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Publicada em 12 de Abril de 2024 às 16:01

Sem conhecimento, motivação não leva a lugar nenhum

Américo José, sócio-diretor do Grupo Cherto

Américo José, sócio-diretor do Grupo Cherto

Grupo Cherto/divulgação/jc
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Américo José
Américo José
Sócio-diretor do Grupo Cherto
A busca constante por conhecimento e o aperfeiçoamento profissional tornaram-se pilares fundamentais para a competitividade e produtividade das empresas modernas. No cenário atual, as companhias precisam se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e às demandas dos clientes. Isso exige que os profissionais estejam sempre atualizados com as últimas tendências e tecnologias.
A ausência de capacitação resulta em um ambiente com funcionários desmotivados e inseguros, o que prejudica a qualidade do trabalho e a capacidade dos colaboradores de contribuir com sugestões e inovações em suas funções. Outros efeitos negativos da falta de treinamentos em uma empresa são a maior rotatividade de colaboradores e maiores índices de retrabalho.
Por outro lado, além dos reflexos práticos no dia a dia corporativo, o aprimoramento profissional ainda traz, como efeito indireto, um maior engajamento da equipe - e, com o engajamento, uma maior produtividade. Em paralelo, outras consequências de se manter um time treinado e atualizado são a melhoria da qualidade dos produtos e serviços - profissionais atualizados são capazes de desenvolver produtos e serviços mais inovadores e de alta qualidade - e a redução de custos operacionais.
Mas como a atualização profissional se traduz em tantos ganhos para a empresa e os seus colaboradores? Motivação sem conhecimento não levam a lugar nenhum. Mais do que entusiasmo, os profissionais precisam ter o conhecimento necessário para concluírem as tarefas com sucesso. Juntos, a vontade de chegar e o conhecimento do caminho conduzem a equipe - e a empresa, por consequência - aos seus objetivos.
Os gerentes desempenham papel fundamental em todo o processo. Profissionais em posição de liderança não devem competir com seus funcionários, mas sim treiná-los para que toda a equipe alcance resultados satisfatórios. Assim, cabe aos líderes o papel de olhar para a equipe e identificar as necessidades de cada um, proporcionando que o time esteja em constante desenvolvimento.
Um gestor com espírito de liderança é capaz de motivar e orientar seus funcionários para alcançar os objetivos da empresa. Toda equipe motivada tem por trás um gestor com grande espírito de liderança. Por isso, é importante que os líderes trabalhem em seu autodesenvolvimento para serem capazes de motivarem e liderarem suas equipes em direção aos objetivos.
No contexto atual, o treinamento híbrido - que combina o ensino presencial com o ensino a distância - constitui-se em uma ótima alternativa para a empresa oferecer aperfeiçoamento reduzindo custos, mas sem abrir mão do contato pessoal. Essa modalidade tem se tornado cada vez mais popular, pois oferece uma série de vantagens, como a flexibilidade e o custo reduzido.
Outro ponto relevante a se considerar quando se fala em aperfeiçoamento é a necessidade de os professores e mentores terem experiência na área em que estão ensinando. Atualmente, há muitos professores e mentores ensinando apenas com base teórica, sem qualquer experiência prática no assunto, o que pode comprometer a qualidade do aprendizado.
Ter profissionais experientes e capacitados para transmitir conhecimento é fundamental para garantir que os resultados sejam consistentes, independentemente das circunstância.

Sucesso do Open Finance no País depende de maior educação e geração de valor

Flavio Gaspar é diretor da Topaz

Flavio Gaspar é diretor da Topaz

Topaz/divulgação/jc
Flavio Gaspar
CPO da Topaz
O Open Finance, considerado uma evolução do Open Banking, vem se tornando cada vez mais relevante no mercado financeiro e desempenha um papel central na transformação dos ecossistemas digitais. Ao completar três anos de existência no Brasil, seu conceito, que vai além da simples abertura de dados, desafia uma colaboração mais ampla entre bancos, cooperativas, fintechs, governos e outros players do mercado.
Potencializar sua evolução depende do conhecimento e interesse da população sobre seu uso, tendo o Banco Central e demais Instituições financeiras como protagonistas dessa missão, explicando vantagens e benefícios ao consumidor. Além da pessoa física, o Open Finance possui uma capacidade extraordinária de transformar a relação entre Bancos e pequenas empresas, sempre tão necessária de capital e maior gestão financeira para suas evoluções.
Até o momento, mais de 211 mil empresas com conta bancária adotaram o instrumento no Brasil. E é justamente entre empresas que o Open Finance tem potencial enorme de crescimento. A abertura de dados de pequenas empresas gera enorme oportunidade para a inovação no mercado, acelerando a construção de ofertas de crédito aos pequenos e médios negócios, digitalizando e ampliando os horizontes de crescimento, com impacto direto na economia do País.
Mas, é justamente na falta de educação financeira sobre o tema e também na ausência de produtos inovadores a este público, que reside o grande desafio dos próximos anos. Priorizar esta agenda será fundamental para as instituições se adaptarem, inovarem e prosperarem, convertendo o Open Finance num grande motor para instituições bancárias e empresas consumidoras de produtos financeiros.
Quando falamos do cliente pessoa física, o panorama do Open Finance é um pouco diferente. Embora tenhamos cases e exemplos de inovação e ofertas de valor com o compartilhamento de dados, o mercado vive um momento de desafio para ampliar os consentimentos, visto que após 3 anos de operação, os consentimentos dados pelos early adopters, estão vencendo e as pessoas que não enxergarem valor, dificilmente renovarão tais permissões.
Neste panorama, as instituições participantes do Open Finance precisam acelerar suas iniciativas de valor, criando novos produtos e soluções relevantes para empresas e pessoas físicas, com vistas a garantir maior penetração do Open Finance na sociedade e contribuindo com todo o ecossistema financeiro. Nesse contexto, as APIs são essenciais, pois permitem a troca segura e eficiente de dados entre diferentes instituições e provedores de serviços financeiros, acelerando quase todos os processos de negócios, como onboarding, créditos, processamento de pagamentos, etc.; criando experiências superiores, que engajam e geram negócios. Muito além das APIs, é nos dados que reside o grande benefício e também, o desafio do Open Finance. Ainda, à medida que as regulamentações evoluem e a tecnologia avança, o Open Finance está emergindo como um catalisador fundamental na redefinição do setor financeiro global.
A importância do Open Finance reside não apenas em sua capacidade de impulsionar a inovação, melhorar a experiência do usuário e fomentar a concorrência, transformando o modo como as informações financeiras são acessadas, compartilhadas e usadas, mas principalmente, na forma como o consumidor passa a ser o grande protagonista de seus dados, exigindo melhores alternativas para seus negócios.
Em 2023, a adesão ao sistema dobrou, chegando a 28 milhões das pessoas com conta bancária no Brasil. Segundo a Juniper Research, o Open Banking, que consiste no compartilhamento, acesso e reutilização de dados financeiros pessoais e não pessoais, terá um crescimento de 479% entre 2022 e 2027, gerando cerca de US$ 330 bilhões em transações em cinco anos.
Proporcionar experiências financeiras mais eficientes e personalizadas aos usuários são prioridade para as organizações, para se manterem competitivas e atenderem às crescentes demandas. Para a continuidade do sucesso e crescimento do Open Finance, precisamos, em grande medida, da forte confiança dos clientes, especialmente na utilidade, valor e reutilização de dados e informações. Por outro lado, é fundamental proteger indivíduos e empresas, reforçando as estratégias de segurança e interoperabilidade e mitigando riscos associados ao acesso e ao uso de dados.
 

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