Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 20 de Junho de 2024 às 16:26

Wert Estada & Co cria campanha SOS RS para devolver casas aos desabrigados

Casa modular da campanha SOS RS da Wert Estada & Co

Casa modular da campanha SOS RS da Wert Estada & Co

Wert Estada & Co / Divulgação / JC
Compartilhe:
Miguel Campana
Comovida com a situação das vítimas das enchentes no RS, a incorporadora imobiliária Wert Estada & Co anunciou a campanha SOS RS para os meses de junho e julho deste ano. A ação solidária consiste no repasse de 15% do lucro com as vendas de unidades em Gramado e Canela para a construção de casas modulares para famílias desabrigadas. O objetivo da empresa é arrecadar R$ 12 milhões e, com este valor, construir até 250 casas.
Comovida com a situação das vítimas das enchentes no RS, a incorporadora imobiliária Wert Estada & Co anunciou a campanha SOS RS para os meses de junho e julho deste ano. A ação solidária consiste no repasse de 15% do lucro com as vendas de unidades em Gramado e Canela para a construção de casas modulares para famílias desabrigadas. O objetivo da empresa é arrecadar R$ 12 milhões e, com este valor, construir até 250 casas.
O montante estimado pela Wert representa 15% do Valor Geral de Vendas das unidades dos empreendimentos Áureo, Gorjeio e Venusto, que está na casa dos R$ 84 milhões. O VGV é a soma do valor potencial de venda de cada uma das unidades desses empreendimentos.
O cliente que comprou um apartamento da Wert poderá indicar uma família para receber a casa modular. Caso isso não aconteça, a própria empresa entrará em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Social da cidade escolhida. As casas serão entregues para as famílias que já possuem o terreno. O diretor da Wert, Giovani Ghisleni, acredita que a maior demanda por casas virá da Região Metropolitana de Porto Alegre, muito atingida pelas enchentes.
"A Wert designou três tipos de casa, sendo que elas podem ser de um ou de dois dormitórios. A estrutura da casa muda conforme o tamanho da família. De forma geral, o custo de construção gira em torno de R$ 80 mil", explica Giovani. Segundo ele, a expectativa é que as casas comecem a ser entregues cerca de 40 dias após a venda do apartamento da Wert e o repasse dos 15% para a empresa construtora.
De acordo com Giovani, a negociação com a construtora serve como uma prestação de contas. "O nosso objetivo é que o cliente mesmo pague o fornecedor para ficar o mais transparente possível. Esse percentual não chega na Wert; ele vai direto para a empresa que fará a produção das casas", complementa.
 

Modular Construções produz casas a partir de madeira ou de material de container marítimo

A Wert entrou em contato com a Modular Construções, empresa especializada na produção de casas modulares, e apresentou a ideia da campanha. A parceria foi fechada e ficou acordado que os 15% do valor de cada venda seriam encaminhados diretamente para a Modular. De acordo com a gestora da construtora, Emily Mayer, a empresa também já promovia uma divulgação própria das casas emergenciais com custo-benefício e prazos que atendessem às famílias atingidas pelas enchentes.
"A construção das casas ocorre na própria sede da empresa, localizada em Gravataí. Nós temos um pátio aberto, onde fica a linha de produção. O cliente vai até a Modular fazer uma vistoria e depois a transportadora coleta a casa e faz a descarga no terreno do cliente", explica Emily. O transporte da casa é realizado por uma empresa terceirizada indicada pela Modular.
Se a casa está sendo transportada, significa que está pronta e que já contém estrutura elétrica, hidráulica e de isolamento. Para receber o módulo pronto, a família precisa fazer uma base. A Modular fornece um croqui com as medidas da estrutura para que a família planeje e prepare o terreno. Após a descarga da casa, a família deve fazer a ligação dos módulos da elétrica e da hidráulica com a rede já existente no terreno. "As construções são bem rápidas. Normalmente, nós pedimos em torno de 30 dias úteis. A nossa linha de produção se modifica e adapta conforme a demanda", observa Emily.
As casas da Modular podem ser construídas com madeira e também com o material de container marítimo. Como a madeira é produzida do zero pela Modular, é possível personalizar e especificar as medidas. O container marítimo, por outro lado, já possui uma medida padrão.
Tanto as casas de madeira quanto aquelas feitas de container possuem os mesmos revestimentos internos, com isolamento e gesso acartonado. Este tipo de gesso é mais prático que o convencional e não depende de argamassa; no seu revestimento, é utilizado papel-cartão. A estrutura das casas também apresenta um painel de fibras de madeira chamado MDF (Medium Density Fiberboard). Além de ser sustentável, o material não sofre grandes variações de tamanho ou forma quando confrontado com mudanças de temperatura ou umidade.
No revestimento do teto, a Modular utiliza PVC (policloreto de vinila), material resistente que funciona como isolante térmico e acústico. As casas também contam com vidro temperado, que passou por tratamento térmico para modificação de características como dureza e resistência mecânica.
Para colaborar com a realização da campanha, a Modular adotou algumas medidas, como redução de custos, margens e prazos de construção. Além disso, foi contratada uma equipe extra para operar na linha de produção e elaborada uma parceria com outras empresas.
Emily valoriza o esforço e a união de empresas do ramo imobiliário pela recuperação do Rio Grande do Sul. "Depois das doações de alimentos e colchões, o povo precisa de casa. É um recomeço para as pessoas atingidas pelas enchentes", finaliza.
 

Notícias relacionadas