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Esteio cria condomínio industrial para empresas expandirem produção
Condomínio já tem infraestrutura concluída em área atrás do Parque Assis Brasil
Eduardo Torres
O complexo é a forma encontrada pelo menor município do Estado para alavancar sua indústria. Com um território de apenas 27,6 km², o município na Região Metropolitana tem densidade demográfica de 3.009 habitantes por quilômetros quadrado e muito pouco espaço para expandir. Condomínio Industrial Carlos Helfensteller, com um investimento previsto de R$ 24 milhões no período de instalações e a geração de pelo menos 1,5 mil empregos diretos e indiretos em uma área de 20,1 mil m² nos fundos do Parque de Eventos Assis Brasil, um dos cartões postais da cidade.
Condomínio Industrial Carlos Helfensteller muda perfil de Esteio
Criatividade é palavra-chave para quem empreende no município de menor extensão territorial do Rio Grande do Sul. Ela tem sido fundamental para que esteja no horizonte de todos em Esteio o surgimento do novo Condomínio Industrial Carlos Helfensteller, que deve receber um investimento de R$ 24 milhões com a instalação de empresas no local nos próximos dois anos. A infraestrutura foi concluída em abril. Até 2024, indústrias devem se instalar no local, gerando pelo menos 1,5 mil empregos diretos e indiretos em uma área de 20,1 mil metros quadrados.
O empreendimento está localizado nos fundos do Parque de Exposições Assis Brasil, à beira da avenida Celina Kroeff e da BR-448 (Rodovia do Parque). Será lá o terceiro endereço em 14 anos da empresa Quanta Engenharia na cidade.
"Iniciamos em uma casa, que acabou ficando pequena para as nossas atividades, então mudamos para mais uma casa grande, de dois pisos, que também ficou pequena. Agora, adquirimos a área que é 10 vezes maior, no Condomínio Industrial. Vai nos permitir não apenas ter uma melhor adequação do nosso trabalho, mas principalmente expandirmos nossas atividades", explica o gestor administrativo da empresa, André Rucks.
Em Esteio, não são incomuns relatos como o da Quanta Engenharia. Com um território de apenas 27,6 km², o município na Região Metropolitana tem densidade demográfica de 3.009 habitantes por quilômetros quadrado e muito pouco espaço para expandir.
Por isso, repetem-se trajetórias de empresas que prosperam, crescem e cada vez mais se veem esmagadas pela expansão urbana ou pelas naturais restrições a atividades industriais em áreas residenciais. Não à toa, das 13 empresas que têm um prazo de dois anos para instalação entre os 19 lotes do futuro Condomínio Industrial, 70% são originárias do próprio município.
A Quanta, por exemplo, atua no ramo de refrigeração, como prestadora de serviços para indústrias de diversos setores. A partir de Esteio, a empresa atende a praticamente todo o País. Na atual sede, porém, funciona basicamente o escritório da empresa. As poucas atividades limitam-se à oficina que funciona na casa, claro, com a limitação dos horários para a zona residencial do bairro Novo Esteio.
"Nossa intenção é conseguirmos partir para a fabricação própria de tubulações, caldeiras e outros instrumentos que usamos na nossa atividade como prestadores de serviços para a indústria. Hoje, entre 80 e 90% da nossa atividade acaba acontecendo nos clientes. Quando precisamos dessas novas peças, por exemplo, projetamos para outros fabricarem, mesmo conosco já tendo bons soldadores, por exemplo. O fato de estarmos em um ambiente propício e com uma área adequada, sem dúvida, vai abrir o leque de novos negócios", diz Rucks.
De acordo com o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, o reordenamento urbano foi um dos objetivos do município ao tirar do papel o antigo desejo de criar uma área industrial, considerando os limites da cidade de menor extensão do Estado.
"Temos procurado não apenas incentivar a permanência das empresas que produzem aqui em Esteio, mas diversificar a nossa economia. Temos, neste grupo de empresas que optaram pela compra de áreas no novo condomínio a indústria de transformação, logística, serviços e negócios de outras cadeias produtivas. Essa composição bem diversificada é muito interessante, e a nossa ideia é que sirva de incentivo e exemplo para a própria iniciativa privada investir em outros condomínios neste mesmo modelo na cidade", aponta o prefeito.
Entre as futuras empresas do condomínio industrial, estão as que atuam nas áreas de transportes, alimentação animal, inspeções industriais e metalurgia.
Iniciativa amplia produção e empregos
Esteio tem o 8°PIB da Região Metropolitana, com geração de 18,9 mil empregos formais conforme levantamento de maio deste ano. Confirmando as estimativas inicias da prefeitura, o novo complexo representará quase 8% em relação ao atual volume de empregos na cidade.
"O condomínio não representará só uma mudança geográfica para a produção econômica do município. Esta iniciativa fomentará emprego, renda e crescimento industrial para a cidade", salienta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Felipe Costella.
Hoje, a maior parte dos trabalhadores de Esteio é empregada na linha de produção e na linha de frente da logística, como motoristas de caminhão, como apontam os dados do Ministério do Trabalho em maio.
Costella reforça que algumas empresas vão partir de 50 a 100 empregos nas suas novas instalações já na fase de implantação. No caso da CF Construções e Montagens, que conta com 148 funcionários e está em uma região residencial de Esteio, a perspectiva é ampliar em pelo menos 10% do número de funcionários somente no setor administrativo.
Em relação à produção, a supervisora administrativa, Vanessa Cross, diz que os números são variáveis de acordo com os contratos da empresa, que tendem a aumentar. "Atualmente, nem participamos de algumas licitações que envolvem produção, por exemplo, porque esbarra na nossa atual limitação. Nosso plano, quando decidimos comprar o espaço no condomínio, é passarmos a produzir na área da construção civil", explica.
Dos atuais 300 metros quadrados, entre casas no bairro Novo Esteio, onde a CF atua há 25 anos, a empresa, que arrematou dois lotes, passará a uma área de 2 mil metros quadrados.
A CF presta serviços a indústrias nas áreas de reforma e manutenção predial e de calderaria. A própria transferência para o novo condomínio representará a possibilidade de ter novos clientes entre os pavilhões vizinhos, e com a oferta de mais serviços. Atualmente, a empresa até produz, mas sempre limitada pelos horários e as regras de uma região em que a vizinhança não é industrial.
"Algumas empresas sequer vão desativar suas atividades nas atuais sedes. Então, teremos uma expansão no condomínio. Nossa expectativa é de que até o final do ano já tenhamos as primeiras atividades ali, porque a infraestrutura já está toda pronta", diz o prefeito. A CF projeta a sua mudança para daqui dois anos. O plano é erguer o primeiro prédio e usar um dos lotes no primeiro momento. Deixando o segundo lote para projetos futuros.
No meio do caminho, um viaduto inacabado
Entre os diferenciais oferecidos pelo município para que indústrias viessem para o Condomínio Industrial Carlos Helfensteller está, além da possibilidade de isenções ou reduções fiscais, a questão logística, como define o secretário de Desenvolvimento Econômico, Felipe Costella: "A criação desse empreendimento atende a uma necessidade de otimizar o tempo de deslocamento para quem produz e depende da logística da nossa região. Sem uma área industrial, Esteio muitas vezes fica para trás neste quesito, mesmo com a malha viária privilegiada que temos".
Esteio é cruzada pela BR-116, BR-448 e ERS-118. E, em relação ao condomínio, ainda há a proximidade com o ramal ferroviário operado pela Rumo Logística, que é um trunfo para a logística.
Este foi o fator que mais pesou na escolha de transportadoras como a Pianta. O lote no novo condomínio não representará ampliação de área em relação ao local onde hoje estão instalados, na área central de Esteio, mas haverá espaço mais adequado para manobras e o tráfego de caminhões. E havia a perspectiva de uma saída rápida para a BR-448, a Rodovia do Parque, mas esta, por enquanto, está frustrada e sem uma perspectiva de solução próxima.
É que o viaduto de acesso de Esteio à rodovia desembocaria diretamente no acesso ao novo condomínio, mas nunca foi concluído. Há quase nove anos, quando a rodovia foi inaugurada, o município espera por esta obra por parte do Dnit, que tem o projeto, mas não o executa.
O orçamento gira em torno de R$ 5 milhões, e neste ano, com a perspectiva de início das operações do Condomínio Industrial, a prefeitura de Esteio apresentou proposta ao Dnit para assumir este investimento. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, até agora não houve retorno do órgão federal.
"Entendemos as dificuldades orçamentárias que a União enfrenta, mas cansamos de esperar por uma solução. Vamos concluir o viaduto para que as empresas aqui instaladas possam acessar rapidamente a BR-448, para que seus fornecedores possam chegar rapidamente e também para todos os gaúchos possam chegar na Expointer com mais facilidade", afirma o prefeito.
Antes que a obra fosse abandonada, foram gastos R$ 4 milhões, mas ficou faltando uma das duas rampas de acesso ao viaduto, além de obras de drenagem junto à avenida Celina Kroeff - estas, foram feitas em grande parte pelo município para a criação do condomínio. Sem esta rampa, o trânsito na região segue um acesso secundário e precário para quem depende do trecho para a logística.
A resolução deste problema completaria o pacote de facilidades oferecido pelo município às empresas que se instalam na cidade, conforme a legislação de 2017. São oferecidas isenções de ITBI, de taxas de licenciamento e de ISS no período de obras. O IPTU no período de obras também pode ser isento, ou de até 10 anos de operação, dependendo do número de empregos gerados - um ano de isenção para cada 10 empregos gerados. Há ainda a possibilidade de devolução de até 50% da parcela de ICMS que cabe ao município referente ao empreendimento.
Os incentivos não são automáticos, dependem da solicitação de cada empreendedor e de análise por parte do governo municipal. E é preciso garantir novos investimentos nas instalações futuras. Isso porque a legislação limita os incentivos a 50% do investimento direto da empresa.
Das cheias aos futuros pavilhões
A criatividade dos esteienses para encontrar no seu território uma área adequada para as suas indústrias exigiu a transformação completa de uma área alagadiça, às margens do Arroio Sapucaia. Era um desejo antigo da administração de Esteio. Originalmente, o terreno, que foi desapropriado na década de 1990, seria um campo de futebol. Os antigos gestores, no entanto, não criaram o campo e ainda foi gerada uma dívida para o município pela desapropriação não paga.
O caso foi parar na Justiça, e só depois de 20 anos o caso foi resolvido e se tornou possível considerar aquela área como o alvo deste projeto que agora se concretiza.
"Era uma demanda não apenas da gestão, mas dos representantes do empresariado local, que se via sem possibilidades de crescer em Esteio. Quando assumimos, tínhamos o compromisso de efetivar esse objetivo com uma área pública", explica o prefeito, que assumiu o Executivo em 2017.
Os 19 lotes foram vendidos em forma de leilão. Ao todo, sete leilões foram realizados até dezembro do ano passado, que resultaram em R$ 6,6 milhões na venda de terrenos com média de pouco mais de 1 mil m² cada um. A Quanta Engenharia participou de um destes leilões e arrematou um lote. Algo que, segundo André Rucks, mesmo envolvendo um investimento, representou economia para a empresa.
"Buscávamos uma área própria para a nossa expansão, ficamos sabendo do projeto do condomínio e fomos em busca de mais informações. Quando conhecemos o projeto e entramos no leilão, chegamos à conclusão de que a área, superior a 1 mil metros quadrados, saiu por até três vezes menos do que estávamos encontrando no mercado imobiliário. Além das boas condições para o pagamento, de forma parcelada", diz o empresário. A estimativa é de que, em um ano de atividade na futura sede, o investimento se pague.
Compras das áreas custeou a infraestrutura
Havia o desejo de criar a área industrial. Havia a vontade política e a demanda dos setores produtivos. Faltavam eram os recursos públicos para garantir a infraestrutura no terreno. É aí que entra o diferencial neste projeto de Esteio. Não é um distrito industrial, e sim, um condomínio.
"Criamos um plano que foi como uma espécie de venda na planta para os futuros condôminos", explica o secretário Felipe Costella.
Na prática, os valores que entrassem nos cofres públicos a partir dos leilões dos lotes, seria investido nas obras para a estrutura básica do futuro condomínio. E deu certo. Ainda restando parcelas dos R$ 6,6 milhões arrecadados nos leilões a serem pagas, as obras custaram R$ 3,5 milhões.
"Renderam ainda recursos para investirmos em outras áreas sociais, que são fundamentais no município, e que beneficiarão, mesmo de maneira indireta, aqueles investidores que se instalarão no condomínio", aponta o prefeito Luciano Pascoal.
Foram investidos na drenagem, no fracionamento dos lotes, abertura da via principal do condomínio, rede de esgoto, de água e luz. Quando os empreendedores se instalarem, encontrarão todo o básico para iniciarem suas atividades. Isso também ocorreria se este fosse um distrito industrial.
A partir do momento da criação, no entanto, as áreas comuns passam a ser geridas pelo condomínio. Deixam de ser públicas para serem compartilhadas entre os 13 proprietários. A infraestrutura, os serviços e os custos passam a ser compartilhados e divididos em cotas. André Rucks, da Quanta Engenharia, é o primeiro síndico.
"Hoje ainda não temos nada construído naquela área, e este é um processo novo para todos. Já nos reunimos e definimos as primeiras ações como um condomínio mesmo, como o serviço de portaria, de segurança, com as câmeras inclusive já instaladas, limpeza e as questões envolvendo PPCIs e o fornecimento de água para bombeiros", explica o empresário.
A organização burocrática do atual condomínio começou a ser planejada em fevereiro deste ano, com a contratação pelo município de uma empresa especializada, que reuniu pela primeira vez todos os proprietários. Na opinião do síndico, o condomínio facilita para todos, "desde que todos tenham o entendimento de que alguns custos devem ser compartilhados".
Ele próprio só assumiu a posição de síndico porque se assustou com a primeira conta que chegou, relativa ao condomínio, logo após os trâmites para a legalização desta forma de administração da nova área industrial.
"É lógico que nem todos pensam igual, e todos estamos aprendendo juntos sobre esse processo", avalia.
Em um distrito industrial, mesmo com alguma eventual organização entre as indústrias instaladas, cada um precisa custear a sua segurança, a manutenção e zeladoria da sua área, e as partes urbanas do bairro são de responsabilidade do poder público.
De acordo com o prefeito Leonardo Pascoal, o modelo que já começou a ser aplicado no Condomínio Industrial Carlos Helfensteller já foi sondado por proprietários privados de áreas em Esteio. Apenas com estas iniciativas, diz, será possível multiplicar pelo município outros centros de produção.
"Em pouco tempo, tenho certeza que Esteio terá novos empreendimentos com este modelo de condomínio, encampados pela iniciativa privada. Da parte do poder público, não temos outras áreas em nosso município, então, o nosso papel tem sido, a partir de agora, de incentivadores, sobretudo no setor tecnológico", aponta Pascoal.
Esteio entra no 'cinturão' das áreas industriais e deve ser exemplo
Curiosamente, o município de menor área territorial e maior densidade demográfica da Região Metropolitana, Esteio deve ser exemplo para o seu oposto. Representantes do governo de Glorinha, que tem apenas 8,2 mil habitantes e a menor densidade demográfica da região - 25,3 hab/km² - já visitaram a área do Condomínio Industrial Carlos Helfensteller e consultaram o governo local com a intenção de implantar lá um modelo semelhante para a atração de indústrias.
E se é exemplo, Esteio também corre para não ficar para trás em relação ao que acontece em seu entorno. Com a concretização do novo condomínio, o município entra no cenário que tem se desenhado neste trecho da Região Metropolitana, mais próximo de Porto Alegre, com a multiplicação de áreas para receberem novas empresas, investimentos e empregos.
No limite com o município está, por exemplo, a estrutura da Refap, que naturalmente precisa de uma gama de serviços que cada vez mais demandam infraestrutura para se estabelecerem.
"Este é um problema recorrente das nossas empresas, e que nos motivou a agilizar o processo de criação do condomínio industrial. Porque há empresas na área de transformação e serviços para a indústria em nosso município, mas estão hoje prejudicadas pelo crescimento urbano ao redor das suas áreas, o que acaba prejudicando desde a operação até alguma necessidade de crescimento", aponta o secretário Felipe Costella.
Há empresas na fila para liberação de projetos
Se a perspectiva do Condomínio Industrial Carlos Helfensteller tomar forma gera boas expectativas ao município, também já rende algumas preocupações a alguns dos que investiram nos lotes para novas instalações.
"Se eu receber a liberação do projeto hoje, amanhã já consigo erguer meu pavilhão. No momento, estou na espera, e já poderia estar operando ali", diz o proprietário da
Mirra Eventos, Michael
Frantzeisk.
Empresa especializada em estruturas para eventos, como a Expointer, atualmente tem sede na Restinga, Zona Sul de Porto Alegre, o que acaba dificultando a logística necessária para assumir alguns contratos.
"A compra do lote foi um investimento que fizemos, inclusive com a possibilidade de iniciarmos uma produção de estruturas metálicas, mas o que pesou mesmo foi a questão logística, pela localização do condomínio", explica.
A perspectiva é de gerar pelo menos 10 empregos diretos e até 200 indiretos, dependendo da demanda futura. Algo que, segundo Frantzeisk, já poderia estar gerando retorno caso a análise do projeto já tivesse sido liberada pelo município.
De acordo com a prefeitura, até o momento somente duas empresas entraram com algum encaminhamento dos seus projetos. O prazo de análise é de 30 dias, mas ele só é cumprido caso não haja nenhuma pendência nos documentos fornecidos pelo interessado.
Esta espera, angustia Dalvir Ricardo Waslawovski, da Faresul Comércio e Transporte de Farelos.
"Hoje, eu tenho considerado este um dos piores negócios que já fizemos. Mas já que está feito, não podemos somente pagar a conta sem produzir lá", critica.
Segundo ele, o investimento soma R$ 1 milhão, com o projeto para instalação no novo condomínio protocolado há oito meses na prefeitura de Esteio, ainda sem retorno. Em contrapartida, os valores do condomínio já estão incidindo para a manutenção da área.
A Faresul, que hoje emprega 54 funcionários na Vila Osório, atua com compra e venda de farelos, sem armazenagem. De acordo com Waslawovski, pesou na decisão de mudança para o condomínio a localização, que facilitaria o maior fluxo de caminhões e a segurança para as operações.
Condomínio homenageia empresário histórico
Originalmente, o novo condomínio industrial era chamado de "Esteio do Futuro", mas ainda em 2020, por meio de uma lei municipal, recebeu um nome oficial, em homenagem ao empresário Carlos Helfensteller.
Natural de Gravataí, ele foi morar com a família em Esteio na década de 1940, ainda adolescente. Anos depois, fundou o Grupo São Carlos, que é hoje uma das principais empresas originárias na cidade, especializada em soluções para climatização e refrigeração.
Assinatura
* Eduardo Torres é jornalista, com passagens pelos jornais Zero Hora, Diário Gaúcho e Correio de Gravataí