A SLC Máquinas, concessionária John Deere no Rio Grande do Sul, fechou suas revendas nos municípios de Arroio do Tigre, no Vale do Rio Pardo; Montenegro, no Vale do Caí; e Ibirubá, na Região Noroeste. A medida foi adotada ainda em setembro, como parte da “estratégia de adequação territorial”, conforme comunicado emitido pela empresa. E o enxugamento ainda deverá abranger outras quatro.
Conforme o CEO, Anderson Strada, todos os funcionários que atuavam nas revendas fechadas tiveram a oportunidade de ser acomodados em outras unidades.
“Apenas quem não quis continuar suas atividades teve os contratos encerrados. Estaremos com 20 lojas no Estado, ao total”, disse o executivo nesta quinta-feira ao Jornal do Comércio.
A empresa contava com 27 lojas antes desse movimento.
As operações encerradas foram realocadas, respectivamente, para as lojas de Espumoso, Lajeado e Cruz Alta, onde são comercializadas máquinas para preparo do solo, plantio e colheita, além de ferramentas e peças.
Na semana passada, Rafael Dalla Coletta, CFO da empresa controlada pelo Grupo SLC, reconheceu que o desempenho do setor de máquinas agrícolas enfrenta dificuldades nas vendas há pelo menos dois anos, fruto de quebras de safra e do endividamento dos produtores rurais. E projetou, porém, que 2025 poderá ser melhor, mas com cautela.
Nesta quinta, Coletta ressaltou que os movimento de setembro se deram muito mais por readequação operacional do que pela crise. Embora as dificuldades do setor possam ter potencializado os fechamentos.
Também em setembro, a própria John Deere demitiu 150 funcionários na fábrica de Horizontina, após cinco meses de lay-off. Em uma nota curta, enviada pela assessoria de imprensa, a multinacional americana disse à época ter feito “uma readequação no quadro de funcionários da unidade” e que a medida foi tomada “após alteração no plano de produção para o ano fiscal de 2025”. Antes, em 2022, outros 450 trabalhadores haviam sido dispensados da fábrica.