção civil. Ainda, o novo distrito vai comportar indústrias metalmecânicas, de insumos agropecuários e agroveterinários, além de fábricas do ramo alimentício.
É o caso, por exemplo, da Gasparin Cereais, que está prestes a iniciar as obras no novo distrito. Segundo Bruno Gasparin, diretor financeiro da empresa, o projeto está em fase final e a previsão é de que, já neste mês de julho, sejam iniciados os primeiros passos da obra, com a terraplanagem.
Depois disso, será possível finalizar o orçamento geral da construção civil, que deve ter início entre o final de agosto e o começo de setembro. Apenas na primeira fase das obras, serão investidos cerca de R$30 milhões.
Posteriormente, no decorrer do primeiro e do segundo ano da instalação da empresa no novo terreno, mais investimentos serão necessários. A atual previsão é de que o investimento possa chegar ao total de R$ 40 milhões nesse período.
A Gasparin Cereais atua no ramo alimentício desde 2010, com foco em açúcar, arroz e feijão. A planta de Erechim é dedicada somente ao açúcar cristal. Os demais produtos são terceirizados com outros parceiros. Entretanto, a indústria sentiu a necessidade de expansão quando foi preciso produzir outros tipos de açúcares, como o mascavo e o demerara. Além disso, a atual sede dificultava as operações da empresa, que exige um amplo espaço para veículos e maquinários.
"Nós estamos num pavilhão em que não cabem mais máquinas e nós precisamos de mais maquinário", relatou o diretor financeiro da empresa. A Gasparin está sediada justamente no antigo Distrito Industrial. A expansão para o novo terreno no Bairro Davide Zorzi vai permitir, além disso, outras implementações.
"Vamos melhorar muito em eficiência, em controles, em automação, que aqui não tem como fazer, por conta da limitação do espaço físico", esclareceu Gasparin.
O investimento em um espaço mais amplo terá consequências positivas também na geração de empregos. Atualmente, a empresa conta com cerca de 50 funcionários. Segundo Gasparin, já nesse primeiro momento, a projeção é de aumentar o número de empregados em 25% a 50%, assim que a empresa estiver instalada no novo terreno. "No decorrer dos dois primeiros anos, a perspectiva é de dobrar esse número", finalizou.
Um novo loteamento será preparado para receber micro e pequenas empresas
Erechim também prepara uma novidade aos pequenos empreendedores: um novo loteamento destinado às micro e pequenas empresas está em fase de projeto. O terreno está localizado na mesma BR-153, a poucos metros do Distrito Giácomo Madalozzo, no bairro industrial Davide Zorzi.
O loteamento será construído numa área de 66 mil metros quadrados e a previsão é de que ele comporte 32 lotes de até 1.500 metros quadrados cada. O projeto tem previsão para iniciar as obras já no início de 2025.
Tanto o projeto do Distrito Giácomo Madalozzo quanto o novo loteamento para micro e pequenas empresas são Parcerias Público-Privadas (PPPs). O município se encarrega dos investimentos de infraestrutura. As empresas têm um subsídio na compra do terreno, com a contrapartida de se instalarem nos lotes em até um ano.
As rodovias são estratégicas para o escoamento dos produtos industrializados em Erechim. A RS-135 é a principal conexão entre o município e Passo Fundo e também a rota mais utilizada com destino à capital do Estado.
Já no sentido Norte, a Transbrasiliana, BR-153, é o caminho mais curto para Concórdia, em Santa Catarina, além de ser uma das principais estradas de acesso ao estado vizinho. Aliás, além do "Corredor do Desenvolvimento" na RS-135, existe uma via paralela da Transbrasiliana, no lado Oeste, também entre Erechim e Passo Fundo. A rota já é acessada por algumas empresas instaladas ali, como é o caso da Triel-HT. Entretanto, esse trecho da BR-153 aguarda por obras de asfaltamento há décadas.
Existe, inclusive, a expectativa de que a pavimentação ocorra nos próximos anos, uma vez que o trecho de 61 quilômetros foi incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conforme anunciou o governo federal em março. Caso o asfaltamento se concretize, toda essa região também poderá se tornar parte do "Corredor do Desenvolvimento".
*Gabriel Eduardo Bortulini é graduado em Jornalismo pela UFSM e tem mestrado e doutorado em Escrita Criativa pela PUCRS. É um dos fundadores da Oxibá Casa da Escrita, onde trabalha com leitura crítica e lapidação de textos. Tem textos publicados em jornais, livros e revistas. "Refúgio para bisões", seu romance de estreia, conquistou o terceiro lugar no prêmio Biblioteca Digital do Paraná e foi publicado pela Matria Editora, em 2024.