Emoção em grande escala está no DNA da Histórias Incríveis

Com o propósito de 'emocionar em grande escala', o Histórias Incríveis atua no mercado de entretenimento há cerca de 15 anos. A empresa, de origem gaúcha, já realizou diversos eventos de grande porte no Brasil, como a cerimônia que marcou a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, a reinauguração do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre - para a Copa de 2014 - e a cerimônia de abertura e encerramento da Copa América no Brasil, em 2019. A mais recente atração da empresa ocorreu em Canela, na Serra Gaúcha. Trata-se do "Viagem de Natal", um espetáculo imersivo natalino que mistura cinema, teatro e show. A primeira temporada desse evento encerrou no dia 8 de janeiro, mas outras duas temporadas deverão ser anunciadas. Nesta entrevista, o CEO da Histórias Incríveis, Edson Erdmann, conta mais sobre esse e outros eventos dirigidos pela empresa ao longo de sua trajetória.

Edson Erdmann - O 'Viagem de Natal' partiu de uma vontade nossa de mudar o sentimento e a sensação das pessoas. Já tínhamos feito espetáculos contemplativos, interativos e, por fim, queríamos fazer um espetáculo imersivo. A partir daí, elaboramos uma viagem ao redor do mundo, em um projeto que tivesse essa sensação e 100% do nosso olhar. Por isso, criamos o Mega Domo. Para poder contar essa história e fazer com que as pessoas se sentissem inseridas nela. A maior imersão de Natal do mundo acontece, justamente, nesse espetáculo: o Viagem de Natal.

Erdmann - A Serra Gaúcha já é notória pelas festas natalinas e Canela não poderia ficar de fora dessa. Encontramos o lugar perfeito para montar o nosso projeto: o maior domo inflável para entretenimento da América Latina e um dos maiores do mundo. Deixaremos para Canela a ideia de que toda a Serra tem um padrão altíssimo de entrega de entretenimento. O nosso, especificamente, é um formato inédito, um grande cinema 360°, com palco de 115 metros e grande elenco. Também contamos com um som que 'roda' em torno das pessoas, assinada por uma marca internacional. Essas coisas, juntas, formam uma nova forma de entretenimento.

Erdmann - A Histórias Incríveis surgiu de uma inquietação artística. Eu fiz muitos anos de televisão. Trabalhei primeiro em emissoras no Sul do Brasil e depois em alguns canais fechados. Após, fui para a TV Globo, onde fiquei quase 20 anos. Depois de tanto tempo fazendo produtos audiovisuais e grandes eventos, pedi uma licença da Globo para poder criar os grandes projetos do Brasil, as maiores festas e os maiores megaeventos. Isso veio dessa vontade de poder atingir um público gigantesco, porque nós usamos muito essa expertise da televisão. O audiovisual é o meio presente na Histórias Incríveis. Assim, o público se fascina, porque conseguimos apresentar um grande evento tanto para quem está em casa quanto para o público presente. Dessa forma, surgiu a Histórias Incríveis e estamos fazendo os maiores eventos do Brasil nos últimos dez anos.

Erdmann - A História Incríveis vem numa crescente desde 2013. Surgimos antes desse período, mas começamos a nos dedicar de fato depois que eu pedi a licença da TV Globo. Logo de cara fizemos um evento mundial que era a Jornada Mundial da Juventude, quando dirigimos os grandes shows dos atos centrais, inclusive, a Missa de Envio do papa Francisco, que foi apresentado ao mundo no Brasil, na praia de Copacabana. Dali em diante, emendamos outro megaevento, que foi a reinauguração do Beira-Rio: a maior produção de estádios da Copa do Mundo de 2014. Após, fizemos o Natal Luz, em Gramado, por quatro anos, levantando o padrão e a régua de qualidade desse evento. Também fizemos a Copa América para o mundo inteiro com grandes shows em estádios como o Morumbi e o Maracanã. Estamos sempre envolvidos nos maiores eventos desse País. Essa virada de chave ela vem acontecendo a cada projeto, cada um maior do que o outro e com um público cada vez mais exigente. Isso é o que nos desafia.

Erdmann - Como todas as grandes empresas, tínhamos eventos marcados que acabaram sendo cancelados. Estávamos envolvidos na criação dos 60 anos de Brasília, com alguns festivais internacionais de folclore, festivais de cinema, entre outros. Estava tudo andando. A pandemia nos forçou a estudar e a fazer contatos com outros pontos do mundo e a ver como outras empresas estavam se virando. Trabalhamos em lives e criamos novos projetos, preparando para poder voltar à tona o quanto antes. A retomada dos eventos no Rio Grande do Sul e no País vêm acontecendo do mesmo modo que em outros lugares. A vontade do público de voltar a participar de coisas coletivas é nítida. Estamos preparados e criamos produtos para isso.

Erdmann - O mercado do entretenimento no Brasil vem crescendo. É muito dinheiro envolvido. Evidentemente, cada governo destina atenção distinta para a cultura. Passamos por uma fase em que o governo não tinha isso como prioridade. Agora, entraremos no novo governo e ainda não sabemos como isso se dará. Mas o mundo do entretenimento movimenta bilhões no Rio Grande do Sul, no País e no mundo. A forma como nos posicionamos é de estar sempre à frente do mercado. A Histórias Incríveis sempre cria produtos novos e para grandes públicos. Proporcionamos emoção em grande escala.

Erdmann - O grande propósito da Histórias Incríveis é emocionar em grande escala. A gente busca inspiração nas nossas histórias, nas conversas que temos, na inquietação artística de não querer se repetir, da ideia de sempre estar à frente do mercado. Tudo o que criamos é inovação, nunca é repetido. Puxamos a régua para cima e criamos novas formas de entretenimento. A inspiração vem de todos os lados. Assim, a Histórias Incríveis cresce e puxa o mercado para novas tendências, como agora, fazendo o maior espetáculo de imersão de Natal do mundo, dentro de um Mega Domo e em uma cidade da Serra Gaúcha. Isso nos desafia. É o que gostamos de fazer.