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Com a palavra

- Publicada em 18 de Setembro de 2022 às 18:25

Atitus Educação investe R$ 100 milhões até 2026

Executivo destaca que objetivo é atuar com modelo de ecossistema de educação superior e empreendedorismo

Executivo destaca que objetivo é atuar com modelo de ecossistema de educação superior e empreendedorismo


/Atitus Educação/divulgação/jc
Cristine Pires
Com quase duas décadas de experiência - prestes a completar 18 anos, em dezembro de 2022 -, a Atitus Educação, que até agosto se chamava IMED, investe para se firmar como instituição de Ensino Superior referência no Sul do Brasil. O upgrade começa pela própria mudança de marca, nome que remete à palavra atitude e traduz a proposta de valor da empresa.
Com quase duas décadas de experiência - prestes a completar 18 anos, em dezembro de 2022 -, a Atitus Educação, que até agosto se chamava IMED, investe para se firmar como instituição de Ensino Superior referência no Sul do Brasil. O upgrade começa pela própria mudança de marca, nome que remete à palavra atitude e traduz a proposta de valor da empresa.
"Inovar, investir na evolução do ensino e crescer de forma acelerada nos levou a buscar um novo nome, que fosse mais aderente a esta nova etapa de expansão. Atitude também é a marca dos nossos alunos, que buscam em nossos cursos ampliar horizontes profissionais e conhecimentos voltados ao mercado", destaca o presidente da Atitus Educação, Eduardo Capellari, que também é sócio-fundador da empresa.
Graduado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Capellari conta ainda com a expertise adquirida como associado ao Instituto Brasileiro de Governança Corporativo (IBGC) e membro do Conselho de Administração do Transforma RS.
Empresas & Negócios - Qual é a sua avaliação sobre o Ensino Superior no Brasil?
Eduardo Capellari - O Ensino Superior no Brasil vem passando por grande transformação, já há algum tempo. Um dos fatores da mudança é o envelhecimento da população, o que reduz o número de jovens que ingressam no Ensino Médio e, consequentemente, na faculdade. O número de matrículas vem em queda desde 2016 também devido a um ambiente econômico difícil, com retração do PIB e diminuição no número de empregos, especialmente na faixa de 18 a 30 anos, onde está o maior percentual de desempregados e de estudantes que deixaram de ter condições de pagar uma graduação. Nesse cenário, a Atitus optou por qualificar cada vez mais seus cursos, ampliar a conexão com o mercado como forma de aumentar a empregabilidade de seus alunos e a chance de sucesso de quem quer empreender. Assim, expandimos o número de alunos, reforçando a certeza de que estamos no caminho certo. Entre 2018 e 2020, segundo o MEC, a Atitus cresceu 40%, enquanto a média do setor privado no RS foi de uma retração de 25%. Se levarmos em conta as matrículas até 2022, a expansão é de 50%, alcançado 6 mil alunos atualmente.
E&N - Qual a posição do Estado neste cenário?
Capellari - O Rio Grande do Sul deve ser, juntamente com Santa Catarina, um dos primeiros estados do Brasil a alcançar uma demografia semelhante à Europa, ou seja, com maior número de idosos do que jovens. Isso reduzirá ainda mais o número de alunos no Ensino Superior, agravando o cenário descrito anteriormente, que já levou a perda de 100 mil matrículas no ensino presencial em instituições privadas no Estado de 2011 a 2020, caindo de 289 mil alunos 188 mil em 2020. Parte foi para o Ensino a Distância e parte deixou de existir mesmo, pelo envelhecimento populacional. Nesse cenário, ao expandir nossos campi e levar aos jovens um modelo de ensino mais ágil e flexível às demandas do mercado e às suas aspirações, temos a convicção de que a Atitus cumpre seu papel de fomentar o Ensino Superior. Se efetivamente ajudarmos o aluno a conquistar uma boa posição no mercado, como profissional ou abrindo o próprio negócio, com maior chance de sucesso, estamos estimulando que sigam buscando cursos de nível superior e pós-graduações, posteriormente.
E&N - Quais os principais fatos marcaram a trajetória da instituição nesses 18 anos?
Capellari - A instituição nasceu em 2004, como IMED, criada por um grupo de jovens sonhadores que queria implantar um curso de Direito no interior do Estado. Dez anos depois, implantamos os primeiros mestrados, em Direito e Administração, assim como tivemos aprovação para graduações em Medicina, Computação e Engenharia Mecânica. Em 2016, vieram os mestrados em Engenharia Civil, Odontologia e Psicologia. Em 2017, adquirimos o IDC, abrindo um campus em Porto Alegre. Em 2020, obtivemos autorização para oferta de doutorado em Odontologia. Em 2021, integramos o grupo de fundadores do Instituto Caldeira e adquirimos a Faculdade América Latina (FAL), de Ijuí. Em 2022, incorporamos a Fasurgs, de Passo Fundo, agregando ao portfólio novos cursos e reforçando a presença no segmento de Saúde. Atualmente, a Atitus conta com o maior curso de graduação em Odontologia do Estado, em número de alunos (658), entre as instituições de ensino privado.
E&N - Quais os diferenciais a Atitus apresenta em relação a outras instituições?
Capellari - A forte conexão com mercado e às demandas reais do mundo corporativo, inseridas em sala de aula como "Desafio empresariais", por exemplo, é um dos grandes diferenciais da Atitus, que também adota plenamente o conceito Employer University - ou Universidade Empregadora. Este modelo de ensino valoriza a conexão com o mercado, unindo efetivamente o diploma acadêmico com experiências e habilidades necessárias para a carreira, seja como empreendedor ou como profissional de grandes companhias. Essas iniciativas são semelhantes aos modelos adotados por instituições sediadas no Vale do Silício e em Israel, referências em inovação e empreendedorismo. Além de uma instituição de ensino, a Atitus é uma plataforma de educação que conecta alunos, mercado e sociedade, possibilitando que os estudantes optem por trilhar dois diferentes caminhos, a partir do seu primeiro ano de estudo em qualquer graduação: a Trilha do Empreendedorismo ou a Trilha da Empregabilidade, com mentorias e qualificações específicas a cada jornada. É um modelo educacional com foco em resultados e flexível para se adaptar com agilidade à velocidade do universo empresarial e ao ritmo das transformações, que exigem profissionais cada vez mais preparados. Assim, a Atitus vem celebrando conquistas em um caminho diferente da maioria das outras instituições de Ensino Superior privado, que enfrentam a perda alunos e dificuldades financeiras.
E&N - O senhor comentou que o Ensino Superior do Rio Grande do Sul registrou perda de 25% nas matrículas entre os anos de 2018 e 2020, segundo o MEC, a Atitus cresceu 40%. Como isso foi possível?
Capellari - Atuamos cada vez mais com um modelo de ecossistema de educação superior e empreendedorismo, investindo, por exemplo, em empresas como Cenex (Centro de Educação focado no desenvolvimento comportamental e na transformação de lideranças empresariais), (Semente (educação para o empreendedorismo), Whydea (apoio a novos negócios) e Wise (inovação para o setor público), que se tornam parceiras para agregar às aulas seu conhecimento de mercado e as demandas reais com as quais profissionais se deparam no dia a dia. Isso além de inúmeras outras empresas com as quais não tem nenhuma ligação como investidora, mas sim como parceira. Este modelo de negócio adotado pelas Atitus, que se configura em uma plataforma de educação, indo além de uma instituição de Ensino Superior convencional, é baseado em um projeto de educação mais horizontal, que agrega conhecimentos de fora da universidade ao dia a dia do aluno, ante o modelo verticalizado tradicionalmente adotado no Brasil.
E&N - Como Atitus deve fechar este ano em termos e resultados?
Capellari - Deveremos fechar o ano com faturamento de R$ 125 milhões, cerca de 15% acima de 2021.
E&N - Quais são as expectativas para 2023?
Capellari - São muito positivas. Estaremos ampliando nossa presença no Estado, já com a certeza da abertura de um novo campus em Erechim, por exemplo, com aulas em andamento com a primeira turma no Campus Caldeira, em Ciência da Computação, e com um grande plano de investimento em curso.
E&N - A Atitus anunciou R$ 100 milhões em investimentos até 2026, destinados à ampliação da presença no Rio Grande do Sul, para inovação no modelo educacional e à entrada em novos Estados. Quais os planos para o RS e quais estados estão no radar?
Capellari - Nosso plano de investimentos é destinado à ampliação da presença no Rio Grande do Sul, em inovação no modelo educacional e à entrada em novos estados, olhando prioritariamente para Santa Catarina, Paraná e São Paulo. No Rio Grande do Sul analisamos o ingresso, de forma orgânica ou com aquisições, em cidades como Novo Hamburgo, Santa Maria, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul.
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