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Publicada em 28 de Janeiro de 2025 às 16:42

Colheita de arroz será boa, mas custo de produção da cultura deve crescer 5%

 35ª Abertura da Colheita do Arroz acontece entre os dias 18 e 20 de fevereiro em Capão do Leão

35ª Abertura da Colheita do Arroz acontece entre os dias 18 e 20 de fevereiro em Capão do Leão

Paulo Lanzetta/ Embrapa/ Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
A produção de arroz para a safra 2024/2025 é considerada boa, com a estimativa de 8,04 milhões de toneladas do grão. No entanto, o custo para o cultivo pode ser elevado em 5%, principalmente na região central do Estado, onde os agricultores tiveram perdas devido às chuvas de maio do ano passado. A avaliação é do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho."É uma safra boa, mas não extraordinária. Nas regiões em que ocorreram perdas por conta das chuvas, os produtores estão tendo custos para recuperar o solo, canais, fazer dragagem e recuperar espaços para armazenagem. Isso tudo pode elevar o custo do investimento em 5%. E o alto custo exige a rotação com outras culturas", considerou.Em coletiva para jornalistas nesta terça-feira (28), Velho também detalhou os preparativos para a 35ª Abertura da Colheita do Arroz, que acontecerá entre os dias 18 e 20 de fevereiro, na sede da Estação Experimental Terras Baixas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Clima Temperado, em Capão do Leão. A expectativa é que essa edição atraia cerca de 16 mil visitantes durante os três dias. "Queremos superar as outras edições e levar ferramentas que incentivem os produtores a continuar no cultivo de arroz", explicou o presidente da Federarroz.
A produção de arroz para a safra 2024/2025 é considerada boa, com a estimativa de 8,04 milhões de toneladas do grão. No entanto, o custo para o cultivo pode ser elevado em 5%, principalmente na região central do Estado, onde os agricultores tiveram perdas devido às chuvas de maio do ano passado. A avaliação é do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.

"É uma safra boa, mas não extraordinária. Nas regiões em que ocorreram perdas por conta das chuvas, os produtores estão tendo custos para recuperar o solo, canais, fazer dragagem e recuperar espaços para armazenagem. Isso tudo pode elevar o custo do investimento em 5%. E o alto custo exige a rotação com outras culturas", considerou.

Em coletiva para jornalistas nesta terça-feira (28), Velho também detalhou os preparativos para a 35ª Abertura da Colheita do Arroz, que acontecerá entre os dias 18 e 20 de fevereiro, na sede da Estação Experimental Terras Baixas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Clima Temperado, em Capão do Leão. A expectativa é que essa edição atraia cerca de 16 mil visitantes durante os três dias. "Queremos superar as outras edições e levar ferramentas que incentivem os produtores a continuar no cultivo de arroz", explicou o presidente da Federarroz.

Colheita de arroz já iniciou nos municípios de Itaqui e Maçambará

Apesar do evento de abertura ser em fevereiro, conforme o último boletim conjuntural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater/RS), divulgado na sexta-feira (24), a colheita já começou no dia 15 de janeiro nos municípios de Itaqui e Maçambará. Nas lavouras, a semeadura ocorreu entre 1º e 10 de setembro e não foi afetada pela estiagem, que atinge a região desde dezembro. Segundo a Emater, a produtividade obtida é considerada "satisfatória", alcançando 8.750 kg/ha.

Além disso, as condições climáticas, "continuaram favoráveis para as demais lavouras de arroz, embora haja algum risco de estresse devido às temperaturas próximas aos 40 °C em municípios da Fronteira Oeste", informa o documento. Tecnicamente, esse cenário pode ocasionar esterilidade de espiguetas nas lavouras em fase de floração e pré-floração. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Borja, de acordo com o boletim, os orizicultores observam a "rápida redução no nível dos reservatórios, mas a maioria das lavouras está em uma fase avançada, trazendo certa tranquilidade quanto a essa questão", constata o relatório.

A cultura do arroz, com expectativa de produção de 8,04 milhões de toneladas, deve ter um aumento de 11,69% em relação às 7,19 milhões de toneladas colhidas no ano anterior. A área, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), de 948,35 mil hectares, deve ser 5,35% maior que os 900,2 mil hectares cultivados na safra anterior.

South Summit irá participar da Abertura da Colheita de Arroz

No evento de abertura, que terá como tema "Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho: Uma visão de futuro", estarão presentes 60 palestrantes, com mais de 90 horas de conteúdo técnico para qualificar o produtor. Outro diferencial será a participação do South Summit, evento de inovação que ocorre na Espanha e em Porto Alegre, na Arena Digital. Além de palestras sobre diversos temas, que abrangem outros grãos e a pecuária, a Abertura da Colheita reúne cerca de 200 empresas que apresentam aos produtores e ao público em geral as mais recentes tecnologias aplicadas ao agronegócio, além de universidades e instituições de pesquisa.

A área destinada ao evento totaliza 27 hectares, sendo 1,6 deles dedicados à lavoura Breno Prates, onde ocorrerá o momento simbólico: a colheita da área plantada com arroz e soja, programada para o dia 20, às 16h30min. Já as Vitrines Tecnológicas contarão com a participação de cerca de 50 empresas.

Na coletiva desta terça-feira, o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Junior, destacou a importância do evento e falou sobre os seis painéis que compõem a programação da Embrapa durante a Abertura da Colheita. "Foi construída uma agenda relacionada a soluções tecnológicas e projeções sobre o arroz, soja e cadeia forrageira. Serão seis painéis, com foco no solo no primeiro dia. No segundo dia, será abordada a cadeia forrageira, e no terceiro dia, será apresentado o portfólio da Embrapa referente ao arroz", acrescentou, em nota divulgada.

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