O Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) assinou um protocolo de intenções para troca de informações sobre o setor com entidades da Argentina e do Uruguai. A formalização ocorreu na semana passada, durante o 3º Simpósio Sul-Americano de Noz Pecã, que reuniu dezenas de especialistas dos três países na Estação Experimental "Wilson Ferreira Aldunate" INIA Las Brujas, no Departamento de Canelones.
Conforme o presidente do IBPecan, Eduardo Basso, o protocolo servirá para ampliar o conhecimento sobre o potencial de produção da fruta e o mercado internacional.
Conforme o presidente do IBPecan, Eduardo Basso, o protocolo servirá para ampliar o conhecimento sobre o potencial de produção da fruta e o mercado internacional.
"Até 2030, esses três países terão 23 mil toneladas de produção, sendo que 10 a 12 mil toneladas terão que ser exportadas, porque não vai haver consumo interno suficiente. A internacionalização do setor é muito importante e, para isso, precisamos ter qualidade, conhecimento dos sistemas de exportação e uma relação de confiança com toda a comunidade de clientes internacionais", ponderou.
O dirigente disse, ainda, que as produções atuais precisam ser melhoradas e adotar os padrões e exigências do mercado. E que a sustentabilidade será outro fator importante.
A participação do Brasil no simpósio teve dois aspectos importantes. O primeiro foi a fala de acadêmicos com relação às doenças, fertilizações, de genética e como melhorar a estrutura dos pomares. O outro foi a apresentação dos produtores dizendo à academia que com produtividade de 1 a 1,2 tonelada de pecan por hectare, praticando os preços no mercado internacional, não há lucro.
Conforme o presidente do IBPecan, o manejo da cultura precisa ser alterado o quanto antes para que seja alcançado rendimento de 2 toneladas da fruta por hectare. "Então, sim, a atividade fica interessante", concluiu.