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Publicada em 17 de Dezembro de 2023 às 19:10

ESG ganha espaço entre consumidores de classes C, D e E, aponta estudo de PwC

Pessoas estão mais ligadas em compromissos sociais das marcas e deixam de comprar

Pessoas estão mais ligadas em compromissos sociais das marcas e deixam de comprar

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Consumidores das classes C, D e E estão mais ligados nas práticas embutidas na sigla ESG (ambiente, social e governança) das marcas que compram ou avaliam se vão adquirir. Este foi um dos achados do pesquisa Mercado da Maioria, estudo feito pela consultoria PwC Brasil e o Instituto Locomotiva, que usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, além de quase 3 mil entrevistas. 
Consumidores das classes C, D e E estão mais ligados nas práticas embutidas na sigla ESG (ambiente, social e governança) das marcas que compram ou avaliam se vão adquirir. Este foi um dos achados do pesquisa Mercado da Maioria, estudo feito pela consultoria PwC Brasil e o Instituto Locomotiva, que usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, além de quase 3 mil entrevistas. 
As três faixas respondem por 76% da população brasileira e por quase metade do consumo. Quando questionados sobre a conduta diante de valores associados a ESG, 86% das pessoas disseram que estão dispostas a priorizar marcas e lojas com propósito e 53% já deixaram de comprar mercadorias por falta de responsabilidade social dos fabricantes, destaca a consultoria.
"Esses brasileiros têm características e comportamentos diferentes do que tinham anos atrás. São novas demandas, além de nuances regionais. Queremos incentivar as lideranças a se perguntarem se as estratégias são adequadas para atender essa população, ao considerarem fatores econômicos, variações culturais e questões ESG a que esses consumidores estão cada vez mais atentos", comenta Luciana Medeiros, sócia da PwC Brasil, em nota sobre o estudo.
O Mercado da Maioria sinalizou ainda que 66% dos consumidores das três faixas valorizam produtos de qualidade que podem ser comprados por um preço justo. "Há uma exigência por qualidade e preço acessível, com uma atenção especial aos aspectos ESG", resume o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, na nota. Além disso, as pessoas encaram o consumo como uma questão de conquista e esforço individual. 
Dos entrevistados, 61% indicam se esforçar para comprar produtos e serviços que não tinham condições financeiras de adquirir quando eram mais jovens, mas 71% admitem que ficam realizados comprando um produto que pagaram menos. "Há um reservatório de desejo de consumo nas classes. Se as condições econômicas melhorarem, esse anseio reprimido pode gerar uma onda de consumo com efeitos multiplicadores na economia", complementa Meirelles.
Um problema que não sai de cena da economia e migrará para 2024, o custo do dinheiro devido às altas taxas de juros, frustra planos. Na pesquisa, 87% das pessoas disseram que comprariam mais se tivessem mais acesso a crédito.
"Existe o ímpeto de comprar mais, mas é preciso ter mais facilidades", alerta o presidente do Locomotiva. Já 60% afirmaram já ter deixado de comprar por falta de crédito, que pode estar associado à falta de limite no cartão e até dificuldade para empréstimos, por esgotamento do limite ou atrasos no pagamento.  

Principais achados do estudo Mercado da Maioria:

53% já deixaram de comprar de marcas por falta de responsabilidade social
59% dizem que qualidade tem mais relevância do que o preço
61% se esforçam para comprar produtos/serviços que não tinham como adquirir
71% ficam realizados ao comprar um produto que pagaram menos
87% comprariam mais se tivessem mais acesso a crédito
34% sempre conseguem um empréstimo
31% disseram nem sempre conseguir crédito
64% aceitam pagar um pouco mais por marcas/produtos que apoiem a diversidade
50% deixaram de comprar um produto por atitudes preconceituosas das marcas
63% afirmaram já ter comprado no digital para buscar o produto em lojas físicas
66% declaram depender mais da internet para comprar produtos e serviços
40% já compraram produtos em redes sociais
35% já participaram de jogos com pontos para trocar por descontos e benefícios
38% já compraram produtos usados em sites ou aplicativos especializados
31% gostariam de fazer cursos de idiomas, se pudessem pagar
Fonte: PwC Brasil e Instituto Locomotiva

Principais achados do Mercado da Maioria:

Pessoas estão ligadas em compromissos sociais de marcas ao comprar

Pessoas estão ligadas em compromissos sociais de marcas ao comprar

/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Consumidores das classes C, D e E estão mais ligados nas práticas embutidas na sigla ESG (ambiente, social e governança) das marcas que compram ou avaliam se vão adquirir. Este foi um dos achados do pesquisa Mercado da Maioria, estudo feito pela consultoria PwC Brasil e o Instituto Locomotiva, que usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022 como base para quase 3 mil entrevistas. As três faixas respondem por 76% da população brasileira e por quase metade do consumo. Quando questionados sobre a conduta diante de valores associados a ESG, 86% das pessoas disseram que estão dispostas a priorizar marcas e lojas com propósito e 53% já deixaram de comprar mercadorias por falta de responsabilidade social dos fabricantes, destaca a consultoria.
"Esses brasileiros têm características e comportamentos diferentes do que tinham anos atrás. São novas demandas, além de nuances regionais. Queremos incentivar as lideranças a se perguntarem se as estratégias são adequadas para atender essa população, ao considerarem fatores econômicos, variações culturais e questões ESG a que esses consumidores estão cada vez mais atentos", comenta Luciana Medeiros, sócia da PwC Brasil, em nota sobre o estudo.
O Mercado da Maioria sinalizou ainda que 66% dos consumidores das três faixas valorizam produtos de qualidade que podem ser comprados por um preço justo. "Há uma exigência por qualidade e preço acessível, com uma atenção especial aos aspectos ESG", resume o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, na nota. Além disso, as pessoas encaram o consumo como uma questão de conquista e esforço individual. 
Dos entrevistados, 61% indicam se esforçar para comprar produtos e serviços que não tinham condições financeiras de adquirir quando eram mais jovens, mas 71% admitem que ficam realizados comprando um produto que pagaram menos. "Há um reservatório de desejo de consumo nas classes. Se as condições econômicas melhorarem, esse anseio reprimido pode gerar uma onda de consumo com efeitos multiplicadores na economia", complementa Meirelles.
Um problema que não sai de cena da economia e migrará para 2024, o custo do dinheiro devido às altas taxas de juros, frustra planos. Na pesquisa, 87% das pessoas disseram que comprariam mais se tivessem mais acesso a crédito. "Existe o ímpeto de comprar mais, mas é preciso ter mais facilidades", alerta o presidente do Locomotiva. Já 60% afirmaram ter deixado de comprar por falta de crédito, associado à falta de limite no cartão e até a dificuldades para obter empréstimos por esgotamento do limite ou atrasos no pagamento.  

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