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Publicada em 01 de Junho de 2024 às 16:00

Mercado de seguros será marcado no futuro pela prevenção de riscos

Altevir Dias do Prado, superintendente executivo da Bradesco Seguros, destaca que seguro residencial oferece coberturas contra enchentes e alagamentos

Altevir Dias do Prado, superintendente executivo da Bradesco Seguros, destaca que seguro residencial oferece coberturas contra enchentes e alagamentos

Bradesco/Divulgação/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
O mercado de seguros para equipamentos agrícolas está se preparando para um futuro marcado pela prevenção de riscos, especialização e digitalização, para atender às necessidades do setor e dos agricultores como um todo. No Brasil, o agronegócio enfrenta uma série de desafios em razão de eventos climáticos extremos, que também têm um impacto direto no mercado de seguros. Entre os principais riscos estão as secas prolongadas, chuvas intensas e enchentes, granizo, geadas fora de época e ondas de calor extremo. Para Altevir Dias do Prado, superintendente executivo da Bradesco Seguros Agronegócio, para mitigar esses riscos, os agricultores podem recorrer a diversas estratégias, sendo uma delas a contratação de seguro para proteção de equipamentos agrícolas. "É fundamental adotar práticas agrícolas preventivas e diversificar as culturas cultivadas para aumentar a resiliência do sistema agrícola", ressalta. Em 2023, a Bradesco Seguros cresceu cerca de 15% em contratações, alcançando o montante de R$ 801 milhões entre os meses de janeiro a dezembro do ano passado. O crescimento, segundo Prado, ocorreu muito por conta dos novos modelos de trabalho, que estão mais consolidados. "Como muitas pessoas trabalham em casa e passam mais tempo no lar, aumentou a percepção de eventuais riscos e a busca por soluções mais rápidas e de fácil acesso para os problemas que aparecem", destaca.
O mercado de seguros para equipamentos agrícolas está se preparando para um futuro marcado pela prevenção de riscos, especialização e digitalização, para atender às necessidades do setor e dos agricultores como um todo. No Brasil, o agronegócio enfrenta uma série de desafios em razão de eventos climáticos extremos, que também têm um impacto direto no mercado de seguros. Entre os principais riscos estão as secas prolongadas, chuvas intensas e enchentes, granizo, geadas fora de época e ondas de calor extremo. Para Altevir Dias do Prado, superintendente executivo da Bradesco Seguros Agronegócio, para mitigar esses riscos, os agricultores podem recorrer a diversas estratégias, sendo uma delas a contratação de seguro para proteção de equipamentos agrícolas. "É fundamental adotar práticas agrícolas preventivas e diversificar as culturas cultivadas para aumentar a resiliência do sistema agrícola", ressalta. Em 2023, a Bradesco Seguros cresceu cerca de 15% em contratações, alcançando o montante de R$ 801 milhões entre os meses de janeiro a dezembro do ano passado. O crescimento, segundo Prado, ocorreu muito por conta dos novos modelos de trabalho, que estão mais consolidados. "Como muitas pessoas trabalham em casa e passam mais tempo no lar, aumentou a percepção de eventuais riscos e a busca por soluções mais rápidas e de fácil acesso para os problemas que aparecem", destaca.
Empresas & Negócios - Quais eventos climáticos extremos oferecem riscos para o agronegócio no Brasil, e consequentemente, afetam o mercado de seguros. É possível diminuir as perdas?
Altevir Dias do Prado - No Brasil, o agronegócio enfrenta uma série de desafios devido a eventos climáticos extremos, que também têm um impacto direto no mercado de seguros. Entre os principais riscos estão as secas prolongadas, chuvas intensas e enchentes, granizo, geadas fora de época e ondas de calor extremo. Por sermos um País tropical estes fenômenos são nossos velhos conhecidos, o que de certa forma deixa o mercado de seguros sempre alerta. Devidos aos desequilíbrios climáticos dos últimos tempos, esses eventos se tornaram mais frequentes e a percepção de risco aumentou. Para o produtor rural ter um equipamento parado, poderá causar enormes prejuízos. Muitos destes equipamentos agrícolas possuem alto valor, no qual usualmente são financiados por meio de instituições financeiras, fazendo com que a contratação do seguro seja anda mais primordial, pois além da reposição do bem, respalda o produtor rural de uma possível inadimplência junto à instituição financeira que concedeu o crédito em caso de uma perda total do equipamento. Para mitigar esses riscos, os agricultores podem recorrer a diversas estratégias, sendo uma delas a contratação de seguro para proteção de equipamentos agrícolas. Além disso, é fundamental investir em sistemas de monitoramento meteorológico, adotar práticas agrícolas preventivas e diversificar as culturas cultivadas para aumentar a resiliência do sistema agrícola. Embora seja impossível eliminar completamente os riscos associados ao clima, medidas proativas e o uso do seguro podem ajudar a minimizar as perdas e promover a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
E&N - Quais são as tendências do setor segurador agrícola para os próximos anos?
Prado - Nos próximos anos, o mercado de seguros para equipamentos agrícolas enfrentará desafios, mas também oportunidades. Espera-se uma demanda crescente por seguros especializados, à medida que os equipamentos agrícolas se tornam mais complexos e valiosos. Isso impulsionará o desenvolvimento de produtos personalizados, ajustados às necessidades específicas de cada cliente e tipo de equipamento. Além disso, a integração de tecnologias digitais, como drones e análise de dados, facilitará a subscrição de seguros e a gestão de sinistros. Além disso, com a crescente preocupação com as mudanças climáticas, haverá uma ênfase maior na prevenção de riscos, com as seguradoras oferecendo serviços e coberturas específicas para estas situações. Em suma, o mercado de seguros para equipamentos agrícolas está se preparando para um futuro marcado pela especialização, digitalização e prevenção de riscos, visando atender às necessidades em constante evolução do setor e dos agricultores como um todo.
E&N - Que investimentos em tecnologia estão sendo realizados no setor?
Prado - No setor de seguros, os investimentos em tecnologia estão se concentrando principalmente na digitalização de processos e na implementação de soluções inovadoras para melhorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência operacional. As seguradoras estão adotando sistemas avançados de análise de dados, inteligência artificial e aprendizado de máquina para aprimorar a precificação de riscos, detectar fraudes e oferecer produtos mais personalizados aos segurados. Outro ponto importante de investimento é a modernização das plataformas de atendimento ao cliente, com a implementação de chatbots, assistentes virtuais e outras ferramentas de automação para fornecer suporte rápido e eficiente aos segurados. Os investimentos em tecnologia no setor de seguros visam impulsionar a inovação, melhorar a eficiência e oferecer uma experiência mais satisfatória aos clientes, ao mesmo tempo em que garantem a segurança e proteção dos dados.
E&N - Quais são os principais sinistros na região Sul?
Prado - Na Região Sul do Brasil, os principais sinistros envolvendo equipamentos agrícolas geralmente estão relacionados a eventos climáticos extremos, como tempestades de granizo, ventos fortes, enchentes e geadas, especificamente no Rio Grande do Sul tivemos recorrentes secas nos últimos 10 anos. Esses eventos climáticos podem causar danos significativos aos equipamentos agrícolas, como tratores, colheitadeiras, implementos e sistemas de irrigação. Além dos danos causados pelo clima, acidentes durante a operação dos equipamentos também são uma fonte comum de sinistros na região sul. Isso pode incluir colisões, capotamentos, incêndios e falhas mecânicas durante o uso dos equipamentos nas atividades agrícolas.
E&N - Como funciona a contratação de rastreadores de veículos na região?
Prado - Os rastreadores de veículos podem contribuir para a redução do risco de sinistros, uma vez que oferecem a possibilidade de localização e recuperação rápida em caso de roubo ou furto, o que pode resultar em menores perdas para as seguradoras e potencialmente em redução dos prêmios de seguro para os clientes. Além disso, o uso de rastreadores pode proporcionar às seguradoras uma melhor compreensão do comportamento de condução dos segurados, permitindo uma precificação mais precisa dos riscos e até mesmo incentivando práticas de direção mais seguras por parte dos motoristas. Na região Sul do Brasil, a contratação de rastreadores de veículos por parte dos motoristas é uma prática relativamente comum, especialmente entre aqueles que buscam uma maior segurança para seus veículos.
E&N - Houve um aumento na busca por proteção residencial em razão de eventos climáticos?
Prado - Em 2023, a Bradesco Seguros cresceu cerca de 15% em contratações, alcançando o montante de R$ 801 milhões entre os meses de janeiro e dezembro do ano passado. O crescimento se deu muito por conta dos novos modelos de trabalho, que estão mais consolidados. Como muitas pessoas trabalham em casa e passam mais tempo no lar, aumentou a percepção de eventuais riscos e a busca por soluções mais rápidas e de fácil acesso para os problemas que aparecem. Além disso, há uma maior percepção da população à crescente incidência de eventos climáticos. O ano de 2023 foi marcado por questões climáticas mais frequentes, impactando diretamente no aumento de ocorrências. Neste sentido, o Seguro Residencial é fundamental em um momento tão difícil, já que oferecemos coberturas contra enchentes e alagamentos.
E&N - Quais estratégias a seguradoras está adotando para lidar com esse cenário desafiador e garantir um atendimento eficiente e satisfatório aos segurados?
Prado - A seguradora oferece operações emergenciais para tratar de sinistros específicos para eventos climáticos. O ano de 2023 estabeleceu um recorde nas operações emergenciais devido a fenômenos naturais extremos, com um total de oito operações entre janeiro e dezembro, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Esse número representa um aumento significativo em comparação com 2022, que teve apenas uma operação.
E&N - Quais são os principais desafios e oportunidades do mercado segurador para os próximos anos?
Prado - O setor de seguros enfrenta uma série de desafios e oportunidades significativas. Para aproveitar essas oportunidades e superar os desafios, as seguradoras precisam adotar uma abordagem ágil, investir em tecnologia e inovação e manter um foco constante na satisfação do cliente e na gestão eficaz de riscos. Alguns dos principais desafios incluem a transformação digital, que está moldando o setor de seguros de várias maneiras, oferecendo oportunidades para melhorar a eficiência operacional, mas também criando desafios em relação à segurança cibernética e à proteção de dados. As mudanças climáticas e catástrofes naturais também representam desafios significativos, aumentando a frequência e a gravidade de eventos climáticos extremos. Por outro lado, algumas das principais oportunidades também estão relacionadas a transformação digital pois incluem a adoção de tecnologias como inteligência artificial, análise de big data e blockchain, que podem melhorar a eficiência operacional e aprimorar a experiência do cliente com produtos e serviços.
E&N - O mercado de seguros brasileiro tem muito potencial de crescimento, mas ainda da custa explorar esse potencial. O que deve ser feito para que o seguro entre no orçamento das famílias?
Prado - Para que o seguro entre no orçamento familiar é fundamental que haja conscientização sobre a importância da proteção financeira. Ações educativas e campanhas de esclarecimento podem ajudar a disseminar informações sobre os benefícios do seguro. Além disso, a oferta de produtos mais acessíveis, flexíveis e personalizáveis, que atendam às necessidades específicas das famílias, pode ser uma estratégia.

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