Com agências
O Brasil alcançou em outubro receita mensal recorde com as exportações de carne suína in natura e processada. Ao todo, foram US$ 313,3 milhões, alta de 56,4% sobre o mesmo período do ano passado, com US$ 200,3 milhões. As informações são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Em volume, os embarques somaram 130,9 mil toneladas, segundo melhor desempenho da história do setor. E superam em 40,7% as vendas em outubro de 2023, quando foram exportadas 93 mil toneladas.
O Rio Grande do Sul foi o segundo no ranking de vendas externas do produto, com 27,6 mil toneladas, alta de 25,6%. O Estado ficou atrás de Santa Catarina, com 68,6 mil toneladas exportadas, saldo 45,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. E à frente do Paraná, que embarcou 20,6 mil toneladas (+44,5%). Mato Grosso, com 3 mil toneladas (-19,2%) e Mato Grosso do Sul, com 2,9 mil toneladas (+54,6%), completam as cinco primeiras posições no Brasil.
Já no acumulado dos primeiros 10 meses do ano, as exportações dessa proteína cresceram 10,7%, alcançando 1,121 milhão de toneladas, ante 1 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior. E o faturamento também teve performance positiva, com alta de 5,2%, chegando a US$ 2,482 bilhões. De janeiro a outubro do exercício anterior o resultado foi de US$ 2,361 bilhões.
Para novembro, a estimativa do setor é de um aumento de 30% sobre o volume embarcado no mesmo mês do ano passado, chegando a 118,5 mil toneladas. E crescimento de 44% no faturamento, alcançando a soma de US$ 300,1 milhões. A tonelada, cotada a US$ 2.532,30, é 10,7% superior na comparação com novembro de 2023.
Invertendo ranking histórico, as Filipinas assumiram, pela primeira vez, a ponta na importação de carne suína do Brasil. Entre janeiro e outubro de 2024, o País embarcou 206 mil toneladas para aquele destino, saldo 103,3% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida estão China, com 199,9 mil toneladas (-40,6%), Chile, com 92,5 mil toneladas (+33,9%), Hong Kong, com 89,4 mil toneladas (-11,8%) e Japão, com 75,8 mil toneladas (+137,2%).
"Após anos como principal destino das exportações de carne suína do Brasil, a China cedeu lugar para as Filipinas, em um momento em que vemos o setor ampliar significativamente a capilaridade de suas exportações. No mês de outubro, dos 10 primeiros importadores, apenas dois não registraram crescimentos expressivos, o que coloca a suinocultura exportadora do Brasil em um novo quadro, com maior sustentabilidade comercial", analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.