Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Com a Palavra

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2023 às 15:00

Piccadilly inspira mulheres a empreender

Executiva diz que objetivo é abertura de 23 novas franquias e 14 lojas licenciadas em 2023

Executiva diz que objetivo é abertura de 23 novas franquias e 14 lojas licenciadas em 2023


/Piccaddily/divulgação/jc
Cristine Pires
A matriz da indústria de calçados Piccadilly, em Igrejinha, e as unidades em Rolante e Teutônia são geridas pelas mãos de três mulheres. "Esse é grande presente. Dizemos que nossa união é a nossa maior fortaleza. Somos muito diferentes e entendemos que isso era um grande diferencial, pois somos muito complementares", diz a CEO da companhia, Cristine Grings Nogueira, que divide as tarefas com as primas Ana Carolina Grings (VP de Produto, Inovação e Sustentabilidade) e Ana Paula Grings (CFO), além de outros três homens: Josué Kunst (Supply e também familiar), Pedro Simões (Industrial) e Gustavo Viana (CMO). A atuação feminina na liderança do negócio, que tem 67 anos de atualização - a empresa foi fundada em 1955 - tem inspirado outras mulheres a também acreditarem no seu potencial e irem em busca dos seus sonhos. Na Piccadilly, cerca de 60% do quadro de colaboradores, hoje composto por 2,3 mil pessoas, é destinado a mulheres, muitas em cargos em lideranças, inclusive áreas que antes eram geralmente geridas por homens. 
A matriz da indústria de calçados Piccadilly, em Igrejinha, e as unidades em Rolante e Teutônia são geridas pelas mãos de três mulheres. "Esse é grande presente. Dizemos que nossa união é a nossa maior fortaleza. Somos muito diferentes e entendemos que isso era um grande diferencial, pois somos muito complementares", diz a CEO da companhia, Cristine Grings Nogueira, que divide as tarefas com as primas Ana Carolina Grings (VP de Produto, Inovação e Sustentabilidade) e Ana Paula Grings (CFO), além de outros três homens: Josué Kunst (Supply e também familiar), Pedro Simões (Industrial) e Gustavo Viana (CMO). A atuação feminina na liderança do negócio, que tem 67 anos de atualização - a empresa foi fundada em 1955 - tem inspirado outras mulheres a também acreditarem no seu potencial e irem em busca dos seus sonhos. Na Piccadilly, cerca de 60% do quadro de colaboradores, hoje composto por 2,3 mil pessoas, é destinado a mulheres, muitas em cargos em lideranças, inclusive áreas que antes eram geralmente geridas por homens. 
 
Empresas & Negócios (E&N) - Qual é a sua avaliação sobre a indústria calçadista brasileira, em especial a gaúcha, na comparação com outros países?
Cristine Grings Nogueira - A indústria calçadista do Brasil tem vivido muitos desafios ao longo das últimas décadas. Nos mantermos competitivos diante dos asiáticos, por exemplo, com quem disputamos uma batalha com regras desiguais, tem desafiado nosso setor a se diferenciar para sobreviver e ser bem-sucedido. Acredito que a competição, saudável é claro, é muito positiva para os negócios e exige das empresas que busquem formas novas de tornar-se competitivas e se diferenciarem e é isso que enxergo nossa indústria vivendo. Infelizmente muitos negócios não conseguiram se sustentar diante de tantos desafios vividos ao longo dos anos, de toda forma muitas indústrias acabaram se fortalecendo, crescendo e hoje estão desfrutando de um momento bastante positivo para a indústria calçadista brasileira.
E&N - A Piccadilly tem lojas em diversos estados brasileiros e também em outros países. Como contemplar perfis diferentes de consumidoras e suas características peculiares?
Cristine - A Piccadilly é uma marca global, iniciamos nosso processo de internacionalização há mais de 30 anos. Temos em nosso DNA a busca por entender o comportamento das mulheres, as tendências do mundo inteiro e assim adaptarmos a nossa realidade. Buscamos construir uma marca e produtos com identidade própria e estamos sempre abertos a entender os movimentos do consumo e nos adaptarmos com a maior velocidade possível a eles, nunca abrindo mão da nossa essência, do que nos fez chegar aos 67 anos, porém nos transformando e rejuvenescendo junto com as mulheres.
E&N - Por ser gerida por três mulheres e ter o público feminino como alvo, a empresa inclui em suas ações e produtos temas em pauta como encorajamento, combate à violência contra as mulheres, feminicídio ou outras questões ligadas a elas?
Cristine - Encorajar a mulher na sua caminhada é o nosso propósito e estamos criando um ecossistema de encorajamento feminino que nos permita exercitarmos este propósito com maior consistência, efetivamente transformando vidas a partir das nossas ações. São iniciativas em toda a nossa cadeia, envolvendo público interno, fornecedores, lojistas, franqueados, consumidoras, com o objetivo de ajudarmos as mulheres a ganharem oportunidades e estarem preparadas para elas a partir do seu desenvolvimento.
E&N - Qual é o atual momento da Piccadilly (faturamento, número de lojas, número de fábricas e produção mensal ou anual de calçados e acessórios, número de colaboradores diretos ou indiretos)
Cristine - Tivemos o maior faturamento da história da empresa, sendo ele de R$ 517 milhões, um crescimento de 86% com relação ao ano anterior. Foram, 8,4 milhões de pares, quase 4 milhões a mais que em 2021. Nosso crescimento com relação a 2019 também foi bastante robusto, o que comprova que nossas estratégias têm sido muito bem-sucedidas e temos crescido bem mais que o mercado, ampliando nosso market share. Concluímos 2022 crescendo no varejo multimarca e estando hoje em mais de 21 pontos de venda ativos no Brasil e no mundo. Além disso temos conseguido dar robustez para nossa estratégia de multicanalidade, com 28 franquias no mercado interno, 11 lojas licenciadas no mercado externo, 32 lojas exclusivas no Brasil e no mundo, além de crescermos 25% no nosso e-commerce. O crescimento da empresa está projetado em 20% em 2023 e nosso foco é continuarmos expandido em todos os canais. Dobramos o número de lojas em 2022 e pretendemos abrir quase 40 novas no Brasil e no exterior neste ano.
E&N - A Piccadilly aposta em um conceito diferenciado de franquias para atrair investidores? Que modelo é esse e qual o perfil de franqueado a empresa busca?
Cristine - Nossa loja foi pensada para surpreender nossas clientes atuais e atrair novas, através de um conceito de loja acolhedor e feminino. Oferecemos uma linha ampla de calçados, bolsas e acessórios exclusivos, para proporcionar uma experiência diferenciada com a marca e sua gama de produtos. Nosso modelo de negócio foi pensado para ocupar estrategicamente territórios em que nossa participação é ainda pouco expressiva, apesar da fortaleza da nossa marca, e nosso plano de expansão identifica, potencializa e recomenda os melhores locais para nossos investidores que passam a explorar essa fatia de mercado. Buscamos franqueados que se identifiquem com os valores e a essência da nossa marca e que estejam alinhados com o nosso propósito de encorajamento feminino. Desejamos parceiros que se engajem no negócio, que queiram oferecer uma experiência diferenciada para nossas clientes e que queiram crescer junto com a Piccadilly. Temos orgulho em dizer que vários dos nossos franqueados hoje já possuem mais de uma operação, o que demostra a satisfação deles com nosso modelo de negócio.
E&N - A empresa anuncia processo de franca expansão, com a chegada da primeira unidade na Bahia e também foco em novos estados e países. Quais os resultados obtidos até agora e quais as metas para 2023?
Cristine - Estamos em franca expansão e em 2022 ocupamos territórios estrategicamente importantes para o nosso negócio. A loja monomarca tem o papel de ampliar a percepção de valor da marca e criar uma experiência diferenciada com a cliente, permitindo nos relacionarmos mais profundamente com as consumidoras e assim sermos uma empresa que atende a cliente em cada canal em que ela deseja nos comprar e se relacionar com a marca com uma oferta de valor mais assertiva. Em 2023 seguiremos ocupando territórios estratégicos, concentrados especialmente na região Sudeste do Brasil e países foco na América Latina, onde a marca já é muito forte mas ainda tem muito potencial por ser extraído. Nosso objetivo é a abertura de 23 novas franquias e 14 lojas licenciadas em 2023.
E&N - A Piccadilly trabalha com franquias no Brasil e lojas licenciadas no exterior. Qual a diferença entre esses modelos e de que forma ambos surgiram como estratégia da empresa?
Cristine - Operamos com Franquias no Brasil por entender ser esse o modelo que oferece maior valor para quem investe em nossa marca. Acreditamos ser um diferencial importante oferecer um serviço completo e um modelo de gestão compartilhado onde damos um apoio próximo também na operação, a fim de garantir uma execução positiva e bem-sucedida, bem como uma experiência melhor para nossa cliente. Para o mercado externo, uma vez que operamos esses mercados por meio de agentes e distribuidores que detém todos os canais de distribuição e já conhecem com profundidade a nossa marca e a realidade de cada país, optamos pelo licenciamento da marca, que permite um modelo de gestão igualmente compartilhado mas com maior flexibilidade, tendo como vantagem competitiva o know-how local de cada parceiro.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO