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Publicada em 21 de Janeiro de 2024 às 23:57

Fundo Comunitário do RS apoia negócios de impacto social periféricos

Lançamento do Fundo Comunitário Porto de Todos aconteceu em dezembro passado, no Tecnopuc

Lançamento do Fundo Comunitário Porto de Todos aconteceu em dezembro passado, no Tecnopuc

Ricardo Jaeger/DIvulgação/JC
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Matheus Trevizan
Matheus Trevizan
Na quarta-feira do dia 10 de janeiro foi lançada a chamada pública do Primeiro Fundo Comunitário do Rio Grande do Sul, chamado Fundo Comunitário Porto de Todos que teve o seu lançamento oficial em dezembro de 2023, no Tecnopuc. A iniciativa foi idealizada pela Fundação Gerações em parceria com com a Coalizão pelo Impacto Porto Alegre e o Programa Transformando Territórios e nessa primeira chamada o apoio é direcionado a negócios de impacto social periféricos. Portanto, a iniciativa busca apoiar a atuação de negócios que se proponham a desenvolver soluções às problemáticas sociais e ambientais, trazendo resultados positivos para as comunidades/territórios onde atuam. A coordenadora-geral da Fundação Gerações, a jornalista Karine Ruy, destaca o motivo do foco na problemática socioambiental: “Entendemos que negócios que surgem a partir da inquietação gerada por problemáticas de ordem socioambiental têm uma grande capacidade de promover soluções interessantes e criativas para desafios coletivos e, por isso, devem ter acesso a estruturas de apoio qualificadas.“
Na quarta-feira do dia 10 de janeiro foi lançada a chamada pública do Primeiro Fundo Comunitário do Rio Grande do Sul, chamado Fundo Comunitário Porto de Todos que teve o seu lançamento oficial em dezembro de 2023, no Tecnopuc. A iniciativa foi idealizada pela Fundação Gerações em parceria com com a Coalizão pelo Impacto Porto Alegre e o Programa Transformando Territórios e nessa primeira chamada o apoio é direcionado a negócios de impacto social periféricos. Portanto, a iniciativa busca apoiar a atuação de negócios que se proponham a desenvolver soluções às problemáticas sociais e ambientais, trazendo resultados positivos para as comunidades/territórios onde atuam. A coordenadora-geral da Fundação Gerações, a jornalista Karine Ruy, destaca o motivo do foco na problemática socioambiental: “Entendemos que negócios que surgem a partir da inquietação gerada por problemáticas de ordem socioambiental têm uma grande capacidade de promover soluções interessantes e criativas para desafios coletivos e, por isso, devem ter acesso a estruturas de apoio qualificadas.“
Além disso, ela comenta que desde 2021 os negócios de impacto periféricos se constituem em um dos eixos de atuação da FG que se materializa no Programa DUXtec que ocorreu no bairro Bom Jesus, “O trabalho com o DUXtec nos permitiu identificar as necessidades dos empreendedores de impacto social, especialmente, a de acessar apoio financeiro para os seus negócios. Por isso, construímos uma parceria com a Coalizão pelo Impacto Porto Alegre, uma iniciativa do ICE (Instituto de Cidadania Empresarial) que vem atuando na cidade desde 2022 com foco no ecossistema de apoio a esses negócios para juntos, lançarmos a chamada inaugural do Fundo Porto de Todos, tendo como recorte os negócios com esse perfil localizados em periferias da nossa Capital” explica Karine.

Avançando no cronograma, serão analisadas até seis propostas com base nos critérios e requisitos estabelecidos na chamada pública, os quais serão contemplados com um investimento do Fundo Comunitário Porto de Todos de até R$ 10 mil cada uma. A análise das propostas apresentadas será feita entre o dia 19 de fevereiro e o dia 8 de março e no dia 15 de março será divulgado o resultado final no site da Fundação Gerações (www.fundacaogeracoes.org.br).

Sendo uma novidade no estado, um fundo comunitário é uma estratégia para mobilização e direcionamento de recursos a iniciativas que se proponham a contribuir com os complexos desafios dos territórios locais. Karine destaca que o principal diferencial de uma organização social que opera um Fundo Comunitário é a capacidade de diálogo com os diferentes atores sociais das comunidades beneficiadas e de diagnóstico consistente das suas demandas. “Sua importância para o ecossistema do setor social está no reforço da cultura da doação, na capacidade de engajar empresas e pessoas, dando visibilidade para pautas prioritárias de territórios vulnerabilizados. Além disso, atua no fortalecimento das competências técnicas das organizações sociais de base ", afirma a coordenadora-geral.

A decisão por criar o fundo parte do desejo em apoiar de forma sistematizada as organizações e movimentos que trabalham diariamente por avanços sociais em territórios vulnerabilizados de Porto Alegre. “Quando conhecemos o modelo de atuação das FICs (Fundações e institutos comunitários) dentro do programa Transformando Territórios que integramos, ao lado de outras 15 organizações brasileiras junto ao IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), percebemos que este atende tanto ao nosso escopo de organização articuladora, quanto a um desafio que temos de oferecer aos atores do impacto social da nossa região novos canais de acesso a recursos, capacitações e redes de apoio” explica Karine.

Benefícios para os doadores, organizações sociais e para a cidade

Atividade do Programa DUXtec foi realizada no bairro Bom Jesus, na Capital

Atividade do Programa DUXtec foi realizada no bairro Bom Jesus, na Capital

Fundação Gerações/Divulgação/JC
Em relação aos benefícios de se ter um fundo comunitário, ressalta-se que ele é um ator que irá contribuir para o fortalecimento do tecido social da região de diferentes formas, “para os doadores, oferece como benefícios compreender e atuar próximo às demandas locais com flexibilidade, transparência e capacidade técnica que a organização responsável pela gestão do Fundo comunitário oferece” pontua a coordenadora. Ela também enfatiza que o Fundo estabelece diálogos constantes com a cidade, possibilitando a doadores endereçar diferentes demandas sociais com um único investimento. “Para as organizações sociais, o Fundo contribui com o investimento de recursos de forma desburocratizada, alinhada às suas demandas, com espaço de escuta e construção conjunta. É preciso conhecer para atender demandas." reforça Karine. O benefício para a cidade, é a construção de um desenvolvimento comunitário que envolve todos os públicos, atende às particularidades da realidade de Porto Alegre e Região Metropolitana e busca o fortalecimento da sociedade civil.

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