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Publicada em 11 de Dezembro de 2024 às 12:07

Operação Leite Compensado 13: Associação de produtores diz que caso é isolado e pede punição a criminosos

O alvo da nova fase da operação foi uma indústria de Taquara

O alvo da nova fase da operação foi uma indústria de Taquara

MPRS/Divulgação/JC
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Agências
Entidades produtores de gado se manifestaram nesta quarta-feira (11) após a divulgação de uma nova operação para combater fraudes no setor lácteo no Rio Grande do Sul. A Operação Leite Compensado 13, deflagrada pelo Ministério Público do RS e outros órgãos, identificou a adição de soda cáustica e outros produtos nocivos à saúde, como água oxigenada, na produção de leite e derivados em uma indústria de Taquara. 
Entidades produtores de gado se manifestaram nesta quarta-feira (11) após a divulgação de uma nova operação para combater fraudes no setor lácteo no Rio Grande do Sul. A Operação Leite Compensado 13, deflagrada pelo Ministério Público do RS e outros órgãos, identificou a adição de soda cáustica e outros produtos nocivos à saúde, como água oxigenada, na produção de leite e derivados em uma indústria de Taquara. 
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), representante do setor leiteiro e dos criadores da raça Holandesa do Estado, e a Federação Brasileira das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac), lamentaram o ato criminoso e reafirmaram que o leite gaúcho mantém elevados padrões de qualidade. "É crucial destacar que tais adulterações não têm origem nas propriedades rurais ou nos produtores que cuidam com zelo de suas vacas e de todo o processo produtivo. Trata-se de ações isoladas e criminosas, que fogem completamente à regra. O leite produzido no Rio Grande do Sul é, por padrão, um alimento seguro, confiável e de altíssima qualidade", diz a nota, que foi assinada por Marcos Tang, presidente da Gadolando e da Febrac.
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS) também se posicionou. A entidade reiterou a qualidade do leite produzido e a presença de fiscalização em diferentes etapas do processo produtivo. A entidade afirma que incentivou a apuração do caso e a punição dos responsáveis pela adulteração. Para o sindicato, a adição de produtos indevidos é "um procedimento que vai na contramão de um trabalho meticuloso e diário adotado por produtores, transportadores e indústrias".

Leia a íntegra das notas:

Posicionamento da Gadolando e Febrac:
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), representante do setor leiteiro e dos criadores da raça Holandesa do Estado, e a Federação Brasileira das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac), como representante das associações de animais de raça, manifestam seu profundo pesar diante das recentes denúncias de adulteração de produtos lácteos envolvendo a empresa Dielat, localizada em Taquara. Segundo o Ministério Público, a empresa adicionava soda cáustica e água oxigenada em produtos como leite UHT, leite em pó e compostos lácteos, práticas que representam sérios riscos à saúde pública .

Lamentamos que ainda existam criminosos que comprometem a integridade de um produto tão essencial, fruto do árduo trabalho de nossos produtores. Reafirmamos que o leite gaúcho mantém elevados padrões de qualidade, sustentados pela dedicação e compromisso dos produtores com os consumidores.

É crucial destacar que tais adulterações não têm origem nas propriedades rurais ou nos produtores que cuidam com zelo de suas vacas e de todo o processo produtivo. Trata-se de ações isoladas e criminosas, que fogem completamente à regra. O leite produzido no Rio Grande do Sul é, por padrão, um alimento seguro, confiável e de altíssima qualidade.

Pedimos que a sociedade continue confiando no leite gaúcho e em seus produtores, bem como nas marcas que priorizam a qualidade e a transparência. Ressaltamos que esses casos são pontuais e, felizmente, foram prontamente identificados pelas autoridades, resultando na prisão dos envolvidos.

Por fim, exigimos punições exemplares para os responsáveis por esse crime, que maculam a imagem de um produto tão nobre e essencial. O leite não é apenas um alimento; é o sustento de uma cadeia inteira, que inclui famílias dedicadas, trabalhadores do campo e pequenos produtores. Não aceitaremos que ações criminosas comprometam esse trabalho.

Marcos Tang
Presidente da associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando)
Presidente da Federação Brasileira das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac)
Posicionamento do Sindilat:
O leite é um produto nobre, produzido com zelo e cuidado por milhões de pessoas no mundo. Casos como o denunciado nesta quarta-feira (11/12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) referente à suposta adulteração precisam ser apurados com rigor, e os responsáveis punidos. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudia com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento, um procedimento que vai na contramão de um trabalho meticuloso e diário adotado por produtores, transportadores e indústrias nos últimos anos para elevar os padrões de qualidade no Rio Grande do Sul.
O leite gaúcho hoje é o mais fiscalizado do Brasil, procedimentos regrados por legislações federal e estadual em diferentes instâncias e órgãos de controle, a exemplo do Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria da Agricultura, entre outros. Todas as cargas que chegam às empresas passam por testes físico-químicos em diferentes etapas do processo produtivo e os resultados estão constantemente à disposição das autoridades. Qualquer ação adotada no intuito de burlar o sistema posto é rechaçada em coro por todos os agentes do setor produtivo e deve ser punida.

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