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previdência

- Publicada em 21 de Abril de 2023 às 11:00

INSS usará WhatsApp para informar segurados

Objetivo é atender pedidos de perícias e solicitações de benefícios

Objetivo é atender pedidos de perícias e solicitações de benefícios


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou que o WhatsApp será usado pelo ministério e pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) para informar a população sobre perícias médicas, solicitação de benefícios e outras orientações.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou que o WhatsApp será usado pelo ministério e pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) para informar a população sobre perícias médicas, solicitação de benefícios e outras orientações.
Lupi afirmou que a ferramenta será testada por um mês, mas não informou a data prevista para o início do serviço. Procurado pela reportagem, o Ministério da Previdência que avaliações internas estão sendo feitas para a sua melhor aplicação e não divulgou detalhes sobre como será feita essa interação com aposentados e pensionistas.
"Temos mais celulares do que pessoas. Todo mundo se comunica hoje pelas mensagens. Se conseguirmos utilizar essa ferramenta, vamos melhorar sensivelmente a comunicação com o cidadão", afirmou o ministro.
O anúncio foi feito pelo ministro durante reunião com gestores do INSS na última sexta-feira (14), em Fortaleza (CE)
Na ocasião, Lupi também divulgou que o ministério firmará acordos de cooperação técnica com os ministérios de Saúde, do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário, e a Marinha para compartilhar informações como o Cadastro Único.
Atualmente, o instituto conta com uma ferramenta de inteligência artificial, a Helô, para comunicação com os segurados, mas apenas para os que procuram informações no site ou aplicativo Meu INSS. A ferramenta não faz contatos com usuários.
A Helô é a assistente virtual do instituto, que funciona como um plantão de dúvidas, exclusivamente no ambiente online. Quem acessa a assistente virtual é o cidadão, pelo Meu INSS. No entanto, golpistas usam a imagem da Helô para passar credibilidade ao beneficiário, fazer ele acreditar que quem está entrando em contato é o INSS.
O INSS já fez diversos alertas sobre golpistas que dizem ser do INSS para obter dados das pessoas para obter vantagens. O órgão reiterou que nunca entra em contato direto para solicitar dados, pedir envio de fotos ou documentos ou mandar links para executar determinada tarefa.
A recomendação é que a pessoa procure os canais oficiais do INSS (aplicativo e site Meu INSS, telefone 135 ou agência de atendimento) e desligue a ligação, caso seja procurado pelo celular. O número do SMS usado pela instituição para entrar em contato com os cidadãos é 280-41.
Em fevereiro, um golpe usando a assistente Helô fez o instituto emitir novos alertas aos aposentados. Na ocasição, golpistas estavam se passando por uma falsa "Central de Atendimento", utilizando a imagem da atendente virtual Helô, para obter dados pessoais dos beneficiários.
De posse de algumas informações dos beneficiários, os golpistas criam uma simulação de atendimento, usando o padrão de checagem de dados com a imagem da Helô e, a partir desse falso atendimento, tentam conseguir dados pessoais dos beneficiários.
 

Aposentado deve ter cuidado com propostas para ganhar revisão da vida toda

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) está alertando aposentados e demais segurados a respeito de cuidados com propostas que tratem sobre a revisão da vida toda, que chegou ao final no STF (Supremo Tribunal Federal) com a publicação do acórdão da decisão no dia 13 de março.
O instituto diz que "segue atuando junto à AGU [Advocacia-Geral da União] e o Judiciário de modo a encontrar a melhor solução para atender o segurado". Com isso, a recomendação é que o beneficiário fique atento e recuse qualquer oferta oferecendo liberar a revisão da vida toda.
O INSS implantou um serviço específico para a correção em seu site, que pode ser consultado pelo segurado. O órgão diz ainda que só entra em contato com o segurado por meio de seus canais oficiais, que são a Central Telefônica 135 e o aplicativo ou site Meu INSS.
Ainda não há previsão de como e quando será feito o pagamento da revisão da vida toda. O instituto afirma que irá definir o procedimento para o depósito dos valores a quem tem direito, incluindo a análise dos pedidos específicos dessa correção, e a divulgação será feita no site inss.gov.br
A revisão da vida toda é uma ação judicial na qual os aposentados pedem correção do benefício para incluir no cálculo de aposentadorias, auxílios e pensões as contribuições feitas antes de 1994, beneficiando quem tinha pagamentos maiores antes do início do Plano Real.
A decisão do STF tem repercussão geral e vale para todas as ações do tipo na Justiça.
Na ação, o Supremo entendeu que a regra de transição criada pela reforma da Previdência de 1999 é inconstitucional. O motivo é que prejudica quem já estava no mercado de trabalho e beneficia os novos segurados da época.
"A regra transitória acabou aumentando o fosso entre aqueles que ganham mais e vão progredindo e, ao longo do tempo, ganhando mais, daqueles que têm mais dificuldades em virtude da menor escolaridade e a sua média salarial vai diminuindo", diz parte do acórdão.
No acórdão, o Supremo confirmou decisão tomada pela corte em dezembro de 2022, quando a revisão foi aprovada por 6 a 5, que diz o seguinte: "O segurado que implementou as condições para o benefício previdenciário após a vigência da Lei 9.876, de 26.11.1999, e antes da vigência das novas regras constitucionais, introduzidas pela EC 103/2019, tem o direito de optar pela regra definitiva, caso esta lhe seja mais favorável".
A reforma da Previdência de 1999 criou duas fórmulas de cálculo para a média salarial, que é a base do valor do benefício do INSS. Para quem se filiou ao INSS até 26 de novembro de 1999, a média salarial era calculada sobre 80% das maiores contribuições feitas a partir de julho de 1994.