O município de Barra do Ribeiro, através de subsídios públicos e privados, deu origem ao seu programa de ajuda a animais de rua, o "Susa" - SUS Animal. A iniciativa veio de uma turma de oitavo ano da Escola São José, ainda em 2022 - hoje, são formandos prestes a ingressarem no primeiro ano do Ensino Médio. A professora de português e espanhol Clara Rutkoski Hoff foi quem promoveu a inciativa com os seus alunos quando, em uma aula sobre Gêneros Textuais, propôs que escrevessem uma petição, conforme a proposta pedagógica de aula ativa da São José. "Qual é a causa que está desassistida de tudo? Porque virou prioridade comprar alimento, comprar calçado, encaminhar as pessoas para a escola novamente, e aí a gente pensou nos animais. Porque seres vivos, amados, com muita certeza, mas muitas famílias não estavam conseguindo atender essa demanda", contextualiza, referindo-se às dificuldades financeiras sentidas pelas famílias brasileiras do pós-pandemia. "Nesse debate perceberam que aqui na cidade tinha aparecido muito mais cachorros de rua, então a gente pensou em toda essa questão animal que não estava sendo priorizada", conta Clara.
O município de Barra do Ribeiro, através de subsídios públicos e privados, deu origem ao seu programa de ajuda a animais de rua, o "Susa" - SUS Animal. A iniciativa veio de uma turma de oitavo ano da Escola São José, ainda em 2022 - hoje, são formandos prestes a ingressarem no primeiro ano do Ensino Médio. A professora de português e espanhol Clara Rutkoski Hoff foi quem promoveu a inciativa com os seus alunos quando, em uma aula sobre Gêneros Textuais, propôs que escrevessem uma petição, conforme a proposta pedagógica de aula ativa da São José. "Qual é a causa que está desassistida de tudo? Porque virou prioridade comprar alimento, comprar calçado, encaminhar as pessoas para a escola novamente, e aí a gente pensou nos animais. Porque seres vivos, amados, com muita certeza, mas muitas famílias não estavam conseguindo atender essa demanda", contextualiza, referindo-se às dificuldades financeiras sentidas pelas famílias brasileiras do pós-pandemia. "Nesse debate perceberam que aqui na cidade tinha aparecido muito mais cachorros de rua, então a gente pensou em toda essa questão animal que não estava sendo priorizada", conta Clara.
"Então a gente foi escrever uma petição lá dentro do site do Senado Federal. Tem um programa que é o Ideia Legislativa, e lá qualquer cidadão pode colocar o texto e lançar uma petição no ar. Se a petição ganhar 20 mil apoios, ela vai para o Senado para ser votada como um projeto de lei para o Brasil todo. Menos de 20 mil apoios, esgota o tempo e ela deixa de existir. Quando nós lançamos, chegamos na casa de quase 1000 apoios" explica Clara. "O site tem muitas travas mesmo para a gente fazer o apoio. Tu tens que colocar um e-mail, a senha; então uma pessoa de mais idade não consegue fazer isso com tanta facilidade", lamenta. "O que aconteceu foi que a ACPA [Associação para Controle Populacional de Barra do Ribeiro] se encantou e adotou o projeto, e usou o texto dele para correr atrás de subsídios com empresas, com o Governo Federal, e conseguiu verba para trazer para a nossa cidade atendimento gratuito ou de baixo custo.", conclui.
A voluntária da ACPA, Rosa Elena da Silva Manoel, relata um pouco da trajetória da Associação, que no último dia 21 completou 9 anos em atividade. "No início levávamos os animais, cães e gatos, para serem castrados em Porto Alegre, já que aqui na Barra do Ribeiro não tínhamos Clínica Veterinária", detalha Rosa. "Em 2018, aprovado pelo CRMV-RS, inauguramos na nossa cidade o Centro de Esterilização Dona Morena, onde os pets passaram a ser castrados no Projeto Castração que ainda acontece uma vez por mês. Neste projeto são castrados cães e gatos de tutores com baixa renda", elucida Rosa. "Já realizamos uma Campanha de Vacinação onde foram vacinados mais de 100 animais, além de atendimentos com consultas, procedimentos, cirurgias e exames.".
"Até agora já totalizamos em torno de 200 atendimentos, desde o início do projeto.", evidencia Rosa, que também é bibliotecária no São José.
Um dos alunos da professora Clara, Isaac Jacobs esteve presente entre os colegas que deram vida ao projeto. "A ideia surgiu a partir do livro da Unoi [plataforma de estudo online e presencial que a escola adotou após a pandemia], que nos deu a possibilidade de criarmos uma petição online. Então, todos da turma, junto da professora, começamos a "lançar" ideias, até chegarmos no nosso projeto final.", descreve Isaac.
"Como nossa ideia surgiu numa aula de português, e todos nós, alunos e professora, contribuímos para chegar nessa ideia final, tenho a certeza de que os idealizadores são todos nós, alunos, e também a professora Clara Hoff, que nos ajudou bastante para chegarmos nessa ideia final", pondera Isaac. "Todos os alunos, assim que chegam na escola, lá no prézinho, já são ensinados com projetos de preservação ambiental e outros projetos sociais, e isso vem se intensificando cada vez mais nas séries iniciais (primeira à quinta) e ainda mais nas séries finais (sexta à nona). O colégio sempre, desde sua fundação, vem trabalhando com iniciativas para ajudar cada vez mais nossa população e nosso meio-ambiente, só que nunca foram muito divulgadas, sempre foi deixado mais entre a nossa comunidade. Até que neste ano a escola pensou em inscrever nosso projeto no prêmio Inovação Sinepe-RS, onde conseguimos o terceiro lugar, com muito orgulho.", analisa.