Nos últimos meses, em função das enchentes e ciclones que assolaram o Rio Grande do Sul, diversos gestos e ações de pessoas e organizações estão nos levando para uma era. Uma nova dimensão. A da gentileza.
A frase 'gentileza gera gentileza' percorre o Brasil e inspira e muitas pessoas. De autoria de José Datrino, conhecido como Profeta Gentileza, ela é muito notória neste momento. E isso, não tem relação com o trabalho voluntário.
Gentileza pode ser compreendida como uma característica pessoal, que torna a pessoa capaz de ser amável, educada e gentil. É percebida em gestos, pela empatia e pela aceitação de ter atitudes com outras pessoas, sem esperar nada em troca. Já o trabalho voluntário é uma atividade exercida sem remuneração, que visa a atender um objetivo específico, em prol da instituição pública ou privada.
Mesmo que as palavras possam parecer semelhantes, elas são ambíguas. E foi essa relação que me fez refletir enquanto psicóloga, o quão significativo e poderoso é o ato de ser 'gentil' em momentos singulares como o do caos e da perfeita ordem. Afirmo: ela faz toda a diferença na vida das pessoas. E, igualmente, no ambiente corporativo é um importante diferencial competitivo. A gentileza é vital.
Pesquisas apontam que a prática da cortesia pelos colaboradores e em alguns casos, incorporada na cultura empresarial e nos valores da organização, tem gerado frutos no desempenho dos funcionários e um bom marketing entre os clientes. Outros estudos afirmam que ser gentil pode impactar na saúde e bem-estar de como as pessoas enxergam o mundo.
O capital humano é uma das competências tidas como essenciais para o desenvolvimento das organizações. E a gentileza ganha espaço entre as discussões sobre o tema nas reuniões entre líderes e gestores de pessoas. Neste contexto, a linguagem corporativa, que antes visava apenas o lucro, se vê, agora, no desafio de olhar às pessoas de forma diferente.
As estratégias da trajetória de sucesso de uma empresa percorrem um caminho mais amável. Há alternativas e recursos combinados no mercado para propagar a gentileza dentro e fora da empresa. São treinamentos e cursos de desenvolvimento de pessoas, que capacitam os indivíduos e lideranças a aprenderem a serem gentis uns com os outros.
É um dever individual e coletivo da sociedade, independente das imprevisibilidades impostas, colocar na sua lista de prioridades a gentileza. É a oportunidade de trazer para a linha de frente líderes engajados e comprometidos, que se sintam realizados quando se entregam a uma causa. Por consequência, eles conseguem envolver os demais de sua equipe. Não há espaço para líderes heróis, que usam de oportunismos em situações trágicas para autopromoção e vaidade. As pessoas percebem que isso é artificial e nada ético.
O filósofo Fabiano de Abreu classifica os tipos de gentileza existentes: primeiramente, existe a gentileza superficial, que se refere apenas ao tratamento comum em sociedade. Depois a gentileza impregnada, que se manifesta através daquele que não mede esforços em ajudar. Também há o gentil de natureza, que tem tranquilidade e inteligência emocional apuradas a ponto de não se importar com a resposta do ignorante.
A construção do 'ser gentil' é uma virtude que todos querem sentir nos outros. É algo quando verdadeiramente praticado, contagia os que estão à sua volta. Tornando o ambiente agradável e produtivo. Todos querem estar em um ambiente onde a gentileza impera. Afinal de contas, a gentileza é uma expressão que jamais sai de moda.
Gestão de tempo: 4 passos para melhorar a produtividade
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Fernanda Nickkel/divulgação/jc
É senso comum que o tempo está voando. As tarefas planejadas não cabem mais nas 24 horas do dia. Por isso, atualmente, a gestão de tempo é uma importante ação para obter o melhor desempenho através da organização das atividades e rotina. Viajo o País ministrando palestras e cursos sobre o tema, e ensino quatro passos para melhorar a produtividade.
Há muitos anos eu vivi uma transição de carreira, saindo do mundo corporativo para uma empresa própria. O que parecia um sonho de liberdade e flexibilidade, de repente virou um pesadelo, a contabilidade, os projetos, o dia a dia e as rotinas da família. O tempo foi ficando escasso e as 24 horas do dia não eram suficientes. Insônia e redução de saúde foram as consequências imediatas. Tudo era urgência com prazos curtíssimos.
Minha experiência anterior como gestora, o conhecimento em planilhas, em árvores decisórias, como também o doutorado, o mestrado e a graduação não foram suficientes para resolver este desafio de gerenciar o tempo. Então, fui em busca de conhecimento e encontrei a solução nas metodologias ágeis e concluí algumas certificações. Aprendi a ser produtiva, a fazer o dobro na metade do tempo, e hoje ensino pessoas e empresas a fazerem o mesmo.
4 passos da Gestão de Tempo:
- Priorizar: identificando o que é importante para você e para seus objetivos e entendendo que a prioridade deve ser feita antes. Estabeleça o seu critério de prioridade. Nunca é falta de tempo, sempre é falta de prioridade.
- Manter-se alerta: objetivando evitar as distrações e a procrastinação. Lembre-se eu procrastino, você procrastina, nós procrastinamos, portanto estar em alerta faz toda a diferença.
- Promover hábitos que aumentam o foco e a concentração: respire conscientemente, trabalhe em blocos de tempo de uma a duas horas e faça pequenos intervalos de 5 minutos para descanso.
- Cuidar das emoções: nossas emoções interferem em nossas escolhas de como investir nosso tempo. É possível escolher investir horas em uma discussão nas redes sociais ou investir 30 minutos em um exercício físico. Não é falta de tempo, são escolhas alinhadas às nossas prioridades.
Dicas simples, capazes de tornar o cotidiano mais dinâmico, fluido e ágil. O importante é começar, seja apenas com um passo ou com todos. Com o passar dos dias, já será possível observar grandes melhorias na produtividade profissional e na qualidade de vida.
Como aproveitar as oportunidades do mercado de carbono
A Comissão do Meio Ambiente do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei nº 412/2022, dando um grande passo rumo ao estabelecimento do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), sinalizando uma mudança significativa no panorama ambiental e econômico do Brasil.
O Mercado de Carbono regulamentado no Brasil possui a promessa de render até US$ 100 bilhões ao País, segundo a Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil). Essa regulamentação tem como objetivo primordial neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050, pois incentiva as empresas a reduzirem suas emissões e a contribuírem para a proteção do meio ambiente.
Empresas que desejam ingressar nesse promissor mercado devem iniciar o processo verificando seu relatório de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Com base nesse relatório, é possível elaborar estratégias para a redução das emissões, resultando na obtenção de créditos de carbono para comercialização.
A verificação do relatório e do projeto de redução de emissões de GEE por organismos certificadores independentes é crucial para garantir a precisão e a integridade das medições. Esse processo assegura que os números apresentados são confiáveis e que não há espaço para práticas fraudulentas. A certificação proporciona confiança tanto para os vendedores de créditos de carbono quanto para os compradores, promovendo a transparência e a legitimidade do mercado.
Cada tonelada de gás não emitido gera um crédito de carbono, que pode ser vendido para entidades que necessitam atingir suas metas de redução de GEE, mas encontram desafios econômicos ou dependem de fontes poluentes.
Além do mercado regulamentado, o mercado voluntário continuará a existir, oferecendo oportunidades para projetos de redução de emissões em setores como de energia renovável, reflorestamento e eficiência energética.
A necessidade de verificação independente em ambos os mercados é uma questão ética e essencial para garantir a credibilidade do setor e o efetivo combate às mudanças climáticas. Este mercado oferece às empresas mais que ganhos econômicos, mas também a oportunidade de demonstrar compromisso com a sustentabilidade.