A produção de canola pode ser uma alternativa para a segunda safra do ano no Rio Grande do Sul. Apelidado de "soja do inverno", o grão é considerado por players do mercado como de alto valor nutritivo, além de ter grande potencial de expansão em solo gaúcho. O tema foi debatido em painel na 9ª edição da feira CropShow, realizada pela gigante do setor 3tentos, que acontece em Santa Bárbara do Sul, no noroeste do Estado.
João Marcelo Dumoncel, diretor de operações e fundador da 3tentos, afirma que o grão foi incorporado recentemente no catálogo da empresa por apresentar "inúmeros benefícios nas partes técnica e econômica". Segundo dados apresentados no painel do evento, na tarde desta quarta-feira (12), o Rio Grande do Sul planta cerca de 8 milhões de hectares de culturas de sequeiro, como soja e milho. No inverno, são menos de 3 milhões de hectares plantados para os grãos da estação. "Muitas áreas ficam em pousio, o que não gera receita para o produtor. A canola pode ser uma opção para preencher esses cinco milhões de hectares, que ficam descobertos ou podem ser melhor aproveitados", explicou. Além das sementes, a empresa está apoiando projetos de canola com auxílio em financiamento e consultoria técnica.
O engenheiro agrônomo e pesquisador Gilberto Tomm destacou que o óleo presente na canola é o dobro do que existe na soja. Ainda assim, o tamanho da produção dos dois grãos é discrepante. O Brasil é responsável por 33% da produção mundial de soja, enquanto produz apenas 0,5% de canola, o que demonstra o espaço para crescimento. "A canola é boa para combustível, tem menor gordura saturada para alimentação e o farelo tem quantidades de proteínas próximas às da soja", disse. Ele também afirmou que o mercado para o grão é promissor. "O mundo quer canola, então temos uma condição excelente para avançar no cultivo", afirmou, ressaltando que o pousio, quando não há uso do solo entre as safras, faz com que a terra perca nutrientes e aumente os custos de produção.
Alan Araldi, Diretor de Marketing da CropShow, disse que o foco da feira é levar o conhecimento ao produtor. "Estão sendo discutidos temas relevantes para o agronegócio, em uma programação variada de palestras, que inclui os pilares da agricultura brasileira, tecnologia, agricultura digital, o agro e a matriz energética, crédito e gestão no campo e o Fórum da Canola, nova cultura incorporada ao portfólio da companhia", enfatizou.
A expectativa do evento é reunir cerca de 4,5 mil pessoas entre produtores rurais, estudantes, empresas e demais públicos relacionados à agricultura durante os três dias de evento. Sobre o momento de estiagem que o Estado enfrenta, Araldi considera que a tecnologia e a pesquisa são aliadas para mitigar os efeitos negativos. "Podemos ajudar o produtor a ter uma melhor produtividade, ou seja, calcular e escolher melhor os insumos para obter a melhor colheita. Claro que a agricultura está sujeita a efeitos extemporâneos, mas com a tecnologia disponível podemos minimizar os danos de uma safra ruim. É por isso que seguimos investindo em pesquisa", ponderou.
O evento segue até esta quinta-feira (13) na cidade, onde também fica situada a sede da 3tentos e o Centro Tecnológico (CETEC), onde a feira é realizada.
João Marcelo Dumoncel, diretor de operações e fundador da 3tentos, afirma que o grão foi incorporado recentemente no catálogo da empresa por apresentar "inúmeros benefícios nas partes técnica e econômica". Segundo dados apresentados no painel do evento, na tarde desta quarta-feira (12), o Rio Grande do Sul planta cerca de 8 milhões de hectares de culturas de sequeiro, como soja e milho. No inverno, são menos de 3 milhões de hectares plantados para os grãos da estação. "Muitas áreas ficam em pousio, o que não gera receita para o produtor. A canola pode ser uma opção para preencher esses cinco milhões de hectares, que ficam descobertos ou podem ser melhor aproveitados", explicou. Além das sementes, a empresa está apoiando projetos de canola com auxílio em financiamento e consultoria técnica.
O engenheiro agrônomo e pesquisador Gilberto Tomm destacou que o óleo presente na canola é o dobro do que existe na soja. Ainda assim, o tamanho da produção dos dois grãos é discrepante. O Brasil é responsável por 33% da produção mundial de soja, enquanto produz apenas 0,5% de canola, o que demonstra o espaço para crescimento. "A canola é boa para combustível, tem menor gordura saturada para alimentação e o farelo tem quantidades de proteínas próximas às da soja", disse. Ele também afirmou que o mercado para o grão é promissor. "O mundo quer canola, então temos uma condição excelente para avançar no cultivo", afirmou, ressaltando que o pousio, quando não há uso do solo entre as safras, faz com que a terra perca nutrientes e aumente os custos de produção.
Alan Araldi, Diretor de Marketing da CropShow, disse que o foco da feira é levar o conhecimento ao produtor. "Estão sendo discutidos temas relevantes para o agronegócio, em uma programação variada de palestras, que inclui os pilares da agricultura brasileira, tecnologia, agricultura digital, o agro e a matriz energética, crédito e gestão no campo e o Fórum da Canola, nova cultura incorporada ao portfólio da companhia", enfatizou.
A expectativa do evento é reunir cerca de 4,5 mil pessoas entre produtores rurais, estudantes, empresas e demais públicos relacionados à agricultura durante os três dias de evento. Sobre o momento de estiagem que o Estado enfrenta, Araldi considera que a tecnologia e a pesquisa são aliadas para mitigar os efeitos negativos. "Podemos ajudar o produtor a ter uma melhor produtividade, ou seja, calcular e escolher melhor os insumos para obter a melhor colheita. Claro que a agricultura está sujeita a efeitos extemporâneos, mas com a tecnologia disponível podemos minimizar os danos de uma safra ruim. É por isso que seguimos investindo em pesquisa", ponderou.
O evento segue até esta quinta-feira (13) na cidade, onde também fica situada a sede da 3tentos e o Centro Tecnológico (CETEC), onde a feira é realizada.